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1. <?xml version='1.0' encoding='UTF-8'?><?xml-stylesheet href="http://www.blogger.com/styles/atom.css" type="text/css"?><feed xmlns='http://www.w3.org/2005/Atom' xmlns:openSearch='http://a9.com/-/spec/opensearchrss/1.0/' xmlns:blogger='http://schemas.google.com/blogger/2008' xmlns:georss='http://www.georss.org/georss' xmlns:gd="http://schemas.google.com/g/2005" xmlns:thr='http://purl.org/syndication/thread/1.0'><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562</id><updated>2024-11-05T23:57:46.958-03:00</updated><title type='text'>O Mundo Mágico da Fantasia Contos Infantis</title><subtitle type='html'>Blog interessado na divulgação e fruição de contos de autores brasileiros e estrangeiros, destinados ao público infantil.</subtitle><link rel='http://schemas.google.com/g/2005#feed' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/posts/default'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default?redirect=false'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/'/><link rel='hub' href='http://pubsubhubbub.appspot.com/'/><link rel='next' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default?start-index=26&amp;max-results=25&amp;redirect=false'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><generator version='7.00' uri='http://www.blogger.com'>Blogger</generator><openSearch:totalResults>70</openSearch:totalResults><openSearch:startIndex>1</openSearch:startIndex><openSearch:itemsPerPage>25</openSearch:itemsPerPage><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-6627654300328387581</id><published>2016-07-25T00:22:00.002-03:00</published><updated>2017-05-10T23:11:06.991-03:00</updated><title type='text'>As fadas, conto de Charles Perrault</title><content type='html'>&lt;div class=&quot;separator&quot; style=&quot;clear: both; text-align: center;&quot;&gt;
2. </div>
3. <div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
4. <img height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEh-L-8OGip9DnrOzHaDfD4i7abUSuh5SrMhIurKEwcKly6nOs234wjTyuW7QuD90YMd1OhFBxbv3CHVPlS1QP1-UkeHJUUqxX7IGx_EDK7HsBhls_Lp05psn3A-YamTGK1rUOTVwoV_lQ=" width="400" /></div>
5. <br />
6. <br />
7. <div style="text-align: justify;">
8. <br /></div>
9. <div style="text-align: justify;">
10. <span style="font-size: large;">Era uma vez uma viúva que tinha duas filhas.</span></div>
11. <div style="text-align: justify;">
12. <span style="font-size: large;">A mais velha se parecia tanto com ela, no humor e de rosto, que quem a via, enxergava a própria mãe. Mãe e filha eram tão desagradáveis e orgulhosas que ninguém as suportava. </span></div>
13. <div style="text-align: justify;">
14. <span style="font-size: large;">A filha mais nova, que era o retrato do pai, pela doçura e pela educação, era, ainda por cima, a mais linda moça que já se viu. </span></div>
15. <div style="text-align: justify;">
16. <span style="font-size: large;">Como queremos bem, naturalmente, a quem se parece conosco, essa mãe era louca pela filha mais velha. E tinha, ao mesmo tempo, uma tremenda antipatia pela mais nova, que comia na cozinha e trabalhava sem parar como se fosse uma criada. </span></div>
17. <div style="text-align: justify;">
18. <span style="font-size: large;">Tinha a pobrezinha, entre outras coisas, de ir, duas vezes por dia, buscar água a meia légua de casa, com uma enorme moringa, que voltava cheia e pesada. </span></div>
19. <div style="text-align: justify;">
20. <span style="font-size: large;">Um dia, nessa fonte, lhe apareceu uma pobre velhinha, pedindo água: </span></div>
21. <div style="text-align: justify;">
22. <span style="font-size: large;">- Pois não, boa senhora - disse a linda moça. </span></div>
23. <div style="text-align: justify;">
24. <span style="font-size: large;">E, enxaguando a moringa, tirou água da mais bela parte da fonte, dando-lhe de beber com as próprias mãos, para auxiliá-la. </span></div>
25. <div style="text-align: justify;">
26. <span style="font-size: large;">A boa velhinha bebeu e disse: </span></div>
27. <div style="text-align: justify;">
28. <span style="font-size: large;">- Você é tão bonita, tão boa, tão educada, que não posso deixar de lhe dar um dom .Na verdade, essa mulher era uma fada, que tinha tomado a forma de uma pobre camponesa para ver até onde ia a educação daquela jovem. </span></div>
29. <div style="text-align: justify;">
30. <span style="font-size: large;">- A cada palavra que falar - continuou a fada -, de sua boca sairão uma flor ou uma pedra preciosa. </span></div>
31. <div style="text-align: justify;">
32. <span style="font-size: large;">Quando a linda moça chegou a casa, a mãe reclamou da demora. </span></div>
33. <div style="text-align: justify;">
34. <span style="font-size: large;">- Peço-lhe perdão, minha mãe - disse a pobrezinha -, por ter demorado tanto. </span></div>
35. <div style="text-align: justify;">
36. <span style="font-size: large;">E, dizendo essas palavras, saíram-lhe da boca duas rosas, duas pérolas e dois enormes diamantes. </span></div>
37. <div style="text-align: justify;">
38. <span style="font-size: large;"><br /></span></div>
39. <div style="text-align: justify;">
40. <span style="font-size: large;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEgDOOKpcyNMsJAYO0oDOcOLPlGtXeLhGXpqun0LDdFV_OCamB2ZY2W10NgIb5wlcyhUBlT4x-Vya8gU5M4rvw1IKiGcmrYGlqTelwJ5UIxBBPRA6WFNviUiBI8YPbIrFkvzb4cUv9-H12A=" />- O que é isso? - disse a mãe espantada -, acho que estou vendo pérolas e diamantes saindo da sua boca. De onde é que vem isso, filha? Era a primeira vez que a chamava de filha. </span></div>
41. <div style="text-align: justify;">
42. <span style="font-size: large;">A pobre menina contou-lhe honestamente tudo o que tinha acontecido, não sem pôr para fora uma infinidade de diamantes. </span></div>
43. <div style="text-align: justify;">
44. <span style="font-size: large;">- Nossa! - disse a mãe -, tenho de mandar minha filha até a fonte. </span></div>
45. <div style="text-align: justify;">
46. <span style="font-size: large;">- Filha, venha cá, venha ver o que está saindo da boca de sua irmã quando ela fala; quer ter o mesmo dom? Pois basta ir à fonte, e, quando uma pobre mulher lhe pedir água, atenda-a educadamente. </span></div>
47. <div style="text-align: justify;">
48. <span style="font-size: large;">- Só me faltava essa! - respondeu a mal-educada- Ter de ir até a fonte! </span></div>
49. <div style="text-align: justify;">
50. <span style="font-size: large;">- Estou mandando que você vá - retrucou a mãe -, e já. </span></div>
51. <div style="text-align: justify;">
52. <span style="font-size: large;">Ela foi, mas reclamando. Levou o mais bonito jarro de prata da casa. </span></div>
53. <div style="text-align: justify;">
54. <span style="font-size: large;">Mal chegou à fonte, viu sair do bosque uma dama magnificamente vestida, que veio lhe pedir água. </span></div>
55. <div style="text-align: justify;">
56. <span style="font-size: large;">Era a mesma fada que tinha aparecido para a irmã, mas que surgia agora disfarçada de princesa, para ver até onde ia a educação daquela moça. </span></div>
57. <div style="text-align: justify;">
58. <span style="font-size: large;">- Será que foi para lhe dar de beber que eu vim aqui? - disse a grosseira e orgulhosa. - Se foi, tenho até um jarro de prata para a madame! Tome, beba no jarro, se quiser. </span></div>
59. <div style="text-align: justify;">
60. <span style="font-size: large;">- Você é muito mal-educada - disse a fada, sem ficar brava. </span></div>
61. <div style="text-align: justify;">
62. <span style="font-size: large;">- Pois muito bem! Já que é tão pouco cortês, seu dom será o de soltar pela boca, a cada palavra que disser, uma cobra ou um sapo. </span></div>
63. <div style="text-align: justify;">
64. <span style="font-size: large;">Quando a mãe a viu chegar, logo lhe disse: </span></div>
65. <div style="text-align: justify;">
66. <span style="font-size: large;">- E então, filha? </span></div>
67. <div style="text-align: justify;">
68. <span style="font-size: large;">- Então, mãe! - respondeu a mal-educada, soltando pela boca duas cobras e dois sapos. </span></div>
69. <div style="text-align: justify;">
70. <span style="font-size: large;">- Meu Deus! - gritou a mãe -, o que é isso? A culpa é da sua irmã, ela me paga. E imediatamente ela foi atrás da mais nova para espancá-la. </span></div>
71. <div style="text-align: justify;">
72. <span style="font-size: large;">A pobrezinha fugiu e foi se esconder na floresta mais próxima. </span></div>
73. <div style="text-align: justify;">
74. <span style="font-size: large;">O filho do rei, que estava voltando da caça, encontrou-a e, vendo como era linda, perguntou-lhe o que fazia ali tão sozinha e por que estava chorando. </span></div>
75. <div style="text-align: justify;">
76. <span style="font-size: large;">- Ai de mim, senhor, foi minha mãe que me expulsou de casa. </span></div>
77. <div style="text-align: justify;">
78. <span style="font-size: large;">O filho do rei, vendo sair de sua boca cinco ou seis pérolas e outros tantos diamantes, pediu-lhe que lhe dissesse de onde vinha aquilo. </span></div>
79. <div style="text-align: justify;">
80. <span style="font-size: large;">Ela lhe contou toda a sua aventura. O filho do rei apaixonou-se por ela e, considerando que tal dom valia mais do que qualquer dote, levou-a ao palácio do rei, seu pai, onde se casou com ela. </span></div>
81. <div style="text-align: justify;">
82. <span style="font-size: large;">Quanto à irmã, a mãe ficou tão irada contra ela que a expulsou de casa. </span></div>
83. <div style="text-align: justify;">
84. <span style="font-size: large;">E a infeliz, depois de muito andar sem encontrar ninguém que a abrigasse, acabou morando num a choupana no canto do bosque. Depois de alguns meses de sofrimento, ela voltou a encontrar a velhinha que, compadecida , curou-a do feitiço e aconselhou-a a procurar a mãe. Esta que já se arrependera da maldade que fizera, recebeu-a com um abraço e pedidos de perdão. </span></div>
85. <div style="text-align: justify;">
86. <span style="font-size: large;"><br /></span></div>
87. <div style="text-align: justify;">
88. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
89. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4yYWsqk2_McBi2_u4Kg_ofk1gqQ_yeQ4zzFad3ahzga6C4hl1aSu0GEMYoPgIW-obUfHGE5BUQ-N85dRtOWotbgJD3H9rz-3eKeULxbqa6NTqZHku0YgBj-ICDdtEhTDwGEVSuvDmebk/s1600/images16.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="84" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4yYWsqk2_McBi2_u4Kg_ofk1gqQ_yeQ4zzFad3ahzga6C4hl1aSu0GEMYoPgIW-obUfHGE5BUQ-N85dRtOWotbgJD3H9rz-3eKeULxbqa6NTqZHku0YgBj-ICDdtEhTDwGEVSuvDmebk/s320/images16.jpeg" width="320" /></a></div>
90. <br /></div>
91.  
92.  
93. &lt;!-- Blogger automated replacement: &quot;https://images-blogger-opensocial.googleusercontent.com/gadgets/proxy?url=http%3A%2F%2Fwww.qdivertido.com.br%2Ffamilia.gif&amp;amp;container=blogger&amp;amp;gadget=a&amp;amp;rewriteMime=image%2F*&quot; with &quot;https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEh-L-8OGip9DnrOzHaDfD4i7abUSuh5SrMhIurKEwcKly6nOs234wjTyuW7QuD90YMd1OhFBxbv3CHVPlS1QP1-UkeHJUUqxX7IGx_EDK7HsBhls_Lp05psn3A-YamTGK1rUOTVwoV_lQ=&quot; --&gt;&lt;!-- Blogger automated replacement: &quot;https://images-blogger-opensocial.googleusercontent.com/gadgets/proxy?url=http%3A%2F%2Fwww.qdivertido.com.br%2Ffadinha1.gif&amp;amp;container=blogger&amp;amp;gadget=a&amp;amp;rewriteMime=image%2F*&quot; with &quot;https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEgDOOKpcyNMsJAYO0oDOcOLPlGtXeLhGXpqun0LDdFV_OCamB2ZY2W10NgIb5wlcyhUBlT4x-Vya8gU5M4rvw1IKiGcmrYGlqTelwJ5UIxBBPRA6WFNviUiBI8YPbIrFkvzb4cUv9-H12A=&quot; --&gt;</content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/6627654300328387581/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=6627654300328387581&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/6627654300328387581'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/6627654300328387581'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2016/07/as-fadas-conto-de-charles-perrault.html' title='As fadas, conto de Charles Perrault'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4yYWsqk2_McBi2_u4Kg_ofk1gqQ_yeQ4zzFad3ahzga6C4hl1aSu0GEMYoPgIW-obUfHGE5BUQ-N85dRtOWotbgJD3H9rz-3eKeULxbqa6NTqZHku0YgBj-ICDdtEhTDwGEVSuvDmebk/s72-c/images16.jpeg" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-8743162031323481103</id><published>2016-04-19T17:12:00.001-03:00</published><updated>2016-04-19T17:12:16.032-03:00</updated><title type='text'>Branca de Neve e os sete anões.</title><content type='html'>&lt;br /&gt;
94. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
95. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxPhRbRp1mhwi81KciZDHrR3ydqVFrqUl78t3uAsaFmVcVOyvETSm-hujkaHBNvWLBE8AghghnGVQCsfqRc2tIWWUgYX7fAhz3accSE23yQ75H79JC4obcO1I-r7e1u-SlzUDm-Sr8K7c/s1600/snow_white.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxPhRbRp1mhwi81KciZDHrR3ydqVFrqUl78t3uAsaFmVcVOyvETSm-hujkaHBNvWLBE8AghghnGVQCsfqRc2tIWWUgYX7fAhz3accSE23yQ75H79JC4obcO1I-r7e1u-SlzUDm-Sr8K7c/s200/snow_white.gif" width="157" /></a></div>
96. <div style="text-align: justify;">
97. Num dia muito frio, uma bela rainha estava sentada perto da janela, bordando um lençol de nenê. Sem querer, ele espetou o dedo na agulha e caíram três gotas de sangue. Então a rainha olhou para fora e fez um <a href="http://www.contandohistoria.com/brancadeneve.htm">pedido</a>:</div>
98. <div style="text-align: justify;">
99. - Quero ter uma filha de pele branca como a neve que está caindo, cabelos pretos como a madeira desta janela e boca vermelha como o sangue que saiu do meu dedo.</div>
100. <div style="text-align: justify;">
101. Alguns meses depois, a rainha deu à luz uma menina do jeitinho que tinha pedido.</div>
102. <div style="text-align: justify;">
103. E resolveu chamá-la de Branca de Neve.</div>
104. <div style="text-align: justify;">
105. Dia e noite ela ficava do lado da filha, cuidando dela com muito amor e carinho.</div>
106. <div style="text-align: justify;">
107. Mas a rainha morreu antes de criar a filha como queria.</div>
108. <div style="text-align: justify;">
109. O rei chorou durante meses, até que conheceu uma princesa lindíssima e se casou com ela. A princesa só tinha beleza, porque o resto nela era só vaidade, orgulho e malvadeza. O dia todo ficava na frente do espelho, perguntando:</div>
110. <div style="text-align: justify;">
111. - Espelho, espelho meu, existe no mundo mulher mais bonita do que eu?</div>
112. <div style="text-align: justify;">
113. E o espelho, que era mágico, dizia:</div>
114. <div style="text-align: justify;">
115. - Não, rainha, você é a mais linda.</div>
116. <div style="text-align: justify;">
117. Enquanto a rainha conversava com o espelho,</div>
118. <div style="text-align: justify;">
119. Branca de Neve crescia bonita</div>
120. <div style="text-align: justify;">
121. como ela só, era de uma formosura que não tinha igual no planeta inteiro.</div>
122. <div style="text-align: justify;">
123. Tanto assim que um dia a rainha ouviu do espelho uma resposta que não esperava:</div>
124. <div style="text-align: justify;">
125. - Sim, existe outra muito mais bonita que você.</div>
126. <div style="text-align: justify;">
127. - E quem é essa atrevida? - perguntou ela.</div>
128. <div style="text-align: justify;">
129. - Branca de Neve!</div>
130. <div style="text-align: justify;">
131. Desde então a rainha que era má, começou ameaçá-la.</div>
132. <div style="text-align: justify;">
133. Branca de Neve com medo foi se refugiar na floresta,na casa dos sete anões.</div>
134. <div style="text-align: justify;">
135. Foi muito bem aceita pelos anões, pois ela cozinhava, lavava e passava para os sete anõezinhos.</div>
136. <div style="text-align: justify;">
137. Todos eram felizes naquela casa.</div>
138. <div style="text-align: justify;">
139. Todos os dias como de costume os anões saíam para <a href="http://www.contandohistoria.com/brancadeneve.htm">trabalhar</a> e deixavam Branca de Neve cuidando da casa. </div>
140. <div style="text-align: justify;">
141. Enquanto isso a rainha preparava um plano mirabolante, transforma-se na bruxa mais horripilante e má. . . .</div>
142. <div style="text-align: justify;">
143. De repente surpreendentemente aparece na janela uma velhinha pedindo água à Branca de Neve.</div>
144. <div style="text-align: justify;">
145. Ela muito boa recebe a velha e esta em agradecimento oferece à Branca de Neve uma maçã, e pede a ela que dê uma mordida e faça um pedido.</div>
146. <div style="text-align: justify;">
147. Mal sabia ela que aquela velha era a rainha, sua madrasta,aplicando-lhe o golpe fatal. Infelizmente Branca de Neve não resistiu e caiu no sono da morte.</div>
148. <div style="text-align: justify;">
149. O anões chegaram logo após, mas não conseguiram impedir que mordesse a maçã, mas conseguiram finalmente acabar com a bruxa, perseguiram-na até que despencou de um penhasco, morrendo em seguida.</div>
150. <div style="text-align: justify;">
151. A tristeza toma conta dos anõezinhos.</div>
152. <div style="text-align: justify;">
153. Quando de repente um jovem aproxima-se de Branca de Neve, naquele sono profundo e lhe dá um beijo apaixonado.</div>
154. <div style="text-align: justify;">
155. Imediatamente Branca de Neve desperta do sono da morte e vai embora com seu príncipe, agradecendo aos anões por tudo que fizeram por ela.</div>
156. <div style="text-align: justify;">
157. <br /></div>
158. <div style="text-align: center;">
159. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwgcTPfIGofH9JVTvHAWsSflcJoJEeqyb-lfukVjrZWnCkkHU4kezf3dZmX2R_X-K_FpmXZ1gLl9S9D13iAaFIqYF4lejjh0TN8gO3HBVzgglpJImllZgIVUWAg5PGXQD_L2yQ2TP06Lg/s1600/ixv35rgd.gif"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwgcTPfIGofH9JVTvHAWsSflcJoJEeqyb-lfukVjrZWnCkkHU4kezf3dZmX2R_X-K_FpmXZ1gLl9S9D13iAaFIqYF4lejjh0TN8gO3HBVzgglpJImllZgIVUWAg5PGXQD_L2yQ2TP06Lg/s1600/ixv35rgd.gif" /></a></div>
160. </content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/8743162031323481103/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=8743162031323481103&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/8743162031323481103'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/8743162031323481103'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2016/04/branca-de-neve-e-os-sete-anoes.html' title='Branca de Neve e os sete anões.'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxPhRbRp1mhwi81KciZDHrR3ydqVFrqUl78t3uAsaFmVcVOyvETSm-hujkaHBNvWLBE8AghghnGVQCsfqRc2tIWWUgYX7fAhz3accSE23yQ75H79JC4obcO1I-r7e1u-SlzUDm-Sr8K7c/s72-c/snow_white.gif" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-835363410383880764</id><published>2016-04-10T10:41:00.002-03:00</published><updated>2016-04-10T10:44:59.026-03:00</updated><title type='text'>As Fadas</title><content type='html'>&lt;div style=&quot;text-align: justify;&quot;&gt;
161. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
162. <div style="text-align: justify;">
163. <a href="http://www.historias-infantis.com/as-fadas/" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><img src="http://www.historias-infantis.com/wp-content/uploads/2014/01/fada-mundial-255x300.jpg" /></span></a> </div>
164. <div style="text-align: justify;">
165. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Era uma vez uma viúva que tinha duas filhas.</span></div>
166. <div style="text-align: justify;">
167. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A mais velha parecia-se tanto com ela, no humor e de rosto, que quem a via, olhava para a própria mãe. Mãe e filha eram tão desagradáveis e orgulhosas que ninguém as suportava.</span></div>
168. <div style="text-align: justify;">
169. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A filha mais nova, que era o retrato do pai, pela doçura e pela educação, era, ainda por cima, a mais linda rapariga que já se viu.</span></div>
170. <div style="text-align: justify;">
171. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Como queremos bem, naturalmente, a quem se parece conosco, esta mãe era louca pela filha mais velha. E tinha, ao mesmo tempo, uma tremenda antipatia pela mais nova, que comia na cozinha e trabalhava sem parar como se fosse uma criada.</span></div>
172. <div style="text-align: justify;">
173. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Tinha a pobrezinha, entre outras coisas, de ir, duas vezes por dia, buscar água a meia légua de casa, com uma enorme moringa, que voltava cheia e pesada.</span></div>
174. <div style="text-align: justify;">
175. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Um dia, nessa fonte, apareceu-lhe uma pobre velhinha, pedindo água:</span></div>
176. <div style="text-align: justify;">
177. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">– Pois não, boa senhora – disse a linda rapariga.</span></div>
178. <div style="text-align: justify;">
179. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E, enxaguando a moringa, tirou água da mais bela parte da fonte, dando-lhe de beber com as próprias mãos, para auxiliá-la.</span></div>
180. <div style="text-align: justify;">
181. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A boa velhinha bebeu e disse:</span></div>
182. <div style="text-align: justify;">
183. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">– Tu és tão bonita, tão boa, tão educada, que não posso deixar de te dar um dom .Na verdade, esta mulher era uma fada, que tinha tomado a forma de uma pobre camponesa para ver até onde ia a educação daquela jovem.</span></div>
184. <div style="text-align: justify;">
185. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">– A cada palavra que falares – continuou a fada -, da tua boca sairão uma flor ou uma pedra preciosa.</span></div>
186. <div style="text-align: justify;">
187. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quando a linda rapariga chegou a casa, a mãe reclamou por demorar.</span></div>
188. <div style="text-align: justify;">
189. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">– Peço-lhe perdão, minha mãe – disse a pobrezinha -, por ter demorado tanto.</span></div>
190. <div style="text-align: justify;">
191. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E, dizendo essas palavras, saíram-lhe da boca duas rosas, duas pérolas e dois enormes diamantes.</span></div>
192. <div style="text-align: justify;">
193. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">– O que é isso? – disse a mãe espantada -, acho que estou a ver pérolas e diamantes a sair da tua boca. De onde é que vem isso, filha? Era a primeira vez que a chamava de filha.</span></div>
194. <div style="text-align: justify;">
195. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A pobre menina contou-lhe honestamente tudo o que tinha acontecido, não sem pôr para fora uma infinidade de diamantes.</span></div>
196. <div style="text-align: justify;">
197. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">– Nossa! – disse a mãe -, tenho de mandar a minha filha até a fonte.</span></div>
198. <div style="text-align: justify;">
199. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">– Filha, vem cá, vem ver o que está a sair da boca da tua irmã quando ela fala; queres ter o mesmo dom? Pois basta ir à fonte, e, quando uma pobre mulher te pedir água, atende-a educadamente.</span></div>
200. <div style="text-align: justify;">
201. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">– Só me faltava essa! – respondeu a mal-educada- Ter de ir até a fonte!</span></div>
202. <div style="text-align: justify;">
203. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">– Estou a mandar-te – retrucou a mãe -, e já.</span></div>
204. <div style="text-align: justify;">
205. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ela foi, mas a reclamar. Levou o mais bonito jarro de prata da casa.</span></div>
206. <div style="text-align: justify;">
207. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mal chegou à fonte, viu sair do bosque uma dama magnificamente vestida, que veio lhe pedir água.</span></div>
208. <div style="text-align: justify;">
209. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Era a mesma fada que tinha aparecido para a irmã, mas que surgia agora disfarçada de princesa, para ver até onde ia a educação daquela rapariga.</span></div>
210. <div style="text-align: justify;">
211. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">– Será que foi para lhe dar de beber que eu vim aqui? – disse a grosseira e orgulhosa. – Se foi, tenho até um jarro de prata para a madame! Tome, beba no jarro, se quiser.</span></div>
212. <div style="text-align: justify;">
213. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">– Tu és muito mal-educada – disse a fada, educadamente.</span></div>
214. <div style="text-align: justify;">
215. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">– Pois muito bem! Já que és tão pouco cortês, o teu dom será o de soltar pela boca, a cada palavra que disseres, uma cobra ou um sapo.</span></div>
216. <div style="text-align: justify;">
217. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quando a mãe a viu chegar, logo lhe disse:</span></div>
218. <div style="text-align: justify;">
219. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">– E então, filha?</span></div>
220. <div style="text-align: justify;">
221. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">– Então, mãe! – respondeu a mal-educada, soltando pela boca duas cobras e dois sapos.</span></div>
222. <div style="text-align: justify;">
223. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">– Meu Deus! – gritou a mãe -, o que é isso? A culpa é da tua irmã, ela vai pagar. E imediatamente ela foi atrás da mais nova para espancá-la.</span></div>
224. <div style="text-align: justify;">
225. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A pobrezinha fugiu e foi-se esconder na floresta mais próxima.</span></div>
226. <div style="text-align: justify;">
227. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O filho do rei, que estava a voltar da caça, encontrou-a e, vendo como era linda, perguntou-lhe o que fazia ali tão sozinha e por que estava a chorar.</span></div>
228. <div style="text-align: justify;">
229. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">– Ai de mim, senhor, foi a minha mãe que me expulsou de casa.</span></div>
230. <div style="text-align: justify;">
231. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O filho do rei, vendo sair da sua boca cinco ou seis pérolas e outros tantos diamantes, pediu-lhe que lhe dissesse de onde vinha aquilo.</span></div>
232. <div style="text-align: justify;">
233. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ela contou toda a sua aventura. O filho do rei apaixonou-se por ela e, considerando que tal dom valia mais do que qualquer dote, levou-a ao palácio do rei, seu pai, onde se casou com ela.</span></div>
234. <div style="text-align: justify;">
235. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quanto à irmã, a mãe ficou tão irada contra ela que a expulsou de casa.</span></div>
236. <div style="text-align: justify;">
237. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E a infeliz, depois de muito andar sem encontrar ninguém que a abrigasse, acabou por morrer num canto do bosque.</span></div>
238. <div style="text-align: justify;">
239. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
240. <div style="text-align: justify;">
241. <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Autor desconhecido</span></div>
242. <div style="text-align: justify;">
243. <br /></div>
244. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
245. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIegD6C-9-4Og4TtlcXwEYyx4zqhanXS6UqYcgzOog8O2pHZn5s67V52SeVcLbPkecGdPYGqUwv4wunzaQyrZFrCCbnOq2vK4qtkWqI7IpxMCtjIOfkktpm3ejw0UmthqyHeaoSfekNpo/s1600/ixv35rgd.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIegD6C-9-4Og4TtlcXwEYyx4zqhanXS6UqYcgzOog8O2pHZn5s67V52SeVcLbPkecGdPYGqUwv4wunzaQyrZFrCCbnOq2vK4qtkWqI7IpxMCtjIOfkktpm3ejw0UmthqyHeaoSfekNpo/s1600/ixv35rgd.gif" /></a></div>
246. <div style="text-align: justify;">
247. <br /></div>
248. </content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/835363410383880764/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=835363410383880764&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/835363410383880764'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/835363410383880764'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2016/04/as-fadas.html' title='As Fadas'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIegD6C-9-4Og4TtlcXwEYyx4zqhanXS6UqYcgzOog8O2pHZn5s67V52SeVcLbPkecGdPYGqUwv4wunzaQyrZFrCCbnOq2vK4qtkWqI7IpxMCtjIOfkktpm3ejw0UmthqyHeaoSfekNpo/s72-c/ixv35rgd.gif" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-1664721266503773835</id><published>2016-03-22T21:01:00.003-03:00</published><updated>2016-07-25T00:35:43.118-03:00</updated><title type='text'>João e o pé de feijão</title><content type='html'>&lt;div class=&quot;separator&quot; style=&quot;clear: both; text-align: center;&quot;&gt;
249. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYml6GTU2g7snt3w1Q799jlCDuuvaavY28-iaIKD216V6z7h6zCvrHcn4Yaw4JkBxsYxQF3J8SRTlgAnV2cLC8pkgUPh64lNMkA9VrSRrSjGiYxSoByYDDMupof08rupgaI0sKtRp0qlY/s1600/jack-pc3a9-de-feijc3a3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYml6GTU2g7snt3w1Q799jlCDuuvaavY28-iaIKD216V6z7h6zCvrHcn4Yaw4JkBxsYxQF3J8SRTlgAnV2cLC8pkgUPh64lNMkA9VrSRrSjGiYxSoByYDDMupof08rupgaI0sKtRp0qlY/s1600/jack-pc3a9-de-feijc3a3o.jpg" /></a></div>
250. <div style="text-align: justify;">
251. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Há muitos e muitos anos existiu uma viú­va que tinha um filho chamado João.</span></div>
252. <div style="text-align: justify;">
253. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">João e a mãe eram muito pobres e, para se manterem, contavam apenas com uma vaca, cujo leite vendiam na cidade.</span></div>
254. <div style="text-align: justify;">
255. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Um dia, porém, a vaca parou subitamen­te de dar leite, e a pobre mulher, tendo per­dido assim a fonte de seu sustento, ficou preocupada e sem saber o que fazer.</span></div>
256. <div style="text-align: justify;">
257. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">João, de sua parte, começou a procurar um emprego, com o qual pudesse ajudar a mãe. Mas os dias foram passando sem que ele arranjasse coisa alguma para fazer. As­sim, a única solução que encontraram foi vender a vaca, pois o dinheiro daria pelo me­nos para viverem por algum tempo.</span></div>
258. <div style="text-align: justify;">
259. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">João logo se ofereceu para ir vender o animal na cidade, mas a mãe, achando que ele não saberia negociar, a princípio não con­sentiu. Entretanto, porque ela própria pode­ria sair de casa naquele dia, não teve outro remédio senão concordar com a idéia. Amar­rou então uma corda no pescoço da vaca, para que João não a perdesse e, depois de dar muitos conselhos ao filho, deixou-o partir.</span></div>
260. <div style="text-align: justify;">
261. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">E lá se foi João, com destino à cidade.</span></div>
262. <div style="text-align: justify;">
263. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Quando estava no meio do caminho, en­controu um vendedor ambulante que o cum­primentou muito simpático e perguntou-lhe aonde estava indo com a vaca.</span></div>
264. <div style="text-align: justify;">
265. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Assim que João contou que estava indo vendê-la na cidade, o homem tirou do bolso um punhado de feijões, muito bonitos e de co­res e formatos variados, e mostrou-os ao me­nino, dizendo que eles eram encantados.</span></div>
266. <div style="text-align: justify;">
267. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">João ficou deslumbrado com a beleza dos grãos e, ao ouvir as palavras do vendedor, seus olhos brilharam de alegria. Morrendo de vontade de possuir os feijões encantados, perguntou ao homem se ele não gostaria de trocá-los pela vaca.</span></div>
268. <div style="text-align: justify;">
269. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O vendedor concordou prontamente com a troca. E, horas depois, João chegava em casa muito satisfeito, achando que havia feito um excelente negócio.</span></div>
270. <div style="text-align: justify;">
271. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A mãe o recebeu muito contente, mas, quando o menino lhe mostrou o que havia conseguido em troca do animal, ficou furiosa e disse:</span></div>
272. <div style="text-align: justify;">
273. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">— Como, meu filho?! Você teve coragem</span></div>
274. <div style="text-align: justify;">
275. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">de trocar a única coisa que possuíamos por</span></div>
276. <div style="text-align: justify;">
277. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">uma porcaria duns grãos de feijão?</span></div>
278. <div style="text-align: justify;">
279. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">E, quanto mais pensava na situação difí­cil em que ela e o filho estavam agora, mais nervosa ficava. Até que, num acesso de rai­va, jogou os feijões pela janela, gritando:</span></div>
280. <div style="text-align: justify;">
281. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">— Veja, seu tolo! Veja para o que ser­</span></div>
282. <div style="text-align: justify;">
283. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">vem seus grãos encantados: para jogar fora!</span></div>
284. <div style="text-align: justify;">
285. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O pobre menino, desconsolado, ficou olhando para a mãe sem nada  conseguir dizer. E, como castigo, naquela noite foi man­dado para a cama sem jantar.</span></div>
286. <div style="text-align: justify;">
287. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Na manhã seguinte, ao acordar, João ainda estava muito triste e não conseguia es­quecer o acontecimento do dia anterior. Es­tava deitado, tentando encontrar um jeito de remediar o que havia feito, quando notou que havia alguma coisa impedindo o sol de entrar pela janela. Levantou-se para espiar o que era e, espantado, descobriu que os grãos de feijão não só haviam brotado durante a noite, como também haviam crescido assustadora­mente, transformando-se numa planta enor­me, que subia até o céu.</span></div>
288. <div style="text-align: justify;">
289. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Admirado e feliz, o menino correu até o quintal e, sem pensar duas vezes, começou a subir pelo pé de feijão. Subiu, subiu e subiu; atravessou muitas camadas de nuvens ma­cias como flocos de algodão e, por fim, des­cobriu que a planta terminava num estranho país, onde tudo parecia deserto.</span></div>
290. <div style="text-align: justify;">
291. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Como queria saber onde estava, João resolveu andar para ver se encontrava alguém por ali. Mas o lugar parecia completa­mente desabitado, pois, mesmo andando ho­ras em seguida, não viu ninguém pelo cami­nho. Porém, quando já estava escurecendo e o seu estômago até doía de fome, João avis­tou um enorme castelo para onde se dirigiu. Encontrou na porta uma mulher que pareceu muito assustada em vê-lo ali.</span></div>
292. <div style="text-align: justify;">
293. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">— O que você está fazendo aqui, menino? — disse ela. — Não sabe que esse castelo per­tence ao meu marido, um gigante muito mau, devorador de carne humana?</span></div>
294. <div style="text-align: justify;">
295. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Ao ouvir isso, João sentiu as pernas bambearem de medo. Mas, como a mulher lhe dissesse que o gigante estava fora, caçando, e também como a fome e o cansaço não o dei­xassem andar mais, pediu a ela que o abri­gasse e escondesse até o dia seguinte.</span></div>
296. <div style="text-align: justify;">
297. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Embora fosse casada com um homem tão mau, a esposa do gigante era uma pessoa muito bondosa. Assim, ficou com muita pena do menino e levou-o para dentro do castelo, onde serviu-lhe uma mesa coberta de coisas deliciosas. João, que estava morto de fome, comeu tudo com tanto apetite e gosto que logo se esqueceu do perigo que estava correndo. De repente, porém, ouviu-se um grande barulho na porta, seguido de passos tão pe­sados que o castelo inteiro estremeceu.</span></div>
298. <div style="text-align: justify;">
299. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">— Oh, meu Deus! — disse a mulher, tre­mendo como vara verde. — É o gigante, me­nino ! Ele não pode encontrar você aqui senão vai devorar você e a mim também!</span></div>
300. <div style="text-align: justify;">
301. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Ao vê-la tão assustada, João ficou para­lisado de medo. Mas a mulher o puxou rapi­damente pela mão, e mal teve tempo de escon­dê-lo dentro do forno, antes que o gigante en­trasse na cozinha, gritando com sua voz de trovão:</span></div>
302. <div style="text-align: justify;">
303. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">— Mulher! Mulher, estou sentindo cheiro de carne humana!</span></div>
304. <div style="text-align: justify;">
305. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Um, dois e três,</span></div>
306. <div style="text-align: justify;">
307. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">diga-me de uma vez:</span></div>
308. <div style="text-align: justify;">
309. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">onde está esse abelhudo?</span></div>
310. <div style="text-align: justify;">
311. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Vou comê-lo com ossos e tudo!</span></div>
312. <div style="text-align: justify;">
313. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Mais que depressa, a mulher explicou que o cheiro de carne era dos franguinhos que ela havia matado para o jantar.</span></div>
314. <div style="text-align: justify;">
315. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">João, que estava espiando por uma frestinha do forno, ficou apavorado só de pensar no que aconteceria se o gigante o encontrasse. Mas a bondosa mulher, que sabia que o ma­rido era muito comilão, apressou-se em ser­vir a comida, antes que ele começasse a pro­curar por todos os cantos da casa até encon­trar o pobre menino.</span></div>
316. <div style="text-align: justify;">
317. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O gigante sentou-se então à mesa e, para começar a refeição, engoliu uma dúzia de frangos assados, com ossos e tudo. Com os olhos arregalados, João assistiu à mulher tra­zendo para a mesa pratos e mais pratos, que o gigante engolia rapidamente, sem nunca ficar satisfeito.</span></div>
318. <div style="text-align: justify;">
319. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Quando acabou finalmente sua refeição, o comilão gritou para a mulher:</span></div>
320. <div style="text-align: justify;">
321. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">—   Traga-me o dinheiro!</span></div>
322. <div style="text-align: justify;">
323. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">—   Está bem! — respondeu ela, saindo da cozinha.</span></div>
324. <div style="text-align: justify;">
325. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">E, logo em seguida, voltava com dois sa­cos cheios de moedas de ouro. Depois de ordenar que a mulher fosse dormir, o gigante colocou os sacos de moedas sobre a mesa e começou a contá-las, enquanto esperava o sono chegar.</span></div>
326. <div style="text-align: justify;">
327. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Quando se cansou desse divertimento, guardou as moedas de novo nos sacos e de­pois colocou-os no chão, perto de si. Só que, por precaução, amarrou ao pé da mesa um cão de guarda, e depois recostou-se na ca­deira e pôs-se a dormir.</span></div>
328. <div style="text-align: justify;">
329. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">João, que a tudo assistia de seu escon­derijo, esperou que o gigante estivesse dor­mindo profundamente e, quando viu que ele estava roncando como um trovão, saiu de mansinho do forno para roubar o dinheiro. Entretanto, assim que pôs as mãos sobre os sacos de moedas, o cão de guarda começou a latir feito louco e o pobre menino, apavo­rado, julgou-se completamente perdido.</span></div>
330. <div style="text-align: justify;">
331. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Acontece que o gigante tinha um sono pe­sado demais e os latidos fizeram apenas com que ele se mexesse na cadeira, sem conse­guir acordá-lo.</span></div>
332. <div style="text-align: justify;">
333. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Mais sossegado, o menino subiu na mesa da cozinha e, depois de pegar um pedação de carne, jogou-o ao cão, que abanou o rabo e ficou em silêncio, deliciando-se com o petisco.</span></div>
334. <div style="text-align: justify;">
335. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">João pôde assim pegar o dinheiro e fugir dali. Correu sem parar até alcançar o pé de feijão, descendo habilmente até chegar ao quintal de casa.</span></div>
336. <div style="text-align: justify;">
337. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em seguida, chamou pela mãe e, depois de contar-lhe toda a aventura, entregou-lhe os dois sacos de moedas.</span></div>
338. <div style="text-align: justify;">
339. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Corri o dinheiro roubado do gigante, João e a mãe passaram a levar uma vida de rei. Nada mais faltava na casa e eles não pre­cisavam mais temer a fome e a necessidade.</span><br />
340. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
341. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">LEIA MAIS, clicando na frase abaixo</span><br />
342. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"></span><br />
343. <a name='more'></a><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
344. <div style="text-align: justify;">
345. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Mas o tempo foi passando e os sacos de moedas começaram a ficar vazios. E João pensou, então, em voltar ao castelo do gi­gante, para se apoderar de mais riquezas.</span></div>
346. <div style="text-align: justify;">
347. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Contou sua vontade à mãe e ela, com medo de que alguma coisa pudesse acontecer-lhe, proibiu-o de ir.</span></div>
348. <div style="text-align: justify;">
349. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">— Já pensou se o gigante agarrar você? — disse ela. — E a mulher dele?   Ela certamente o reconhecerá e poderá entregá-lo ao marido!</span></div>
350. <div style="text-align: justify;">
351. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Percebendo que a mãe não ia mesmo per­mitir, João fingiu aceitar o que ela dizia. Mas, na primeira chance que teve, saiu es­condido e subiu novamente pelo pé de feijão, desta vez muito bem disfarçado para que a mulher do gigante não o reconhecesse.</span></div>
352. <div style="text-align: justify;">
353. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Chegou assim mais uma vez ao estranho país e, depois de caminhar até o anoitecer, avistou o castelo do gigante, na porta do qual encontrou novamente a boa mulher.</span></div>
354. <div style="text-align: justify;">
355. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">— Menino! — disse ela, sem reconhecer João. — O que você faz aqui? Não sabe que esse castelo é do meu marido, um gigante muito mau, devorador de carne humana?</span></div>
356. <div style="text-align: justify;">
357. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">João fingiu-se muito assustado, e pediu à mulher que o escondesse até o dia seguinte, dizendo que não conseguiria encontrar o ca­minho de casa no escuro.</span></div>
358. <div style="text-align: justify;">
359. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">— Ah, não! — respondeu ela. — De jeito nenhum! Da última vez que fiz isso me ar­rependi amargamente!   Já dei abrigo a um menino como você e o mal-agradecido fugiu, levando dois sacos de moedas de ouro do meu marido. Por causa disso, quase fui devorada no lugar do malandrinho! E o gigante, desde então, tem estado com um humor terrível, que eu sou obrigada a suportar!</span></div>
360. <div style="text-align: justify;">
361. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Mas João sabia ser convincente e pediu tantas vezes que a boa mulher acabou con­cordando em escondê-lo. Assim, levou-o para dentro do castelo e deu-lhe de comer e de beber. E, novamente, mal teve tempo de es­conder João, desta vez dentro de um quarti­nho de despejo, e o gigante já chegava, com seu andar tão pesado que fazia o castelo es­tremecer. Dali a pouco, ele já estava na co­zinha, gritando com voz de trovão:</span></div>
362. <div style="text-align: justify;">
363. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">— Um, dois e três.</span></div>
364. <div style="text-align: justify;">
365. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Cheiro de gente outra vez! Onde está esse abelhudo? Vou comê-lo com ossos e tudo!</span></div>
366. <div style="text-align: justify;">
367. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Enquanto dizia isso, o gigante procurava por todos os cantos da casa.</span></div>
368. <div style="text-align: justify;">
369. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">João, que a tudo assistia pela fechadura da porta, ficou morrendo de medo de ser en­contrado. Mas a bondosa mulher mais uma vez convenceu o marido de que não havia ninguém na casa e, enchendo a mesa de co­mida, conseguiu distraí-lo.</span></div>
370. <div style="text-align: justify;">
371. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Novamente o gigante comeu até se far­tar e depois disse à mulher:</span></div>
372. <div style="text-align: justify;">
373. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">— Mulher, traga-me a galinha!</span></div>
374. <div style="text-align: justify;">
375. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Ela, como da outra vez, obedeceu às or­dens e saiu da cozinha, para voltar logo de­pois, trazendo uma galinha viva. O gigante colocou a galinha sobre a mesa e, assim que a mulher se retirou, ordenou:</span></div>
376. <div style="text-align: justify;">
377. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">— Bote!</span></div>
378. <div style="text-align: justify;">
379. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">E João viu, espantado, a galinha botar um ovo que não era nem branco e nem igual aos das galinhas comuns, e sim de ouro, ouro puro e maciço!</span></div>
380. <div style="text-align: justify;">
381. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">— Bote outro! — ordenou o gigante.</span></div>
382. <div style="text-align: justify;">
383. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">E a galinha obedeceu. Assim aconteceu sucessivamente, até que a mesa da cozinha ficou repleta de ovos de ouro, bonitos e re­luzentes.</span></div>
384. <div style="text-align: justify;">
385. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">De repente, o gigante se cansou de man­dar a galinha botar os ovos e, debruçando-se sobre a mesa, caiu, logo em seguida, num sono profundo.</span></div>
386. <div style="text-align: justify;">
387. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Quando ouviu o gigante roncando outra vez como um trovão, João saiu em silêncio de seu esconderijo. E, como desta vez não havia nem o cão de guarda para atrapalhar, foi muito fácil agarrar a galinha e fugir cor­rendo do castelo, até chegar ao pé de feijão.</span></div>
388. <div style="text-align: justify;">
389. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Logo que entrou em casa, João chamou a mãe e, depois de lhe contar a sua aventura, entregou-lhe a galinha dos ovos de ouro.</span></div>
390. <div style="text-align: justify;">
391. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Daquele dia em diante, nada mais lhes faltou, pois, sempre que precisavam de algu­ma coisa, bastava ordenar à galinha que bo­tasse um ovo, e ela obedecia prontamente.</span></div>
392. <div style="text-align: justify;">
393. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Mesmo sendo agora rico e feliz, João voltou a ter vontade de subir outra vez ao castelo do gigante. Mas, sempre que falava nisso, a mãe o repreendia tão severamente, que o menino acabava adiando a viagem, sem entretanto desistir da idéia.</span></div>
394. <div style="text-align: justify;">
395. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Passaram-se assim três anos, no final dos quais João tomou uma decisão: ia subir de novo, custasse o que custasse, e não con­taria nada à mãe.</span></div>
396. <div style="text-align: justify;">
397. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Assim, esperou pacientemente que che­gasse o verão, quando os dias são mais lon­gos e, depois de se disfarçar muito bem, subiu pelo pé de feijão antes que o sol nascesse, para que a mãe não o visse.</span></div>
398. <div style="text-align: justify;">
399. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Novamente chegou ao castelo numa hora em que o gigante não estava, e mais uma vez não foi reconhecido pela mulher, que voltou a falar-lhe dos perigos que corria estando ali. Só que, desta vez, foi muito mais difícil con­vencê-la a recolher um estranho em seu cas­telo, pois o gigante, depois do último roubo, estava com um humor insuportável e cada dia se tornava mais malvado.</span></div>
400. <div style="text-align: justify;">
401. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">João, porém, sabia que a mulher era muito bondosa e continuou insistindo até que conseguiu convencê-la. Foi então acolhido, e de novo lhe foi servida uma refeição deli­ciosa.</span></div>
402. <div style="text-align: justify;">
403. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Mas nesse dia o gigante chegou tão re­pentinamente que a mulher só teve tempo de colocar João dentro de um caldeirão, antes que o marido entrasse na cozinha gritando:</span></div>
404. <div style="text-align: justify;">
405. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">— Mulher! Sinto cheiro de carne huma­na!</span></div>
406. <div style="text-align: justify;">
407. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Um, dois e três,</span></div>
408. <div style="text-align: justify;">
409. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">diga-me de uma vez:</span></div>
410. <div style="text-align: justify;">
411. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">onde está o abelhudo?</span></div>
412. <div style="text-align: justify;">
413. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Vou comê-lo com ossos e tudo!</span></div>
414. <div style="text-align: justify;">
415. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">E estava tão furioso e desconfiado, que começou a procurar por todos os cantos, sem nem ouvir a esposa chamando-o para o jantar.</span></div>
416. <div style="text-align: justify;">
417. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Procurou, procurou e procurou até que, finalmente, chegou bem perto do caldeirão onde João estava escondido. Ao ouvir aqueles passos que faziam o chão tremer e aquela voz de trovão gritando furiosamente, o pobre menino achou que estava mesmo perdido. Por sorte, entretanto, o gigante sentiu uma fome repentina e ficou com preguiça de levantar a tampa do caldeirão. Por isso, desistiu de procurar e gritou:</span></div>
418. <div style="text-align: justify;">
419. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">— Mulher!  Quero jantar!</span></div>
420. <div style="text-align: justify;">
421. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Dentro de seu esconderijo, João suspirou aliviado. E ali ficou bem quietinho, esperan­do que o comilão fizesse sua interminável refeição.</span></div>
422. <div style="text-align: justify;">
423. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Quando, afinal, estava satisfeito, o gi­gante gritou para a mulher:</span></div>
424. <div style="text-align: justify;">
425. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">— Traga-me a harpa de ouro!</span></div>
426. <div style="text-align: justify;">
427. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">E ela, como sempre fazia, obedeceu-lhe prontamente. O gigante esperou que ela se retirasse para dormir, depois colocou o ins­trumento sobre a mesa e ordenou:</span></div>
428. <div style="text-align: justify;">
429. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">— Toque!</span></div>
430. <div style="text-align: justify;">
431. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">No mesmo instante, a harpa de ouro co­meçou a tocar sozinha uma melodia doce e suave, que deixou João maravilhado e que embalou os sonhos do malvado gigante. As­sim, o menino esperou até que ele estivesse roncando bem alto, saiu em silêncio do cal­deirão e correu na direção do valioso instru­mento.</span></div>
432. <div style="text-align: justify;">
433. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Acontece que a harpa era encantada e, ao sentir que mãos estranhas a tocavam, co­meçou a gritar com uma voz fininha:</span></div>
434. <div style="text-align: justify;">
435. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">—         Socorro! Socooorro!</span></div>
436. <div style="text-align: justify;">
437. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">E o gigante, ou porque não estivesse dor­mindo ainda, ou porque gostasse muito da harpa, acabou acordando. Ao ver que estava sendo roubado, levantou-se da cadeira, gri­tando, furioso:</span></div>
438. <div style="text-align: justify;">
439. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">— Ah, seu maldito! Desta vez você me paga! Quando eu o pegar, vou engoli-lo vivo, com ossos e tudo!</span></div>
440. <div style="text-align: justify;">
441. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Disse isso e veio direto em cima do po­bre João, que, muito assustado, começou a correr até não poder mais. A harpa de ouro, por sua vez, continuava gritando, com sua vozinha fina:</span></div>
442. <div style="text-align: justify;">
443. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">— Socorro, meu senhor! Estão me rou­bando !</span></div>
444. <div style="text-align: justify;">
445. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">E João, ao ouvi-la falar, corria mais ainda, achando que o gigante o estava alcan­çando.</span></div>
446. <div style="text-align: justify;">
447. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">De repente, no entanto, João percebeu que havia já alguns minutos não ouvia mais os urros e o barulho dos passos de seu perse­guidor. Intrigado, virou-se para trás e desco­briu uma coisa que o deixou muito feliz: o gigante, embora fosse grande e forte, já esta­va velho e não conseguia correr muito.</span></div>
448. <div style="text-align: justify;">
449. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Mesmo assim, ainda havia um longo cami­nho para chegar ao pé de feijão, e por isso o menino agarrou de novo a harpa, que não pa­rava de gritar por socorro, e continuou a correr.</span></div>
450. <div style="text-align: justify;">
451. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Horas depois, alcançou de novo seu pé de feijão e começou a descer. Quando estava já no meio da haste da imensa planta, porém, João olhou para cima e viu que o gigante, por ser muito pesado, descia numa rapidez incrível. Assim, logo que avistou o quintal de casa, o menino começou a gritar pela mãe:</span></div>
452. <div style="text-align: justify;">
453. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">— Mamãe, mamãe! Traga-me um ma­chado, depressa!</span></div>
454. <div style="text-align: justify;">
455. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Quando João pôs os pés no chão, a mãe já se preparava para dar os primeiros golpes na planta. Mas a viúva, ao olhar para cima e ver o tamanho do gigante, ficou paralisada de medo.</span></div>
456. <div style="text-align: justify;">
457. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">João estava muito cansado, mas conse­guiu reunir todas as suas forças e, apossando-se do machado, golpeou várias vezes o pé de feijão. Tendo sido cortada a planta, o gi­gante despencou lá do alto, caindo ao chão com um grande estrondo. Era tão pesado que | seu corpo, ao cair, fez uma cratera enorme, que demorou muitos anos para fechar.</span></div>
458. <div style="text-align: justify;">
459. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Livre do perigo que o ameaçava, João abraçou a mãe alegremente. E, desde aquele dia, os dois passaram a viver tranqüilos.</span></div>
460. <div style="text-align: justify;">
461. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Tempos depois, quando se tornou um ho­mem forte e bonito, João se casou com uma princesa, com quem viveu feliz por muitos e muitos anos.</span></div>
462. <div style="text-align: justify;">
463. <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Quanto ao pé de feijão, depois de cor­tado, secou completamente e, como não havia mais sementes, nunca mais nasceu outro igual.</span></div>
464. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
465. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiDYaB2BV7Txprf9xsRtzdQNej4QJLMvXejybFWYOTVXDTC_yZF8f6YWBqeR_qbOMEx5xmD62V4Lvz7hThIfa7mbEAk90-7NHl8hLRHDe_V7dVRt4wBkIOORHx_-75JFT5rLQvg0mlDcA/s1600/19.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><img border="0" height="161" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiDYaB2BV7Txprf9xsRtzdQNej4QJLMvXejybFWYOTVXDTC_yZF8f6YWBqeR_qbOMEx5xmD62V4Lvz7hThIfa7mbEAk90-7NHl8hLRHDe_V7dVRt4wBkIOORHx_-75JFT5rLQvg0mlDcA/s200/19.png" width="200" /></span></a></div>
466. <div style="text-align: justify;">
467. <br /></div>
468. </content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/1664721266503773835/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=1664721266503773835&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/1664721266503773835'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/1664721266503773835'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2016/03/joao-e-o-pe-de-feijao.html' title='João e o pé de feijão'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYml6GTU2g7snt3w1Q799jlCDuuvaavY28-iaIKD216V6z7h6zCvrHcn4Yaw4JkBxsYxQF3J8SRTlgAnV2cLC8pkgUPh64lNMkA9VrSRrSjGiYxSoByYDDMupof08rupgaI0sKtRp0qlY/s72-c/jack-pc3a9-de-feijc3a3o.jpg" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-7878061320001624358</id><published>2015-12-19T10:27:00.002-03:00</published><updated>2016-04-10T10:46:32.990-03:00</updated><title type='text'>Os trinta camelos - Malba Tahan</title><content type='html'>&lt;div style=&quot;text-align: justify;&quot;&gt;
469. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
470. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj46jJayThgMsSmq-5XDvHjhIc1pToQ2XRKEwx88P_Qv7pMbydb7M3gnw04hKZ7tOY4MzAAIUn55T12NL3ol2-XCdLwVctPEjOKWSreNwnFXL4TDm2EPLPjhi-hWASZBtmzLLtAZ3Y12wA/s1600/camels+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj46jJayThgMsSmq-5XDvHjhIc1pToQ2XRKEwx88P_Qv7pMbydb7M3gnw04hKZ7tOY4MzAAIUn55T12NL3ol2-XCdLwVctPEjOKWSreNwnFXL4TDm2EPLPjhi-hWASZBtmzLLtAZ3Y12wA/s400/camels+%25281%2529.jpg" width="400" /></a></div>
471. <span style="font-size: large;"><br /></span>
472. <span style="font-size: large;">Poucas horas havia que viajávamos sem interrupção, quando nos ocorreu uma aventura digna de registro, na qual meu companheiro Beremiz, com grande talento, pôs em prática as suas habilidades de exímio algebrista.</span></div>
473. <div style="text-align: justify;">
474. <span style="font-size: large;">Encontramos, perto de um antigo caravançará meio abandonado, três homens que discutiam acaloradamente ao pé de um lote de camelos. Por entre pragas e impropérios, gritavam possessos, furiosos:</span></div>
475. <div style="text-align: justify;">
476. <span style="font-size: large;">— Não pode ser!</span></div>
477. <div style="text-align: justify;">
478. <span style="font-size: large;">— Isto é um roubo</span></div>
479. <div style="text-align: justify;">
480. <span style="font-size: large;">— Não aceito!</span></div>
481. <div style="text-align: justify;">
482. <span style="font-size: large;">O inteligente Beremiz procurou informar-se do que se tratava.</span></div>
483. <div style="text-align: justify;">
484. <span style="font-size: large;">— Somos irmãos — esclareceu o mais velho — e recebemos como herança esses 35 camelos. Segundo a vontade expressa de meu pai, devo eu receber a metade, o meu irmão Hamed Namir uma terça parte, e ao Harim, o mais moço, deve tocar apenas a nona parte. Não sabemos, porém, como dividir dessa forma 35 camelos. A cada partilha proposta, segue-se a recusa dos outros dois, pois a metade de 35 é 17 e meio! Como fazer a partilha, se a terça parte e a nona parte de 35 também não são exatas?</span></div>
485. <div style="text-align: justify;">
486. <span style="font-size: large;">— É muito simples — atalhou o “homem que calculava”. — Encarregar-me-ei de fazer com justiça essa divisão, se permitirem que eu junte aos 35 camelos da herança este belo animal, que em boa hora aqui nos trouxe. Neste ponto, procurei intervir na questão:</span></div>
487. <div style="text-align: justify;">
488. <span style="font-size: large;">— Não posso consentir em semelhante loucura! Como poderíamos concluir a viagem, se ficássemos sem o nosso camelo?</span></div>
489. <div style="text-align: justify;">
490. <span style="font-size: large;">— Não te preocupes com o resultado, ó “bagdali”! — replicou-me, em voz baixa, Beremiz. — Sei muito bem o que estou fazendo. Cede-me o teu camelo e verás, no fim, a que conclusão quero chegar.</span></div>
491. <div style="text-align: justify;">
492. <span style="font-size: large;">Tal foi o tom de segurança com que ele falou, que não tive dúvida em entregar-lhe o meu belo Jamal, que imediatamente foi reunido aos 35 ali presentes, para serem repartidos pelos três herdeiros.</span></div>
493. <div style="text-align: justify;">
494. <span style="font-size: large;">— Vou, meus amigos — disse ele, dirigindo-se aos três irmãos — fazer a divisão justa e exata dos camelos, que são agora, como vêem, em número de 36. E voltando-se para o mais velho dos irmãos, assim falou:</span></div>
495. <div style="text-align: justify;">
496. <span style="font-size: large;">— Deves receber, meu amigo, a metade de 35, isto é, 17 e meio. Receberás a metade de 36, ou seja, 18. Nada tens a reclamar, pois é claro que saíste lucrando com esta divisão.</span></div>
497. <div style="text-align: justify;">
498. <span style="font-size: large;">Dirigindo-se ao segundo herdeiro, continuou:</span></div>
499. <div style="text-align: justify;">
500. <span style="font-size: large;">— E tu, Hamed Namir, devias receber um terço de 35, isto é, 11 e pouco. Vais receber um terço de 36, isto é, 12. Não poderás protestar, pois tu também saíste com visível lucro na transação.</span></div>
501. <div style="text-align: justify;">
502. <span style="font-size: large;">E disse, por fim, ao mais moço:</span></div>
503. <div style="text-align: justify;">
504. <span style="font-size: large;">— E tu, jovem Harim Namir, segundo a vontade de teu pai, devias receber uma nona parte de 35, isto é, 3 e pouco. Vais receber um terço de 36, isto é, 4. O teu lucro foi igualmente notável. Só tens a agradecer-me pelo resultado. Numa voz pausada e clara, concluiu:</span></div>
505. <div style="text-align: justify;">
506. <span style="font-size: large;">— Pela vantajosa divisão feita entre os irmãos Namir — partilha em que todos os três saíram lucrando — couberam 18 camelos ao primeiro, 12 ao segundo e 4 ao terceiro, o que dá um total de 34 camelos. Dos 36 camelos sobraram, portanto, dois. Um pertence, como sabem, ao “bagdali” meu amigo e companheiro; outro, por direito, a mim, por ter resolvido a contento de todos o complicado problema da herança.</span></div>
507. <div style="text-align: justify;">
508. <span style="font-size: large;">— Sois inteligente, ó estrangeiro! — confessou, com admiração e respeito, o mais velho dos três irmãos.</span></div>
509. <div style="text-align: justify;">
510. <span style="font-size: large;">— Aceitamos a vossa partilha, na certeza de que foi feita com justiça e eqüidade.</span></div>
511. <div style="text-align: justify;">
512. <span style="font-size: large;">E o astucioso Beremiz — o “homem que calculava” — tomou logo posse de um dos mais belos camelos do grupo, e disse-me, entregando-me pela rédea o animal que me pertencia:</span></div>
513. <div style="text-align: justify;">
514. <span style="font-size: large;">— Poderás agora, meu amigo, continuar a viagem no teu camelo manso e seguro. Tenho outro, especialmente para mim.</span></div>
515. <div style="text-align: justify;">
516. <span style="font-size: large;">E continuamos a nossa jornada para Bagdá.</span></div>
517. <div style="text-align: justify;">
518. <span style="font-size: large;">_________________________________________________</span></div>
519. <div style="text-align: justify;">
520. <span style="font-size: large;">(Malba Tahan, Seleções - Os melhores contos – Conquista, Rio, 1963)</span></div>
521. <div style="text-align: justify;">
522. <br /></div>
523. <div style="text-align: justify;">
524. <br /></div>
525. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
526. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsJM6kjgpreMIZ-r6L2aiNQCaZwtOd3-J9Qi-ow8KVZqex9IhRqtl_xsS_b_sQnu739RKSM3v1T7DhI38moOblk5vhJKUW1tj4XRCg-X0joffeNHiAcYXSmEtzSd5yYgIFCNclEBl6-Ns/s1600/gifs-ursinhos2.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="130" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsJM6kjgpreMIZ-r6L2aiNQCaZwtOd3-J9Qi-ow8KVZqex9IhRqtl_xsS_b_sQnu739RKSM3v1T7DhI38moOblk5vhJKUW1tj4XRCg-X0joffeNHiAcYXSmEtzSd5yYgIFCNclEBl6-Ns/s200/gifs-ursinhos2.gif" width="200" /></a></div>
527. </content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/7878061320001624358/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=7878061320001624358&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/7878061320001624358'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/7878061320001624358'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2015/12/os-trinta-camelos-malba-tahan.html' title='Os trinta camelos - Malba Tahan'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj46jJayThgMsSmq-5XDvHjhIc1pToQ2XRKEwx88P_Qv7pMbydb7M3gnw04hKZ7tOY4MzAAIUn55T12NL3ol2-XCdLwVctPEjOKWSreNwnFXL4TDm2EPLPjhi-hWASZBtmzLLtAZ3Y12wA/s72-c/camels+%25281%2529.jpg" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-1549633862942528325</id><published>2015-11-21T01:40:00.002-03:00</published><updated>2015-11-21T01:40:43.501-03:00</updated><title type='text'>A Estrelinha Verde</title><content type='html'>&lt;div class=&quot;MsoNormal&quot;&gt;
528. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
529. </div>
530. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
531. <a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8791446224961973562" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a></div>
532. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnjvDHctJwBRC7Ksrq8vXxsXQ22vYHhSurXELlhdG9BLo2CTfRv-xogPWV6cBdMwLTiiWs5NQjQauvIQSaQgyQN5Crq3CQwD-OlCIa6t3yw6XSlkq892aFpXD9hDd0z4vsyK5ZnypcJdk/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnjvDHctJwBRC7Ksrq8vXxsXQ22vYHhSurXELlhdG9BLo2CTfRv-xogPWV6cBdMwLTiiWs5NQjQauvIQSaQgyQN5Crq3CQwD-OlCIa6t3yw6XSlkq892aFpXD9hDd0z4vsyK5ZnypcJdk/s1600/download.jpg" /></a><br />
533. <span style="text-align: justify;">Haviam milhões de estrelas no céu. Estrelas de todas as cores: brancas, prateadas, verdes, douradas, vermelhas e azuis.</span></div>
534. <div style="text-align: justify;">
535. Um dia, elas procuraram Deus e lhe disseram:- Senhor Deus, gostaríamos de viver na Terra entre os homens.</div>
536. <div style="text-align: justify;">
537. - Assim será feito, respondeu o Senhor. Conservarei todas vocês pequeninas como são vistas e podem descer para a Terra.</div>
538. <div style="text-align: justify;">
539. <br /></div>
540. <div style="text-align: justify;">
541. Conta-se que, naquela noite, houve uma linda chuva de estrelas. Algumas se aninharam nas torres das igrejas, outras foram brincar de correr com os vaga-lumes nos campos; outras misturaram-se aos brinquedos das crianças e a Terra ficou maravilhosamente iluminada.</div>
542. <div style="text-align: justify;">
543. Porém, passando o tempo, as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar para o céu, deixando a Terra escura e triste.</div>
544. <div style="text-align: justify;">
545. <br /></div>
546. <div style="text-align: justify;">
547. - Por que voltaram? Perguntou Deus, a medida que elas chegavam ao céu.</div>
548. <div style="text-align: justify;">
549. - Senhor, não nos foi possível permanecer na Terra. Lá existe muita miséria e violência, muita maldade, muita injustiça…</div>
550. <div style="text-align: justify;">
551. E o Senhor lhes disse:</div>
552. <div style="text-align: justify;">
553. - Claro! O lugar de vocês é aqui no céu. A Terra é o lugar do transitório, daquilo que passa, daquele que cai, daquele que erra, daquele que morre, nada é perfeito. O céu é lugar da perfeição, do imutável, do eterno, onde nada perece.</div>
554. <div style="text-align: justify;">
555. Depois que chegaram todas as estrelas e conferindo o seu número, Deus falou de novo:</div>
556. <div style="text-align: justify;">
557. - Mas está faltando uma estrela. Perdeu-se no caminho?</div>
558. <div style="text-align: justify;">
559. Um anjo que estava perto retrucou:</div>
560. <div style="text-align: justify;">
561. - Não Senhor, uma estrela resolveu ficar entre os homens. Ela descobriu que seu lugar é exatamente onde existe a imperfeição, onde há limite, onde as coisas não vão bem, onde há luta e dor.</div>
562. <div style="text-align: justify;">
563. - Mas que estrela é essa? – voltou Deus a perguntar.</div>
564. <div style="text-align: justify;">
565. - É a Esperança, Senhor. A estrela verde. A única estrela dessa cor.</div>
566. <div style="text-align: justify;">
567. E quando olharam para a Terra, a estrela não estava só. A Terra estava novamente iluminada porque havia uma estrela verde no coração de cada pessoa.</div>
568. <div style="text-align: justify;">
569. Porque o único sentimento que o homem tem e Deus não tem é a Esperança.</div>
570. <div style="text-align: justify;">
571. Deus já conhece o futuro, e a Esperança é própria da pessoa humana, própria daquele que erra, daquele que não é perfeito, daquele que não sabe como será o futuro.</div>
572. <div style="text-align: justify;">
573. <br /></div>
574. <div style="text-align: justify;">
575. Tenha a estrelinha verde em seu coração, a esperança, e não deixe que ela fuja ou se apague, ela iluminará seu caminho!</div>
576. <div style="text-align: justify;">
577. <br /></div>
578. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
579. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUQWpn6_stRdI16chIxoi0y-AC2nOaFNjr8OgFqFIZvq3ga-NXMWhLWz3vrpIQX8U5ITtwj4NiarMDtUwdY25k6bWIxYbeS015s9gur2cJ9G8p7uXPnvpOHbVpujyvLmJI__N9RJg6XbQ/s1600/00ex1r5k.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUQWpn6_stRdI16chIxoi0y-AC2nOaFNjr8OgFqFIZvq3ga-NXMWhLWz3vrpIQX8U5ITtwj4NiarMDtUwdY25k6bWIxYbeS015s9gur2cJ9G8p7uXPnvpOHbVpujyvLmJI__N9RJg6XbQ/s1600/00ex1r5k.gif" /></a></div>
580. <div style="text-align: justify;">
581. <br /></div>
582. </content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/1549633862942528325/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=1549633862942528325&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/1549633862942528325'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/1549633862942528325'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2015/11/a-estrelinha-verde.html' title='A Estrelinha Verde'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnjvDHctJwBRC7Ksrq8vXxsXQ22vYHhSurXELlhdG9BLo2CTfRv-xogPWV6cBdMwLTiiWs5NQjQauvIQSaQgyQN5Crq3CQwD-OlCIa6t3yw6XSlkq892aFpXD9hDd0z4vsyK5ZnypcJdk/s72-c/download.jpg" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-8540745481449688628</id><published>2015-11-07T00:33:00.002-03:00</published><updated>2015-11-07T00:33:48.479-03:00</updated><title type='text'>Ali Babá e os quarenta ladrões</title><content type='html'>&lt;div class=&quot;separator&quot; style=&quot;clear: both; text-align: center;&quot;&gt;
583. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlDYrz_Yru6yS52sdM-UlPK2uU3i0xFftGAfjKh1qRvjbmuH-oxCSQFoQPECeY3w4CiUmHwg6Bd-NiS2fKss7YhQ5lOdyVRUyv65TWQKGikSsotVN44Xv3MyYpEzL6D0MORBzjeS0__RM/s1600/II-Festival_-%25282%2529_1316194596.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlDYrz_Yru6yS52sdM-UlPK2uU3i0xFftGAfjKh1qRvjbmuH-oxCSQFoQPECeY3w4CiUmHwg6Bd-NiS2fKss7YhQ5lOdyVRUyv65TWQKGikSsotVN44Xv3MyYpEzL6D0MORBzjeS0__RM/s200/II-Festival_-%25282%2529_1316194596.jpg" width="200" /></a></div>
584. <div style="text-align: justify;">
585. Há muito, muito tempo, numa cidade lá para os lados do Oriente, vivia Ali Babá, que ganhava a vida comprando e vendendo coisas nas aldeias próximas à sua. Uma bela tarde, ao regressar a casa, viu uma longa caravana de quarenta homens carregados com grandes caixas, que as puseram no chão ao chegarem junto a uma rocha. Então, espantadíssimo, Ali Babá viu o chefe aproximar-se da parede rochosa e gritar:</div>
586. <div style="text-align: justify;">
587. - Abre-te Sésamo!</div>
588. <div style="text-align: justify;">
589. Como que por milagre abriu-se uma grande fenda na rocha e apareceu uma enorme gruta, no interior da qual os homens depositaram as caixas e saíram.</div>
590. <div style="text-align: justify;">
591. - Fecha-te Sésamo!- gritou o chefe.</div>
592. <div style="text-align: justify;">
593. A parede voltou a fechar-se e foram-se embora.</div>
594. <div style="text-align: justify;">
595. Quando Ali Babá viu que os homens já iam longe, correu para a grande rocha e gritou:</div>
596. <div style="text-align: justify;">
597. - Abre-te Sésamo!</div>
598. <div style="text-align: justify;">
599. Entrou na gruta e viu, espantado, que ela albergava um precioso tesouro, proveniente dos roubos que os homens vinham praticando nas cidades da região. Então carregou o que pode num saco e voltou para casa.</div>
600. <div style="text-align: justify;">
601. No dia seguinte, pedindo segredo, contou tudo ao seu irmão mais velho Kasim.</div>
602. <div style="text-align: justify;">
603. Logo que a noite caiu Kasim, sem dizer nada a ninguém, colocou os arreios e alguns sacos nas mulas e dirigiu-se à gruta, sonhando durante todo o percurso que era muito, mas mesmo muito rico.</div>
604. <div style="text-align: justify;">
605. Porém, quando tinha os sacos quase todos cheios, os ladrões regressaram para guardar mais coisas roubadas e, ao verem-no, pois não havia como esconder-se, condenaram-no a ficar fechado na gruta.</div>
606. <div style="text-align: justify;">
607. Preocupado com o desaparecimento do irmão, e lembrando-se da conversa que tivera, Ali Babá decidiu ir procurá-lo à gruta. Logo que entrou viu-o atado de pés e mãos, jogado a um canto. Desamarrou-o e foram-se embora correndo, por entre juras de nunca mais ali voltarem.</div>
608. <div style="text-align: justify;">
609. Porém, quando os ladrões regressaram à gruta e viram que o prisioneiro se tinha evadido, logo pensaram numa maneira de o apanharem e a quem o ajudou.</div>
610. <div style="text-align: justify;">
611. - Far-me-ei passar por mercador e irei bater de porta em porta em todas as cidades em redor. Porei um de vós em cada vasilha e encherei uma com azeite. - decidiu o chefe dos ladrões.</div>
612. <div style="text-align: justify;">
613. E lá foram de cidade em cidade, consoante o plano que tinha forjado, até que chegou a casa de Kasim e o reconheceu. De imediato lhe pediu alojamento, ao que este anuiu, sem desconfiar de nada.</div>
614. <div style="text-align: justify;">
615. Mas durante o jantar a criada Frahazada, ao passar junto das vasilhas, ouviu os ladrões a cochicharem:</div>
616. <div style="text-align: justify;">
617. - Estejam preparados, aproxima-se o momento de os agarrarmos!</div>
618. <div style="text-align: justify;">
619. Frahazada correu a contar a Ali Babá a estranha coisa que tinha ouvido. Resolveram então ferver um alguidar de azeite e despejá-lo em cada pote aonde se escondiam os malvados ladrões. Estes fugiram aterrorizados, com excepção do chefe, que foi preso e entregue aos guardas do rei.</div>
620. <div style="text-align: justify;">
621. Kasim, agradecido, comprometeu-se a dar metade da sua fortuna ao irmão.</div>
622. <div style="text-align: justify;">
623. - Agradeço-te, mas apenas quero 1/4 para mim. O restante pertence a Frahazada, com quem me vou casar!</div>
624. <div style="text-align: justify;">
625. <br /></div>
626. <div style="text-align: justify;">
627. ( Histórias de As mil e uma noites)</div>
628. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
629. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQ9JrQWE6PdX4BA54peTPNcwsCXqGmjJS3aRSmlCc5_ZReKtGK2nOnSg9kvRc9AHwjUU3XIHEAT-3Re8RioEIDSiq3l9_ly7Umvk91C-liLjRr9xEz9-Dp2zZAja-JtP1RL56C1PD-1c0c/s1600/47animation021wv9.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="80" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQ9JrQWE6PdX4BA54peTPNcwsCXqGmjJS3aRSmlCc5_ZReKtGK2nOnSg9kvRc9AHwjUU3XIHEAT-3Re8RioEIDSiq3l9_ly7Umvk91C-liLjRr9xEz9-Dp2zZAja-JtP1RL56C1PD-1c0c/s320/47animation021wv9.gif" width="320" /></a></div>
630. </content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/8540745481449688628/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=8540745481449688628&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/8540745481449688628'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/8540745481449688628'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2015/11/ali-baba-e-os-quarenta-ladroes.html' title='Ali Babá e os quarenta ladrões'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlDYrz_Yru6yS52sdM-UlPK2uU3i0xFftGAfjKh1qRvjbmuH-oxCSQFoQPECeY3w4CiUmHwg6Bd-NiS2fKss7YhQ5lOdyVRUyv65TWQKGikSsotVN44Xv3MyYpEzL6D0MORBzjeS0__RM/s72-c/II-Festival_-%25282%2529_1316194596.jpg" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-3779502786531836440</id><published>2015-01-10T20:51:00.003-03:00</published><updated>2015-01-10T20:54:12.899-03:00</updated><title type='text'>O Gosto da Bruxa</title><content type='html'>&lt;a href=&quot;https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjODjdONZt4TTryNYXiUQX4HnnrqELqYxyiExtAESf80No3sbr-N6V_o-5ikhJvkMVOjDHOU5g9A8M_PmCT0c1cBm92bQFVThx7wFOnP9qgkL4vVyYQyc6I0NOM9U42QuodWJKhmviTu_g/s1600/rainhadasneves-tocadamorgana.gif&quot; style=&quot;clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;&quot;&gt;&lt;img border=&quot;0&quot; height=&quot;200&quot; src=&quot;https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjODjdONZt4TTryNYXiUQX4HnnrqELqYxyiExtAESf80No3sbr-N6V_o-5ikhJvkMVOjDHOU5g9A8M_PmCT0c1cBm92bQFVThx7wFOnP9qgkL4vVyYQyc6I0NOM9U42QuodWJKhmviTu_g/s1600/rainhadasneves-tocadamorgana.gif&quot; width=&quot;172&quot; /&gt;&lt;/a&gt;&lt;br /&gt;
631. <div style="text-align: justify;">
632. Era uma vez uma menina que estava presa na torre mais alta de um castelo.</div>
633. <div style="text-align: justify;">
634. Ela era uma princesa, mas não lhe valia de nada, porque perdera os seus pais e o reino, numa guerra que o dono do castelo, já se vê, é que ganhara.</div>
635. <div style="text-align: justify;">
636. Ainda era o tempo das fadas. Por isso a menina disse, para que as paredes ouvissem:</div>
637. <div style="text-align: justify;">
638. — Se uma fada me salvasse, fosse boa, má ou assim-assim, eu repartia a meias com ela o tesouro do meu perdido reino, que só eu sei onde está enterrado.</div>
639. <div style="text-align: justify;">
640. As paredes toda a gente diz que têm ouvidos. Estas ouviram, passaram palavra e daí a nada uma velha fada apareceu na sala.</div>
641. <div style="text-align: justify;">
642. — Vou dar volta à tua vida — disse a fada.</div>
643. <div style="text-align: justify;">
644. — És uma fada boa? — Perguntou a menina.</div>
645. <div style="text-align: justify;">
646. — Nem por isso — respondeu a fada.</div>
647. <div style="text-align: justify;">
648. Era uma fada assim-assim e para provar que não era das melhores, mas também não era das piores, impôs, à partida, uma condição. Salvava a menina, mas, antes, ela tinha de adivinhar-lhe o nome. E avisou logo que não tinha um nome muito mimoso.</div>
649. <div style="text-align: justify;">
650. — Serafina — disse a menina.</div>
651. <div style="text-align: justify;">
652. Nem pensar. Não era Serafina nem Leopoldina nem Marcolina. Nem Eufrásia nem Tomásia. Nem Quitéria nem Pulquéria. Nem Aniceta nem Eustáquia nem Teodósia nem Venância nem Bonifácia nem Gregória. Nem sequer Capitolina.</div>
653. <div style="text-align: justify;">
654. A princesa esgotou os nomes mais esquisitos que conhecia. E a fada sempre com a cabeça a dizer que não. Até que propôs o seguinte negócio:</div>
655. <div style="text-align: justify;">
656. — Salvo-te, mesmo que não descubras o meu nome, mas fico com o tesouro só para mim. Todinho!</div>
657. <div style="text-align: justify;">
658. A menina concordou. Não tinha outro remédio. Vai daí a fada pronunciou umas palavras mágicas e ela e a princesa atravessaram as paredes da prisão.</div>
659. <div style="text-align: justify;">
660. Uma vez em liberdade, a princesa ensinou o local onde estava escondido o tesouro e pronto, a história acaba aqui.</div>
661. <div style="text-align: justify;">
662. E o nome da fada-bruxa?</div>
663. <div style="text-align: justify;">
664. Também a menina quis saber.</div>
665. <div style="text-align: justify;">
666. — Chamo-me Joaninha — respondeu a fada-bruxa, baixando os olhos, envergonhada.</div>
667. <div style="text-align: justify;">
668. — Mas Joaninha é um nome bonito — estranhou a princesa.</div>
669. <div style="text-align: justify;">
670. — Eu não acho — disse ela. — Gostava mais de ser Virgolina Zebedeia.</div>
671. <div style="text-align: justify;">
672. Vá lá a gente entender o gosto das bruxas.</div>
673. <div style="text-align: justify;">
674. <br /></div>
675. <div style="text-align: justify;">
676. Autor desconhecido</div>
677. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
678. </div>
679. <div style="text-align: justify;">
680. <br /></div>
681. <div style="text-align: justify;">
682. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
683. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimvYV5Lm_aEYOFon5demYu2gh9padhSEg9COKDyJ36wu9wnf1zuRFAgmnzMbeC49U0oaLFneinvi3xJF7UVU8mrwn2tVrxh2aXCfrW280Ko_G_7zD5jPY4Jb-7uHuJtVtFjQl_24-THU0/s1600/12.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimvYV5Lm_aEYOFon5demYu2gh9padhSEg9COKDyJ36wu9wnf1zuRFAgmnzMbeC49U0oaLFneinvi3xJF7UVU8mrwn2tVrxh2aXCfrW280Ko_G_7zD5jPY4Jb-7uHuJtVtFjQl_24-THU0/s1600/12.gif" /></a></div>
684. <br /></div>
685.  
686. &lt;!-- Blogger automated replacement: &quot;https://images-blogger-opensocial.googleusercontent.com/gadgets/proxy?url=http%3A%2F%2F1.bp.blogspot.com%2F-rxlOAuex2WQ%2FVLG6cVDj1fI%2FAAAAAAAAIZI%2FDm3cbz4bhlo%2Fs1600%2Frainhadasneves-tocadamorgana.gif&amp;amp;container=blogger&amp;amp;gadget=a&amp;amp;rewriteMime=image%2F*&quot; with &quot;https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjODjdONZt4TTryNYXiUQX4HnnrqELqYxyiExtAESf80No3sbr-N6V_o-5ikhJvkMVOjDHOU5g9A8M_PmCT0c1cBm92bQFVThx7wFOnP9qgkL4vVyYQyc6I0NOM9U42QuodWJKhmviTu_g/s1600/rainhadasneves-tocadamorgana.gif&quot; --&gt;</content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/3779502786531836440/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=3779502786531836440&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/3779502786531836440'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/3779502786531836440'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2015/01/o-gosto-da-bruxa.html' title='O Gosto da Bruxa'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjODjdONZt4TTryNYXiUQX4HnnrqELqYxyiExtAESf80No3sbr-N6V_o-5ikhJvkMVOjDHOU5g9A8M_PmCT0c1cBm92bQFVThx7wFOnP9qgkL4vVyYQyc6I0NOM9U42QuodWJKhmviTu_g/s72-c/rainhadasneves-tocadamorgana.gif" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-8162132306141327317</id><published>2015-01-05T20:17:00.002-03:00</published><updated>2015-01-05T20:17:22.818-03:00</updated><title type='text'> O peixinho que descobriu o mar </title><content type='html'>&lt;div style=&quot;text-align: justify;&quot;&gt;
687. <br /></div>
688. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
689. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWD2PUrnwPAsNAq3rSPn7lkRb6JJoFUQETlI7gaeQ4s6HZO0NYGMSqD-uocsiCLmMrt3v8oEPbMGM5-4TZzR2lu8ZlvE8ncoXombud5Fxg1uDiJ_eU2IOuOYLlLGx06rSuBL0HJnS15XI/s1600/images+(4).jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWD2PUrnwPAsNAq3rSPn7lkRb6JJoFUQETlI7gaeQ4s6HZO0NYGMSqD-uocsiCLmMrt3v8oEPbMGM5-4TZzR2lu8ZlvE8ncoXombud5Fxg1uDiJ_eU2IOuOYLlLGx06rSuBL0HJnS15XI/s1600/images+(4).jpg" height="200" width="185" /></a></div>
690. <div style="text-align: justify;">
691. Cristóbal nasceu num aquário. O mundo dele resumia-se a um pouco de água entre quatro paredes de vidro, alguma areia, pedras, uma miniatura de caravela em madeira e uma tartaruga, cujo nome era Alice.</div>
692. <div style="text-align: justify;">
693. Alice, que vivera em outros lugares, contava para Cristóbal suas aventuras no mar, foi ai que Cristóbal iniciou seu projeto em busca da liberdade.</div>
694. <div style="text-align: justify;">
695. Cristóbal tentou sair de qualquer jeito, mas não conseguiu. De repente Alice acordou e viu, Cristóbal tentando sair. Então ela perguntou:</div>
696. <div style="text-align: justify;">
697. - Porque você está tentando sair de dentro do aquário?</div>
698. <div style="text-align: justify;">
699. - Porque eu queria explorar coisas novas, como as histórias que você estava me contando! – Respondeu Cristóbal.</div>
700. <div style="text-align: justify;">
701. Alice ficou triste pois não queria dizer que se ele saísse do aquário, ele não conseguiria sobreviver fora da água. Mas ele não queria desapontá-lo.</div>
702. <div style="text-align: justify;">
703. O peixinho sonhava toda a noite com o mar. Numa certa noite apareceu a gata Verônica, querendo comê-lo. Mas ele era muito escorregadio. Por esse motivo a Verônica não conseguiu comer o Cristóbal.</div>
704. <div style="text-align: justify;">
705. Então num certo dia ele conheceu Jucá, um pelicano que morava por perto. Alice só ficou ouvindo o plano dele, e as tentativas que ele fez para sair do seu aquário e conhecer o mar.</div>
706. <div style="text-align: justify;">
707. Por isso Jucá disse:</div>
708. <div style="text-align: justify;">
709. - Eu já conheci o mar! É muito bonito! Aposto que você iria adorar. Mas como você não consegue sair do aquário, eu acho que nunca conseguirá.</div>
710. <div style="text-align: justify;">
711. - Já sei, se você me tirar com o seu bico e me levar até o mar. Depois você leva a Alice! – Disse Cristóbal.</div>
712. <div style="text-align: justify;">
713. Alice e Jucá concordaram.</div>
714. <div style="text-align: justify;">
715. Jucá levou Cristóbal e Alice conhecer o mar. Os dois adoraram. Eles queriam ficar lá para sempre. Mas não queriam que a Ama ficasse triste.</div>
716. <div style="text-align: justify;">
717. Então decidiram voltar para casa.</div>
718. <div style="text-align: justify;">
719. No outro dia Jucá perguntou a eles, se queriam visitar o mar novamente. Eles aceitaram. E assim jucá perguntou:</div>
720. <div style="text-align: justify;">
721. - Se vocês quiserem posso levá-los todos os dias para o mar.</div>
722. <div style="text-align: justify;">
723. Os dois ficaram felizes pela proposta de Jucá. E assim fizeram novos amigos. E todos ficaram contentes.</div>
724. <div style="text-align: justify;">
725. <br /></div>
726. <div style="text-align: justify;">
727. Autora: Larissa Drechsler</div>
728. <div style="text-align: justify;">
729. <br /></div>
730. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
731. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhALQGlg8KH6SoNoLsFpzjSDcmH7cIsfrR9Rl5vRCB-TCGqVoT9b47hE1k_gVFNTbgKswRw1D38eO7Lrka7GvPt8I_FxHlF0zAVgS5g3eCWXKZRYCEO_M8_62zO2xPNAenA45ckD_wVguI/s1600/12.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhALQGlg8KH6SoNoLsFpzjSDcmH7cIsfrR9Rl5vRCB-TCGqVoT9b47hE1k_gVFNTbgKswRw1D38eO7Lrka7GvPt8I_FxHlF0zAVgS5g3eCWXKZRYCEO_M8_62zO2xPNAenA45ckD_wVguI/s1600/12.gif" /></a></div>
732. <div style="text-align: justify;">
733. <br /></div>
734. </content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/8162132306141327317/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=8162132306141327317&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/8162132306141327317'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/8162132306141327317'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2015/01/o-peixinho-que-descobriu-o-mar.html' title=' O peixinho que descobriu o mar '/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWD2PUrnwPAsNAq3rSPn7lkRb6JJoFUQETlI7gaeQ4s6HZO0NYGMSqD-uocsiCLmMrt3v8oEPbMGM5-4TZzR2lu8ZlvE8ncoXombud5Fxg1uDiJ_eU2IOuOYLlLGx06rSuBL0HJnS15XI/s72-c/images+(4).jpg" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-7312510390418275362</id><published>2014-11-10T14:54:00.002-03:00</published><updated>2014-11-10T14:54:49.194-03:00</updated><title type='text'>A Torre da Princesa</title><content type='html'>&lt;div class=&quot;MsoNormal&quot; style=&quot;background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;&quot;&gt;
735. <br />
736. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
737. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEja9fwzwSbEGBg39Jw-pXuXintyq7dz0UN5hvyMYhM_h2Gg9FVHzjNu4PjDnIVUbNgeo-ctqgeI8UGd59YDRp_ntb15CqyxlMx1VtF6kcrTrBfOTJjim26Ya3TlYDLWwwt-kc8a9ipe4xc/s1600/tower-of-london.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEja9fwzwSbEGBg39Jw-pXuXintyq7dz0UN5hvyMYhM_h2Gg9FVHzjNu4PjDnIVUbNgeo-ctqgeI8UGd59YDRp_ntb15CqyxlMx1VtF6kcrTrBfOTJjim26Ya3TlYDLWwwt-kc8a9ipe4xc/s1600/tower-of-london.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
738. <div>
739. Quando a  cidade de Bragança (Norte de Portugal) era ainda a aldeia da Benquerença, lá vivia uma princesa bela e órfã com o seu tio, o senhor do Castelo.</div>
740. <div style="text-align: justify;">
741. A princesa tinha-se apaixonado por um jovem nobre e valoroso, apesar de pobre. Este, que também a amava, partira para procurar fortuna, prometendo só voltar quando se achasse digno de a pedir em casamento.</div>
742. <div style="text-align: justify;">
743. Durante muitos anos a princesa recusou todas as propostas de casamento até que o tio resolveu forçá-la a casar-se com um nobre cavaleiro seu amigo.</div>
744. <div style="text-align: justify;">
745. Quando a jovem foi apresentada ao cavaleiro decidiu contar-lhe que o seu coração era do homem por quem esperava há 10 anos. Este fato despertou a cólera do tio, que resolveu vingar-se. Nessa noite, o senhor do Castelo disfarçou-se de fantasma e, entrando por uma das duas portas dos aposentos da princesa, disse-lhe que esta seria condenada para sempre se não acedesse a casar com o cavaleiro.</div>
746. <div style="text-align: justify;">
747. Quando estava a ponto de a obrigar a jurar por Cristo, a outra porta abriu-se e, apesar de ser noite, entrou um raio de sol que desmascarou o falso fantasma.</div>
748. <div style="text-align: justify;">
749. A partir de então a princesa nunca mais foi obrigada a quebrar a sua promessa e passou a viver recolhida numa torre que ficou para sempre lembrada como a Torre da Princesa. As duas portas ficaram a ser conhecidas pela Porta da Traição e a Porta do Sol.</div>
750. <div style="text-align: justify;">
751. <br /></div>
752. <div style="text-align: center;">
753. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj79G8tFlWqICtJBA1cXrGW4aVI-2Y9z90M8pyf4n1iD6SJHsCKjFM5ZIR6oSsW_5hTp7ZIWTPcEOaKKs47Eu3cuIrSzByvev5U7ndZ_risxDAEquIU0NW2Ju0g9EYQfalV14EDKRklK5Y/s1600/xb.jpg"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj79G8tFlWqICtJBA1cXrGW4aVI-2Y9z90M8pyf4n1iD6SJHsCKjFM5ZIR6oSsW_5hTp7ZIWTPcEOaKKs47Eu3cuIrSzByvev5U7ndZ_risxDAEquIU0NW2Ju0g9EYQfalV14EDKRklK5Y/s1600/xb.jpg"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj79G8tFlWqICtJBA1cXrGW4aVI-2Y9z90M8pyf4n1iD6SJHsCKjFM5ZIR6oSsW_5hTp7ZIWTPcEOaKKs47Eu3cuIrSzByvev5U7ndZ_risxDAEquIU0NW2Ju0g9EYQfalV14EDKRklK5Y/s200/xb.jpg" /></a></div>
754. <div style="text-align: center;">
755. <br /></div>
756. <div style="text-align: center;">
757. Autor desconhecido</div>
758. </div>
759.  
760. &lt;!-- Blogger automated replacement: &quot;https://images-blogger-opensocial.googleusercontent.com/gadgets/proxy?url=http%3A%2F%2F1.bp.blogspot.com%2F-6J56SQbqgog%2FUAovpHFHdHI%2FAAAAAAAAE1E%2FOaVyND6AjBc%2Fs200%2Fxb.jpg&amp;amp;container=blogger&amp;amp;gadget=a&amp;amp;rewriteMime=image%2F*&quot; with &quot;https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj79G8tFlWqICtJBA1cXrGW4aVI-2Y9z90M8pyf4n1iD6SJHsCKjFM5ZIR6oSsW_5hTp7ZIWTPcEOaKKs47Eu3cuIrSzByvev5U7ndZ_risxDAEquIU0NW2Ju0g9EYQfalV14EDKRklK5Y/s200/xb.jpg&quot; --&gt;</content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/7312510390418275362/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=7312510390418275362&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/7312510390418275362'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/7312510390418275362'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2014/11/a-torre-da-princesa.html' title='A Torre da Princesa'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEja9fwzwSbEGBg39Jw-pXuXintyq7dz0UN5hvyMYhM_h2Gg9FVHzjNu4PjDnIVUbNgeo-ctqgeI8UGd59YDRp_ntb15CqyxlMx1VtF6kcrTrBfOTJjim26Ya3TlYDLWwwt-kc8a9ipe4xc/s72-c/tower-of-london.jpg" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-846825995329745357</id><published>2014-10-13T18:13:00.001-03:00</published><updated>2014-10-13T18:13:14.976-03:00</updated><title type='text'>O segredo do tesouro de Bresa</title><content type='html'>&lt;br /&gt;
761. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
762. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5x9zvHZ5FzezWmoazBF06wR-R1nzDv7doDH2u5OUfarSFmn0dokGRONpPo0SD42tTPCofxSMYhlMD9_ETm4rqYGPcGtj8mlULx3ILhUxJ2V0bWs7SR_KvwLktZ35Qy00i_Dc4G9Yg3YA/s1600/ghdsa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5x9zvHZ5FzezWmoazBF06wR-R1nzDv7doDH2u5OUfarSFmn0dokGRONpPo0SD42tTPCofxSMYhlMD9_ETm4rqYGPcGtj8mlULx3ILhUxJ2V0bWs7SR_KvwLktZ35Qy00i_Dc4G9Yg3YA/s1600/ghdsa.jpg" height="200" width="160" /></a></div>
763. <div style="text-align: justify;">
764. Houve outrora, na Babilônia, um pobre e modesto alfaiate chamado Enedim, homem inteligente e trabalhador, que não perdia a esperança de vir a ser riquíssimo. Como e onde, no entanto, encontrar um tesouro fabuloso e tornar assim, rico e poderoso?</div>
765. <div style="text-align: justify;">
766. <br /></div>
767. <div style="text-align: justify;">
768. Um dia, parou na porta de sua humilde casa, um velho mercador da fenícia, que vendia uma infinidade de objetos extravagantes. Por curiosidade, Enedim começou a examinar as bugigangas oferecidas, quando descobriu, entre elas, uma espécie de livro de muitas folhas, onde se viam caracteres estranhos e desconhecidos.</div>
769. <div style="text-align: justify;">
770. Era uma preciosidade aquele livro, afirmava o mercador, e custava muito caro.</div>
771. <div style="text-align: justify;">
772. Era muito dinheiro para o pobre alfaiate, razão pela qual o mercador concordou em vender lhe o livro por apenas dois dinares.</div>
773. <div style="text-align: justify;">
774. Logo que ficou sozinho, Enedim tratou de examinar, sem demora, o bem que havia adquirido. Qual não foi sua surpresa quando conseguiu decifrar, na primeira página, a seguinte legenda: "o segredo do tesouro de Bresa."</div>
775. <div style="text-align: justify;">
776. Que tesouro seria esse... Enedim recordava vagamente de já ter ouvido qualquer referência a ele, mas não se lembrava onde, nem quando.</div>
777. <div style="text-align: justify;">
778. Mais adiante decifrou: "o tesouro de Bresa, enterrado pelo gênio do mesmo nome entre as montanhas do Harbatol, foi ali esquecido, e ali se acha ainda, até que algum homem esforçado o venha encontrar.</div>
779. <div style="text-align: justify;">
780. Muito interessado, o esforçado tecelão dispôsto ficou para apoderar-se de tão fabuloso tesouro.</div>
781. <div style="text-align: justify;">
782. Mas, as primeiras páginas eram escritas em caracteres de vários povos, o que fez com que Enedim estudasse os hieróglifos egípcios, a língua dos gregos, os dialetos persas e o idioma dos judeus.</div>
783. <div style="text-align: justify;">
784. Em função disso, ao final de três anos Enedim deixava a profissão de alfaiate e passava a ser o intérprete do rei, pois não havia na região ninguém que soubesse tantos idiomas estrangeiros. Passou a ganhar muito mais e a vida melhorou.</div>
785. <div style="text-align: justify;">
786. Continuando a ler o livro encontrou várias páginas cheias de cálculos, números e figuras. Para entender o que lia, estudou matemática com os calculistas da cidade e, em pouco tempo, tornou-se grande conhecedor das transfomações aritméticas dispôs-se a decifrar todas as páginas daquele livro,</div>
787. <div style="text-align: justify;">
788. Graças aos novos conhecimentos, calculou, desenhou e construiu uma grande ponte sobre o rio Eufrates, o que fez com que o rei o nomeasse prefeito. Ainda por força da leitura do livro, Enedim estudou profundamente as leis e princípios religiosos de seu país, sendo nomeado primeiro-ministro por seu vasto conhecimento.</div>
789. <div style="text-align: justify;">
790. Passou a viver em suntuoso palácio e recebia visitas dos príncipes mais ricos e poderosos do mundo. Graças a seu trabalho e ao seu conhecimento vasto conquistou riquezas e alegria para todo seu povo. No entanto, ainda não conhecia o segredo de Bresa, apesar de ter lido e relido todas as páginas do livro.</div>
791. <div style="text-align: justify;">
792. Certa vez, teve a oportunidade de questionar um venerável mestre a respeito daquele mistério, que sorrindo esclareceu:</div>
793. <div style="text-align: justify;">
794. "O tesouro de Bresa já está em seu poder, pois graças ao livro você adquiriu grande saber, que lhe proporcionou os invejáveis bens que possui. Afinal, Bresa significa trabalho."</div>
795. <div style="text-align: justify;">
796. <br /></div>
797. <div style="text-align: justify;">
798. Moral da fábula: Com estudo e trabalho pode o homem conquistar tesouros inimagináveis. O tesouro de Bresa é o saber, que qualquer homem esforçado pode alcançar, por meio dos bons livros, que possibilitam "tesouros encantados" àqueles que se dedicam aos estudos com amor e tenacidade.</div>
799. <div style="text-align: justify;">
800. <br /></div>
801. <div style="text-align: justify;">
802. Autor: Malba Tahan<br />
803. <br /></div>
804. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
805. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivfzPb_iI6S2-AF3RsxPo8dCQNoXrwkbwyMFZmIQ0UsEvqjis9OU24zXxrA3Mey6L5oWMTEZLq2Ja1wkevJSyqjfJhbTw5QpVmQmdSn76KPCFCsOztt2us4QLt8wCTXkfF-bMjnwMrXBw/s1600/urso011.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivfzPb_iI6S2-AF3RsxPo8dCQNoXrwkbwyMFZmIQ0UsEvqjis9OU24zXxrA3Mey6L5oWMTEZLq2Ja1wkevJSyqjfJhbTw5QpVmQmdSn76KPCFCsOztt2us4QLt8wCTXkfF-bMjnwMrXBw/s1600/urso011.gif" height="116" width="320" /></a></div>
806. </content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/846825995329745357/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=846825995329745357&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/846825995329745357'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/846825995329745357'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2014/10/o-segredo-do-tesouro-de-bresa.html' title='O segredo do tesouro de Bresa'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5x9zvHZ5FzezWmoazBF06wR-R1nzDv7doDH2u5OUfarSFmn0dokGRONpPo0SD42tTPCofxSMYhlMD9_ETm4rqYGPcGtj8mlULx3ILhUxJ2V0bWs7SR_KvwLktZ35Qy00i_Dc4G9Yg3YA/s72-c/ghdsa.jpg" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-1902354052949768439</id><published>2014-06-12T14:39:00.004-03:00</published><updated>2014-06-12T14:41:10.097-03:00</updated><title type='text'>A rainha das abelhas, conto de Grimm</title><content type='html'>&lt;h1 style=&quot;background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 10.5pt 0cm;&quot;&gt;
807. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRrYfdTzPHLd1vbbVwGO50wO_4tSNpU2_gxhq6hDCNAQVcJCKaVYOUluz7bV-asjAwp4DoR1wwRg4QQmfVnzDCeeyjO-6tR3827ww5yZ7QdCkxe6JAA-vgpG34jltMb1gvspwP5ugozGM/s1600/abelha.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRrYfdTzPHLd1vbbVwGO50wO_4tSNpU2_gxhq6hDCNAQVcJCKaVYOUluz7bV-asjAwp4DoR1wwRg4QQmfVnzDCeeyjO-6tR3827ww5yZ7QdCkxe6JAA-vgpG34jltMb1gvspwP5ugozGM/s1600/abelha.gif" height="168" width="200" /></a></h1>
808. <div style="text-align: justify;">
809. Certa vez, dois filhos de rei saíram em busca de aventuras e se entregaram a uma vida tão desregrada e dissoluta que nem se lembravam de voltar para casa. O mais moço, que era chamado de Bobo, saiu à procura de seus irmãos; quando finalmente os achou, só ouviu caçoadas, porque, sendo tão ingênuo, pensava em vencer na vida, enquanto eles, muito mais espertos, não tinham conseguido.</div>
810. <div style="text-align: justify;">
811. Os três puseram-se a caminho juntos e chegaram a um formigueiro. Os dois mais velhos quiseram remexer nele para ver as formigas fugirem alvoroçadas carregando os próprios ovos, mas o Bobo lhes disse:</div>
812. <div style="text-align: justify;">
813. - Deixem os bichinhos em paz, eu não suporto que vocês lhes façam mal.</div>
814. <div style="text-align: justify;">
815. Então eles continuaram andando e chegaram a um lago onde nadavam muitos, muitos patos. Os dois irmãos queriam pegar alguns para assar, mas o Bobo não consentiu e disse:</div>
816. <div style="text-align: justify;">
817. - Deixem os bichinhos em paz, eu não suporto que eles sejam mortos.</div>
818. <div style="text-align: justify;">
819. Por fim, chegaram a uma colméia, onde havia tanto mel que escorria pelo tronco da árvore. Os dois quiseram acender fogo embaixo para sufocar as abelhas e poder tirar o mel. O Bobo tornou a impedir, dizendo:</div>
820. <div style="text-align: justify;">
821. - Deixem os bichinhos em paz, eu não suporto que eles sejam queimados.</div>
822. <div style="text-align: justify;">
823. Afinal, os três irmãos chegaram a um castelo. Nas cavalariças havia cavalos de pedra, e não aparecia pessoa alguma. Eles passaram por todas as salas até que, no fim, encontraram uma porta com três fechaduras. No meio da porta havia, porém, um buraquinho por onde se podia espiar o aposento. Viram lá dentro um homenzinho grisalho, sentado diante de uma mesa. Eles o chamaram uma, duas vezes, mas o homenzinho não ouviu. Quando o chamaram pela terceira vez, ele se levantou, abriu as fechaduras e saiu. Não disse uma palavra, mas os levou a uma mesa ricamente preparada. Tendo os três comido e bebido, ele conduziu cada um a seu quarto de dormir.</div>
824. <div style="text-align: justify;">
825. Na manhã seguinte, o homenzinho grisalho chegou-se para o mais velho, acenou chamando-o e o guiou até uma placa, onde estavam escritas três tarefas que poderiam desencantar o castelo. A primeira dizia que no bosque, debaixo do musgo, estavam as pérolas da filha do rei, em número de mil, que precisariam ser catadas; e, ao pôr-do-sol, se ainda faltasse só uma, a pessoa que as procurava se transformaria em pedra. O mais velho foi e procurou o dia inteiro. Como, porém, o dia chegou ao fim e ele tinha achado só cem pérolas, aconteceu o que estava escrito na placa, e ele se transformou em pedra. No outro dia, o segundo irmão assumiu a tarefa, mas não se saiu melhor que o mais velho, pois só achou duzentas pérolas e ficou transformado em pedra. Por fim chegou a vez do Bobo, que procurou no musgo; mas era tão difícil encontrar as pérolas e demorava tanto, que ele se sentou numa pedra e chorou. Nisto, apareceu o rei das formigas, cuja vida ele salvara. Vinha acompanhado de cinco mil formigas. Não demorou muito, e os bichinhos acharam todas as pérolas e as amontoaram ali. Mas a segunda tarefa era ir pegar, no fundo do lago, a chave do quarto da filha do rei. Quando o Bobo chegou ao lago, vieram nadando os patos que ele uma vez salvara, mergulharam e pegaram a chave lá no fundo. A terceira tarefa era a mais difícil, pois das três filhas de rei que estavam dormindo ele devia escolher a melhor. Elas eram, porém, completamente iguais, não tendo nada que as distinguisse uma da outra, a não ser por terem comido, antes de dormir, três doces diferentes: a mais velha, um torrão de açúcar; a segunda, um pouco de melado; a mais moça, uma colherada de mel. Então chegou a rainha das abelhas, que o Bobo havia protegido do fogo, e foi provando da boca de todas três; por fim ficou pousada na boca da que havia comido mel, e assim o Bobo reconheceu qual era a filha de rei certa. Com isso, o feitiço se desfez, tudo no castelo despertou daquele sono, e quem tinha virado pedra retomou sua forma. O Bobo se casou com a mais jovem e melhor filha do rei e, depois que o pai dela morreu, ele ficou sendo o rei; seus irmãos, porém, casaram-se com as outras duas irmãs.</div>
826. <div style="text-align: justify;">
827. <br /></div>
828. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
829. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfPbV2aoB5pCothyphenhyphenBH9S_U9AX-Ogh6xbQFA5xHvp5Kudff9JwbwgS43HDMsyrZanqNvr5vRtZB20bEXPyfOieV_DhHSLTOtXJ5qck1Yq2usAdlNLL960HtJSrJjQGllHTmiRML7f1UTEs/s1600/barra39.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfPbV2aoB5pCothyphenhyphenBH9S_U9AX-Ogh6xbQFA5xHvp5Kudff9JwbwgS43HDMsyrZanqNvr5vRtZB20bEXPyfOieV_DhHSLTOtXJ5qck1Yq2usAdlNLL960HtJSrJjQGllHTmiRML7f1UTEs/s1600/barra39.gif" height="43" width="320" /></a></div>
830. </content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/1902354052949768439/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=1902354052949768439&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/1902354052949768439'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/1902354052949768439'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2014/06/a-rainha-das-abelhas-conto-de-grimm.html' title='A rainha das abelhas, conto de Grimm'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRrYfdTzPHLd1vbbVwGO50wO_4tSNpU2_gxhq6hDCNAQVcJCKaVYOUluz7bV-asjAwp4DoR1wwRg4QQmfVnzDCeeyjO-6tR3827ww5yZ7QdCkxe6JAA-vgpG34jltMb1gvspwP5ugozGM/s72-c/abelha.gif" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-7404029725377776593</id><published>2014-06-08T11:58:00.003-03:00</published><updated>2014-12-30T11:19:52.197-03:00</updated><title type='text'>A água da vida, um conto de fadas dos Irmãos Grimm</title><content type='html'>&lt;h1 style=&quot;background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 10.5pt 0cm;&quot;&gt;
831. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
832. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLiMmEkbda2Hol9qm4hR0JPAimv4U62V71X_IIdcVO3RjUsDftdFJcPN9DxjNFdvfXdkm6wNzdh96nwJpfspyvxQM-eFTmfFDXSkLJAPt4gHmQxwvZB6wBs3IdJqTsj9C6THc2S0yBaYA/s1600/amor2%255B1%255D.PNG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLiMmEkbda2Hol9qm4hR0JPAimv4U62V71X_IIdcVO3RjUsDftdFJcPN9DxjNFdvfXdkm6wNzdh96nwJpfspyvxQM-eFTmfFDXSkLJAPt4gHmQxwvZB6wBs3IdJqTsj9C6THc2S0yBaYA/s1600/amor2%255B1%255D.PNG" height="200" width="188" /></a></div>
833. <div style="text-align: justify;">
834. <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">Era uma vez um rei muito poderoso que vivia feliz e tranquilo em seu reino. Um dia adoeceu gravemente e ninguém esperava mais que escapasse. Seus três filhos estavam consternados vendo o estado do pai piorar dia a dia. Choravam no jardim quando surgiu à sua frente um velho de aspecto venerável que indagou a causa de tamanha tristeza. Disseram-lhe estar aflitos por causa da enfermidade do pai, já que os médicos não tinham mais esperanças de o salvar. O velho lhes disse: "Conheço um remédio muito eficaz que poderá curálo; é a famosa Água da Vida. Mas é muito difícil obtê-la." O filho mais velho disse: "Vou encontrá-la, custe o que custar." Foi imediatamente aos aposentos do rei, expôs-lhe o caso e pediu permissão para ir em busca dessa água. "Não. Sei bem que essa água maravilhosa existe, mas há tantos perigos a vencer antes de chegar à fonte que prefiro morrer a ver um filho meu correndo esses riscos" disse o rei. O príncipe porém insistiu tanto que o pai acabou por consentir. Em seu íntimo o príncipe pensava: "Se conseguir a água me tornarei o filho predilecto e herdarei o trono." Partiu pois montado em rápido corcel na direcção indicada pelo velho. Após alguns dias de viagem, ao atravessar uma floresta viu um anão mal vestido que o chamou e perguntou: "Aonde vais com tanta pressa?" - "Que tens com isso, homúnculo ridículo? Não é da tua conta" respondeu altivamente sem deter o cavalo. O anão se enfureceu e lhe rogou uma praga. Pouco adiante o príncipe se viu entalado entre dois barrancos; quanto mais andava mais se estreitava o caminho, até que não pôde mais avançar nem recuar, nem voltar o cavalo nem descer. Ficou ali aprisionado sofrendo fome e sede mas sem morrer. </span></div>
835. <div style="text-align: justify;">
836. <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">O rei esperou em vão sua volta. O segundo filho, julgando que o irmão tivesse morrido, ficou contentíssimo pois assim seria o herdeiro do trono. Foi ter com o pai e lhe pediu para ir em busca da Água da Vida. O rei respondeu o mesmo que ao primeiro; por fim cedeu ante a insistência do rapaz. O segundo príncipe montou a cavalo e seguiu pelo mesmo caminho. Quando atravessava a floresta surgiu-lhe o anão mal vestido e lhe dirigiu a mesma pergunta: "Para onde vais com tanta pressa?" - "Pedaço de gente nojento! Sai da minha frente se não queres que te espezinhe com meu cavalo." O anão lhe rogou a mesma praga, assim o príncipe acabou entalado nos barrancos como o irmão. </span></div>
837. <div style="text-align: justify;">
838. <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">Passados muitos dias sem que os irmãos voltassem, o mais moço foi pedir licença ao pai para ir buscar a Água da Vida. O rei não queria consentir, mas foi obrigado a ceder ante suas insistências. O jovem príncipe montou em seu cavalo e partiu; quando encontrou o anão na floresta ele, que era delicado e amável, deteve o cavalo dizendo: "Vou em busca da Água da Vida, o único remédio que pode salvar meu pobre pai, que está à morte." - "Sabes onde se encontra?" perguntou o anão. "Não." - "Pois já que me respondeste com tanta amabilidade vou te indicar o caminho. Ao sair da floresta não te metas pelo desfiladeiro que está à frente, vira à esquerda e segue até uma encruzilhada; aí segue ainda à esquerda. Depois de dois dias encontrarás um castelo encantado: é no pátio dele que se encontra a fonte da Água da Vida. O castelo está fechado com um grande portão de ferro maciço, mas basta tocá-lo três vezes com esta varinha que te dou para que se abra de par em par. Assim que entrares verás dois leões enormes prestes a se lançarem sobre ti para te devorar; atira-lhes estes dois bolos para apaziguá-los. Aí corre ao parque do castelo e vai buscar a Água de Vida antes que soem as doze badaladas, senão o portão se fecha e tu ficarás lá preso. </span></div>
839. <div style="text-align: justify;">
840. <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
841. <div style="text-align: justify;">
842. <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">LEIA MAIS, clicando na frase abaixo</span></div>
843. <div style="text-align: justify;">
844. <a name='more'></a></div>
845. <div style="text-align: justify;">
846. <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">O príncipe agradeceu gentilmente, pegou a varinha e os dois bolos e se pôs a caminho, e conforme as indicações chegou ao castelo. Com a varinha mágica bateu três vezes e o imenso portão se abriu; ao entrar os dois leões se arremessaram contra ele de bocas escancaradas, mas atirou-lhes os dois bolos e não sofreu mal algum. Porém antes de se dirigir à fonte da Água da Vida não resistiu à tentação de ver o que havia no interior do castelo, cujas portas estavam abertas: galgou as escadas e entrou. Viu uma série de salões grandes e luxuosos. No primeiro, imersos em sono letárgico, viu uma multidão de fidalgos e criados. Sobre uma mesa estava uma espada e um saquinho de trigo; pressentiu que lhe poderiam ser úteis e levou-os consigo. Indo de um salão a outro, no último deu com uma princesa de rara beleza, que se levantou e disse que, tendo conseguido penetrar no castelo, destruíra o encanto que pesava sobre ela e todos os súditos do seu reino; mas o efeito do encantamento só cessaria mais tarde. "Dentro de um ano, dia por dia, se voltares aqui serás meu esposo." Depois lhe indicou onde estava a fonte da Água da Vida e se despediu, recomendando-lhe que se apressasse para poder sair do castelo antes do relógio da torre bater as doze badaladas do meio-dia, porque nesse exacto momento os portões se fechariam. O príncipe percorreu em sentido inverso todos os salões por onde passara, até que viu uma belíssima cama com roupas muito alvas e recendentes; cansado que estava da longa caminhada deitou-se para descansar um pouco e adormeceu. Felizmente mexeu-se e fez cair no chão a espada que colocara a seu lado, despertando com o barulho. Levantou-se depressa: faltava um minuto para o meio-dia e mal teve tempo de correr ao parque, encher um frasco com a água preciosa e fugir. Ao transpor os batentes da entrada soou o relógio dando meio-dia; o portão se fechou com estrondo e tão rápido que ainda lhe arrancou uma espora. </span></div>
847. <div style="text-align: justify;">
848. <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">No auge da felicidade por ter conseguido a água que salvaria seu pai e ansioso por se ver no palácio pulou sobre a sela e partiu a galope. Na floresta encontrou o anão no mesmo lugar, o qual vendo a espada e o saquinho de trigo disse: "Fizeste bem em guardar este precioso tesouro. Com essa espada vencerás sozinho o mais numeroso exército, e com o trigo desse saquinho terás todo o pão que quiseres e nunca se lhe verá o fundo." O príncipe estava porém apoquentado com a desgraça dos irmãos, e perguntou se o anão poderia fazer algo por eles. "Posso, ambos estão pouco distante daqui entalados em barrancos muito apertados; amaldiçoei-os por causa de seu orgulho." O príncipe rogou encarecidamente que os perdoasse e libertasse, e o anão cedeu às suas súplicas. </span></div>
849. <div style="text-align: justify;">
850. <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">"Mas te advirto que te arrependerás. Não te fies neles, são de mau coração; liberto-os apenas para te ser agradável." Assim dizendo fez os barrancos se afastarem libertando os entalados, pouco depois reunidos ao irmão que os esperava. Muito feliz por tornar a vê-los o príncipe lhes narrou suas aventuras e disse que daí a um ano voltaria para desposar a maravilhosa princesa e reinar com ela sobre um grande país. Puseram-se os três de regresso para casa. Atravessaram um reino assolado pela guerra, estando o rei desesperado de poder salvar-se e a seu povo. O príncipe confiou-lhe então o saco de trigo e a espada mágica, com os quais o rei derrotou os exércitos invasores e encheu os celeiros até o forro. O príncipe tornou a receber a espada e o saquinho de trigo e os três irmãos seguiram viagem, tomando um navio para encurtar o caminho. </span></div>
851. <div style="text-align: justify;">
852. <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
853. <div style="text-align: justify;">
854. <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
855. <div style="text-align: justify;">
856. <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">Durante a travessia os dois irmãos mais velhos, devorados de ciúmes, começaram a conspirar contra o mais novo. "Nosso irmão conseguiu a Água da Vida e nós não; com isso nosso pai o promoverá a herdeiro do trono que deveria ser nosso e nada nos restará." Então juraram perdê-lo. De noite quando ele dormia furtaram-lhe o frasco e substituíram a Água da Vida por água salgada. Tentaram também roubar-lhe a espada e o saquinho de trigo mas os objetos desapareceram de repente. </span></div>
857. <div style="text-align: justify;">
858. <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
859. <div style="text-align: justify;">
860. <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
861. <div style="text-align: justify;">
862. <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">Chegando em casa o jovem correu para o pai e lhe apresentou o frasco para que logo sarasse. Mal engoliu alguns goles daquela água salgada o rei piorou sensivelmente. Estava se lastimando quando chegaram os mais velhos e acusaram o irmão de ter querido envenenar o pai. Eles porém traziam a verdadeira Água da Vida e lha ofereceram. Apenas bebeu alguns goles pôde se levantar do leito cheio de vida e saúde como nos tempos da juventude. O pobre príncipe, expulso da presença do pai, se entregou ao maior pesar. Os dois mais velhos vieram ter com ele rindo e mofando: "Pobre tolo! Tu tiveste todo o trabalho e conseguiste encontrar a Água da Vida mas nós tivemos o proveito; devias ser mais esperto e manter os olhos abertos, enquanto dormias a bordo trocamos o frasco por outro de água salgada. E poderíamos se quiséssemos terte atirado ao mar para nos livrarmos de ti, mas tivemos dó. Livra-te contudo de reclamar e contar a verdade ao nosso pai, que não te acreditaria; se disseres uma só palavra não nos escaparás, perderás a vida. Também não penses em ir desposar a princesa daqui a um ano, ela pertencerá a um de nós dois." </span></div>
863. <div style="text-align: justify;">
864. <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">O rei estava muito zangado com o filho mais moço, julgando que o quisera envenenar. Convocou seus ministros e conselheiros e lhes submeteu o caso. Foram todos de opinião que o príncipe merecia a morte e o rei decidiu que fosse morto secretamente por um tiro. Partindo o moço para a caça sem suspeitar de nada um dos criados do rei foi encarregado de o acompanhar e matar na floresta. Chegando ao lugar destinado o criado, que era o primeiro caçador do rei, estava com um ar tão triste que o príncipe lhe indagou a razão: "Que tens, caro caçador?" - "Proibiram-me de falar, mas devo dizer tudo." - "Dize então o que há, nada temas." - "Estou aqui por ordem do rei e devo matar-vos." O príncipe se sobressaltou mas disse: "Meu amigo, deixa-me viver. Dar-te-ei meus belos trajes em recompensa e tu me darás os teus, que são mais pobres." - "Da melhor boa vontade" disse o caçador. "É preciso que o rei julgue que executaste suas ordens senão sua cólera recairá sobre ti. Vestirei estas roupas feias e tu levarás as minhas como prova de que me mataste. Em seguida abandonarei para sempre este reino." Assim fizeram. </span></div>
865. <div style="text-align: justify;">
866. <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">Pouco tempo depois o rei viu chegar uma embaixada faustosa do rei vizinho incumbida de entregar ao bom príncipe os mais ricos presentes em agradecimento por ter ele salvo o reino da fome e da invasão do inimigo. Diante disso o rei se pôs a reflectir: "Meu filho seria inocente?" e comunicou aos que o serviam: "Como me arrependo de o ter mandado matar! Ah, se ainda estivesse vivo ..." Encorajado por estas palavras o caçador revelou a verdade. Disse ao rei que o bom príncipe estava vivo mas em lugar ignorado. Imediatamente o rei mandou um arauto proclamar por todo o país que considerava o filho inocente e que desejava imensamente sua volta. Mas a notícia não chegou ao príncipe; encontrara seu amigo anão, que lhe dera ouro suficiente para poder viver como um filho de rei. </span></div>
867. <div style="text-align: justify;">
868. <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">Nesse ínterim a princesa do castelo encantado que ele livrara do sortilégio mandara construir uma avenida toda calçada com chapas de ouro maciço e pedras preciosas que conduzia directamente ao castelo, explicando aos seus vassalos: "O filho do rei que será meu esposo não tardará a chegar; virá a galope bem pelo meio da avenida. Mas se outros pretendentes vierem, cavalgando à beira da estrada, expulsem-nos a chicotadas." Com efeito, dia por dia, um ano depois do jovem príncipe ter penetrado no castelo, o irmão mais velho achou que podia se apresentar como sendo o salvador e receber a princesa por esposa. Vendo aquela avenida calçada no meio de ouro e pedrarias não quis que o cavalo estragasse com as patas tanta riqueza que já considerava sua e fez o animal passar pelo lado direito. Quando chegou diante do portão e disse ser o noivo da princesa todos riram e depois o correram de lá a chicote.   </span></div>
869. <div style="text-align: justify;">
870. <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">Pouco tempo depois veio o segundo príncipe, e vendo todo aquele ouro e jóias pensou que seria um pecado arruiná-los; fez o cavalo galopar pelo lado esquerdo e se apresentou como sendo o noivo da princesa. Teve a mesma sorte do irmão mais velho: foi corrido a chicote. Findava o ano estabelecido e o terceiro príncipe resolveu deixar a floresta para ir ter com sua amada e a seu lado esquecer as mágoas. Pôs-se a caminho pensando só na felicidade de tornar a ver a linda princesa; ia tão embebido que nem sequer viu que a estrada estava toda coberta de pedras preciosas. Deixou o cavalo galopar pelo meio da avenida, e quando chegou diante do portão do castelo este lhe foi aberto de par em par. Soaram alegres fanfarras e uma multidão de fidalgos saiu para recebê-lo. </span></div>
871. <div style="text-align: justify;">
872. <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">Dentrou em pouco apareceu a princesa, deslumbrante de beleza, que o acolheu cheia de felicidade e declarou a todos que ele era seu salvador e senhor daquele reino. As núpcias foram realizadas imediatamente em meio a esplêndidas festas. </span></div>
873. <div style="text-align: justify;">
874. <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">Terminadas as festas, que duraram muitos dias, ela lhe contou que seu pai o havia proclamado inocente e desejava vê-lo de novo. Acompanhado da rainha sua esposa ele foi ter com o pai e contou-lhe tudo que se passara: como fora traído pelos irmãos e como estes o obrigaram a se calar. O rei, extremamente irritado contra eles, mandou que seus arqueiros os trouxessem à sua presença a fim de receberem o castigo merecido, mas vendo suas maldades descobertas eles tinham tomado um barco tentando fugir para terras longínquas para aí esconderem sua vergonha. Não o conseguiram. Sobreveio uma tremenda tempestade que</span></div>
875. <div style="text-align: justify;">
876. <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">tragou o navio e eles pereceram miseravelmente.</span></div>
877. </h1>
878. </content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/7404029725377776593/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=7404029725377776593&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/7404029725377776593'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/7404029725377776593'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2014/06/a-agua-da-vida-um-conto-de-fadas-dos.html' title='A água da vida, um conto de fadas dos Irmãos Grimm'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLiMmEkbda2Hol9qm4hR0JPAimv4U62V71X_IIdcVO3RjUsDftdFJcPN9DxjNFdvfXdkm6wNzdh96nwJpfspyvxQM-eFTmfFDXSkLJAPt4gHmQxwvZB6wBs3IdJqTsj9C6THc2S0yBaYA/s72-c/amor2%255B1%255D.PNG" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-3672954843601105975</id><published>2014-06-07T14:31:00.003-03:00</published><updated>2014-06-07T14:31:29.793-03:00</updated><title type='text'>A Floresta Enfeitiçada</title><content type='html'>&lt;div style=&quot;text-align: justify;&quot;&gt;
879. <br /></div>
880. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
881. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYIPo8SVt7crknAwvhtw47_5ZbHjqMV3YnhyAjTSzKDqKwsL6NrWa_u3Czjhewn0XtqJz16dBqfH_O-NjTdoU6DouTw7q_SpJN-qy4sR6O0q0z9sibUfEWXVjxdBF4KSRuuc9yUmUX6Oo/s1600/gnomo15.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYIPo8SVt7crknAwvhtw47_5ZbHjqMV3YnhyAjTSzKDqKwsL6NrWa_u3Czjhewn0XtqJz16dBqfH_O-NjTdoU6DouTw7q_SpJN-qy4sR6O0q0z9sibUfEWXVjxdBF4KSRuuc9yUmUX6Oo/s1600/gnomo15.gif" /></a></div>
882. <div style="text-align: justify;">
883. Era uma vez um Gnomo que vivia nas profundezas de uma Floresta encantada. A sua única companhia, para além das árvores e das flores que cobriam a sua casinha, era um Gato preto.</div>
884. <div style="text-align: justify;">
885. Um dia, estava o Gnomo a cuidar das suas plantas, quando apareceu o Gato com um ar muito preocupado:</div>
886. <div style="text-align: justify;">
887. - Gnomo, Gnomo, nem imaginas o que aconteceu!</div>
888. <div style="text-align: justify;">
889. - Porque estás tão inquieto? – perguntou o Gnomo.</div>
890. <div style="text-align: justify;">
891. - A Floresta está a desaparecer! – respondeu – Para lá daquele vale restam apenas escassas ervas. Até o rio deixou de correr!</div>
892. <div style="text-align: justify;">
893. - Mas porque será?</div>
894. <div style="text-align: justify;">
895. - Dizem que, há muitos anos atrás, um Feiticeiro perdeu nesta Floresta a sua amada, uma princesa de beleza extrema. O desgosto foi tão grande que, movido pela raiva, lançou um feitiço. Se dentro de sete dias não forem encontradas três pedras mágicas, esta Floresta deixará de existir, e com ela todos os seres que nela habitam.</div>
896. <div style="text-align: justify;">
897. No dia seguinte, o Gnomo e o Gato foram, com a ajuda de uma nuvem mágica, à procura das pedras mágicas.</div>
898. <div style="text-align: justify;">
899. Os dias passavam e, já cansados de tanto procurar, resolveram descansar à sombra de uma árvore. Pouco depois estavam a dormir. Na manhã seguinte, mal o Gnomo acordou, encontrou a seus pés uma carta e uma espada. A carta dizia:</div>
900. <div style="text-align: justify;">
901. “Meu caro amigo, sou uma pessoa que te quer ajudar. Para encontrares as três pedras mágicas, basta salvares a Princesa do reino, que se encontra presa numa masmorra. Para isso terás que atravessar toda a Floresta e lá encontrarás o castelo de um monstro. Se à meia-noite do dia de hoje a Princesa não estiver neste sítio, tudo desaparecerá”.</div>
902. <div style="text-align: justify;">
903. Ao atravessarem a floresta, o Gnomo e o Gato deram com o castelo do monstro. Com a ajuda da nuvem mágica e da espada, o Gnomo matou o monstro e salvou a Princesa.</div>
904. <div style="text-align: justify;">
905. Já na Floresta, o Gnomo exclamou:</div>
906. <div style="text-align: justify;">
907. - São tantas as árvores! Como vamos descobrir aquela onde dormimos?</div>
908. <div style="text-align: justify;">
909. - Marquei uma cruz nessa árvore; basta agora descobri-la – respondeu o Gato.</div>
910. <div style="text-align: justify;">
911. Estavam as badaladas da meia-noite a tocar, quando o Gato e o Gnomo entregaram a Princesa à pessoa que escrevera a carta.</div>
912. <div style="text-align: justify;">
913. - É um feiticeiro! exclamou o Gnomo.</div>
914. <div style="text-align: justify;">
915. - Pois sim! Obrigado por me trazerem a minha amada de volta.Nenhum dos meus feitiços seria tão ágil como a vossa pequenez. A vocês devo a minha vida. E a minha felicidade. E, com um pequeno toque, apareceram as pedras mágicas na mão do Gnomo.</div>
916. <div style="text-align: justify;">
917. Foi assim que, salva a Floresta e todos os seus habitantes, o Gnomo e o Gato voltaram para a sua casinha, nas profundezas da Floresta, e viveram felizes para sempre.<br />
918. <br />
919. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
920. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYouPBPyqQwBS0JWH6HsHik11mBn5-qT3FO2Fq3SO16DfJGU7qmoRlz2Pcjx3zfsy74pZMVKGLik5qv6qVw5lNB73jnbQbGqGdm_kMJhhSRL2Bozv78OxjicSf8puysCgSNB1tRkUeThc/s1600/bird+tchau.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYouPBPyqQwBS0JWH6HsHik11mBn5-qT3FO2Fq3SO16DfJGU7qmoRlz2Pcjx3zfsy74pZMVKGLik5qv6qVw5lNB73jnbQbGqGdm_kMJhhSRL2Bozv78OxjicSf8puysCgSNB1tRkUeThc/s1600/bird+tchau.gif" /></a></div>
921. <br /></div>
922. </content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/3672954843601105975/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=3672954843601105975&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/3672954843601105975'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/3672954843601105975'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2014/06/a-floresta-enfeiticada.html' title='A Floresta Enfeitiçada'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYIPo8SVt7crknAwvhtw47_5ZbHjqMV3YnhyAjTSzKDqKwsL6NrWa_u3Czjhewn0XtqJz16dBqfH_O-NjTdoU6DouTw7q_SpJN-qy4sR6O0q0z9sibUfEWXVjxdBF4KSRuuc9yUmUX6Oo/s72-c/gnomo15.gif" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-3139356856483421514</id><published>2014-06-05T15:21:00.002-03:00</published><updated>2014-06-07T15:17:56.359-03:00</updated><title type='text'>O peixinho que descobriu o mar.</title><content type='html'>&lt;div style=&quot;text-align: justify;&quot;&gt;
923. <br /></div>
924. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
925. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWD2PUrnwPAsNAq3rSPn7lkRb6JJoFUQETlI7gaeQ4s6HZO0NYGMSqD-uocsiCLmMrt3v8oEPbMGM5-4TZzR2lu8ZlvE8ncoXombud5Fxg1uDiJ_eU2IOuOYLlLGx06rSuBL0HJnS15XI/s1600/images+%25284%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWD2PUrnwPAsNAq3rSPn7lkRb6JJoFUQETlI7gaeQ4s6HZO0NYGMSqD-uocsiCLmMrt3v8oEPbMGM5-4TZzR2lu8ZlvE8ncoXombud5Fxg1uDiJ_eU2IOuOYLlLGx06rSuBL0HJnS15XI/s1600/images+%25284%2529.jpg" /></a></div>
926. <div style="text-align: justify;">
927. Cristóbal nasceu num aquário. O mundo dele resumia-se a um pouco de água entre quatro paredes de vidro, alguma areia, pedras, uma miniatura de caravela em madeira e uma tartaruga, cujo nome era Alice.</div>
928. <div style="text-align: justify;">
929. Alice, que vivera em outros lugares, contava para Cristóbal suas aventuras no mar, foi ai que Cristóbal iniciou seu projeto em busca da liberdade.</div>
930. <div style="text-align: justify;">
931. Cristóbal tentou sair de qualquer jeito, mas não conseguiu. De repente Alice acordou e viu, Cristóbal tentando sair. Então ela perguntou:</div>
932. <div style="text-align: justify;">
933. - Porque você está tentando sair de dentro do aquário?</div>
934. <div style="text-align: justify;">
935. - Porque eu queria explorar coisas novas, como as histórias que você estava me contando! – Respondeu Cristóbal.</div>
936. <div style="text-align: justify;">
937. Alice ficou triste pois não queria dizer que se ele saísse do aquário, ele não conseguiria sobreviver fora da água. Mas ele não queria desapontá-lo.</div>
938. <div style="text-align: justify;">
939. O peixinho sonhava toda a noite com o mar. Numa certa noite apareceu a gata Verônica, querendo comê-lo. Mas ele era muito escorregadio. Por esse motivo a Verônica não conseguiu comer o Cristóbal.</div>
940. <div style="text-align: justify;">
941. Então num certo dia ele conheceu Jucá, um pelicano que morava por perto. Alice só ficou ouvindo o plano dele, e as tentativas que ele fez para sair do seu aquário e conhecer o mar.</div>
942. <div style="text-align: justify;">
943. Por isso Jucá disse:</div>
944. <div style="text-align: justify;">
945. - Eu já conheci o mar! É muito bonito! Aposto que você iria adorar. Mas como você não consegue sair do aquário, eu acho que nunca conseguirá.</div>
946. <div style="text-align: justify;">
947. - Já sei, se você me tirar com o seu bico e me levar até o mar. Depois você leva a Alice! – Disse Cristóbal.</div>
948. <div style="text-align: justify;">
949. Alice e Jucá concordaram.</div>
950. <div style="text-align: justify;">
951. Jucá levou Cristóbal e Alice conhecer o mar. Os dois adoraram. Eles queriam ficar lá para sempre. Mas não queriam que a Ama ficasse triste.</div>
952. <div style="text-align: justify;">
953. Então decidiram voltar para casa.</div>
954. <div style="text-align: justify;">
955. No outro dia Jucá perguntou a eles, se queriam visitar o mar novamente. Eles aceitaram. E assim jucá perguntou:</div>
956. <div style="text-align: justify;">
957. - Se vocês quiserem posso levá-los todos os dias para o mar.</div>
958. <div style="text-align: justify;">
959. Os dois ficaram felizes pela proposta de Jucá. E assim fizeram novos amigos. E todos ficaram contentes.<br />
960. <br /></div>
961. <div style="text-align: justify;">
962. Larissa Drechsler</div>
963. <div style="text-align: justify;">
964. <br /></div>
965. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
966. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0iVLa-hDMkdVZRT1OipSeu-NmrAYQLebM-jcppzs2TxyT9TzwGDIprXbmfpJAuSJ3ACG6ScnVbgnCelIFKFd0bAWxlH0lo7GgHHkcXrXod7yYPgrTGjeUzHns_kELzfuIOo_8UOP5RHI/s1600/cat012.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0iVLa-hDMkdVZRT1OipSeu-NmrAYQLebM-jcppzs2TxyT9TzwGDIprXbmfpJAuSJ3ACG6ScnVbgnCelIFKFd0bAWxlH0lo7GgHHkcXrXod7yYPgrTGjeUzHns_kELzfuIOo_8UOP5RHI/s1600/cat012.gif" height="128" width="320" /></a></div>
967. </content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/3139356856483421514/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=3139356856483421514&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/3139356856483421514'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/3139356856483421514'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2014/06/o-peixinho-que-descobriu-o-mar.html' title='O peixinho que descobriu o mar.'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWD2PUrnwPAsNAq3rSPn7lkRb6JJoFUQETlI7gaeQ4s6HZO0NYGMSqD-uocsiCLmMrt3v8oEPbMGM5-4TZzR2lu8ZlvE8ncoXombud5Fxg1uDiJ_eU2IOuOYLlLGx06rSuBL0HJnS15XI/s72-c/images+%25284%2529.jpg" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-3891592342810704347</id><published>2014-01-23T15:09:00.005-03:00</published><updated>2014-06-07T15:17:06.765-03:00</updated><title type='text'>O Gosto da Bruxa</title><content type='html'>&lt;div style=&quot;text-align: center;&quot;&gt;
968. <br /></div>
969. <div style="text-align: center;">
970. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPKO2XcVFHfdoPxzxPACShMDcY7MHKtFrVFMnUh-x3-o9YpB_xx_Kpw4pXLuTwUhwUuBF9_c-1t6hNZujuqDcnd-amb_xlFAGHORm985zPCKhJXKLGH1K9Mq_o-_VKi9EyIb25zloThYE/s1600/fada-mundial1+(1).jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPKO2XcVFHfdoPxzxPACShMDcY7MHKtFrVFMnUh-x3-o9YpB_xx_Kpw4pXLuTwUhwUuBF9_c-1t6hNZujuqDcnd-amb_xlFAGHORm985zPCKhJXKLGH1K9Mq_o-_VKi9EyIb25zloThYE/s1600/fada-mundial1+(1).jpg&container=blogger&gadget=a&rewriteMime=image%2F*" width="170" /></a></div>
971. <div style="text-align: justify;">
972. Era uma vez uma menina que estava presa na torre mais alta de um castelo.</div>
973. <div style="text-align: justify;">
974. Ela era uma princesa, mas não lhe valia de nada, porque perdera os seus pais e o reino, numa guerra que o dono do castelo, já se vê, é que ganhara.</div>
975. <div style="text-align: justify;">
976. Ainda era o tempo das fadas. Por isso a menina disse, para que as paredes ouvissem:</div>
977. <div style="text-align: justify;">
978. — Se uma fada me salvasse, fosse boa, má ou assim-assim, eu repartia a meias com ela o tesouro do meu perdido reino, que só eu sei onde está enterrado.</div>
979. <div style="text-align: justify;">
980. As paredes toda a gente diz que têm ouvidos. Estas ouviram, passaram palavra e daí a nada uma velha fada apareceu na sala.</div>
981. <div style="text-align: justify;">
982. — Vou dar volta à tua vida — disse a fada.</div>
983. <div style="text-align: justify;">
984. — És uma fada boa? — Perguntou a menina.</div>
985. <div style="text-align: justify;">
986. — Nem por isso — respondeu a fada.</div>
987. <div style="text-align: justify;">
988. Era uma fada assim-assim e para provar que não era das melhores, mas também não era das piores, impôs, à partida, uma condição. Salvava a menina, mas, antes, ela tinha de adivinhar-lhe o nome. E avisou logo que não tinha um nome muito mimoso.</div>
989. <div style="text-align: justify;">
990. — Serafina — disse a menina.</div>
991. <div style="text-align: justify;">
992. Nem pensar. Não era Serafina nem Leopoldina nem Marcolina. Nem Eufrásia nem Tomásia. Nem Quitéria nem Pulquéria. Nem Aniceta nem Eustáquia nem Teodósia nem Venância nem Bonifácia nem Gregória. Nem sequer Capitolina.</div>
993. <div style="text-align: justify;">
994. A princesa esgotou os nomes mais esquisitos que conhecia. E a fada sempre com a cabeça a dizer que não. Até que propôs o seguinte negócio:</div>
995. <div style="text-align: justify;">
996. — Salvo-te, mesmo que não descubras o meu nome, mas fico com o tesouro só para mim. Todinho!</div>
997. <div style="text-align: justify;">
998. A menina concordou. Não tinha outro remédio. Vai daí a fada pronunciou umas palavras mágicas e ela e a princesa atravessaram as paredes da prisão.</div>
999. <div style="text-align: justify;">
1000. Uma vez em liberdade, a princesa ensinou o local onde estava escondido o tesouro e pronto, a história acaba aqui.</div>
1001. <div style="text-align: justify;">
1002. E o nome da fada-bruxa?</div>
1003. <div style="text-align: justify;">
1004. Também a menina quis saber.</div>
1005. <div style="text-align: justify;">
1006. — Chamo-me Joaninha — respondeu a fada-bruxa, baixando os olhos, envergonhada.</div>
1007. <div style="text-align: justify;">
1008. — Mas Joaninha é um nome bonito — estranhou a princesa.</div>
1009. <div style="text-align: justify;">
1010. — Eu não acho — disse ela. — Gostava mais de ser Virgolina Zebedeia.</div>
1011. <div style="text-align: justify;">
1012. Vá lá a gente entender o gosto das bruxas.<br />
1013. <br />
1014. Autor desconhecido<br />
1015. <br />
1016. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1017. </div>
1018. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1019. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh11XdBsCF6Tz9HQ3uG16zk6f0i_GjQaxf0qsIyWjzJKwFt-2UsqfxsUbNIAsOIqoWC5X9YSzwYl46aAiA9vRnAd46nElwUTS0Lv85sA_Bazy-YmNn358fLKBc-nHRQuQZ1ZIhVjnwgtw/s1600/cat025.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh11XdBsCF6Tz9HQ3uG16zk6f0i_GjQaxf0qsIyWjzJKwFt-2UsqfxsUbNIAsOIqoWC5X9YSzwYl46aAiA9vRnAd46nElwUTS0Lv85sA_Bazy-YmNn358fLKBc-nHRQuQZ1ZIhVjnwgtw/s1600/cat025.gif" /></a></div>
1020. </div>
1021.  
1022. &lt;!-- Blogger automated replacement: &quot;https://images-blogger-opensocial.googleusercontent.com/gadgets/proxy?url=http%3A%2F%2F2.bp.blogspot.com%2F-7NW-U5cuttc%2FUuFaJAG_7ZI%2FAAAAAAAAIFA%2FnmEwfU4x5tE%2Fs1600%2Ffada-mundial1%2B&quot; with &quot;https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPKO2XcVFHfdoPxzxPACShMDcY7MHKtFrVFMnUh-x3-o9YpB_xx_Kpw4pXLuTwUhwUuBF9_c-1t6hNZujuqDcnd-amb_xlFAGHORm985zPCKhJXKLGH1K9Mq_o-_VKi9EyIb25zloThYE/s1600/fada-mundial1+&quot; --&gt;</content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/3891592342810704347/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=3891592342810704347&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/3891592342810704347'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/3891592342810704347'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2014/01/o-gosto-da-bruxa.html' title='O Gosto da Bruxa'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPKO2XcVFHfdoPxzxPACShMDcY7MHKtFrVFMnUh-x3-o9YpB_xx_Kpw4pXLuTwUhwUuBF9_c-1t6hNZujuqDcnd-amb_xlFAGHORm985zPCKhJXKLGH1K9Mq_o-_VKi9EyIb25zloThYE/s72-c/fada-mundial1+(1).jpg&amp;container=blogger&amp;gadget=a&amp;rewriteMime=image%2F*" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-3535978037185039066</id><published>2013-12-15T22:10:00.002-03:00</published><updated>2013-12-15T22:10:26.897-03:00</updated><title type='text'>O Reino de Cristal</title><content type='html'>&lt;div style=&quot;text-align: justify;&quot;&gt;
1023. <br /></div>
1024. <div style="text-align: justify;">
1025. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1026. </div>
1027. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1028. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcv-Q7BpQeX93dx-Ozsl0u8egV-eef7Dh9bv1nCwE9haMILQB8kkLG_aDxucwn07UYc-FHV4yIAQBp7WeAYf8hOjVv0ecLhm9vmZeaHhs8C3FkhdgUSDOGgRAtFJ80kmHsTxJjaOOkBrU/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcv-Q7BpQeX93dx-Ozsl0u8egV-eef7Dh9bv1nCwE9haMILQB8kkLG_aDxucwn07UYc-FHV4yIAQBp7WeAYf8hOjVv0ecLhm9vmZeaHhs8C3FkhdgUSDOGgRAtFJ80kmHsTxJjaOOkBrU/s1600/images.jpg" /></a></div>
1029. Era uma vez, em uma aldeia à beira de um caudaloso rio, um casal de pescadores muito bondosos que sonhavam em ter um filho. Passaram-se os anos sem que tivessem a felicidade de embalar um bebezinho nos braços. Esperançosos, pediam ao bom Deus que atendesse as suas preces e abençoasse o seu modesto lar com uma criança, um filho para completar a felicidade das suas vidas.</div>
1030. <div style="text-align: justify;">
1031. <br /></div>
1032. <div style="text-align: justify;">
1033. Um dia, a mulher foi à beira do rio lavar roupas e avistou nas margens das águas uma concha dourada, aproximou-se e, espantada, viu um belo menino recém-nascido dormindo tranquilo dentro daquele estranho objeto. Sem saber o que fazer, a mulher gritou pelo marido, pedindo-lhe que viesse ver o milagre que estava acontecendo... Os dois pegaram a criancinha nos braços, levaram para a casa onde moravam, alimentaram-no, vestiram-no e começaram a dedicar àquele filho inesperado um amor maior que o mundo. Deram-lhe o nome de Jorge.</div>
1034. <div style="text-align: justify;">
1035. <br /></div>
1036. <div style="text-align: justify;">
1037. Os anos passaram, Jorge tornou-se um belo rapaz, muito amoroso com os pais e querido por todos que habitavam o vilarejo onde se criara. </div>
1038. <div style="text-align: justify;">
1039. <br /></div>
1040. <div style="text-align: justify;">
1041. Certa manhã, banhando-se nas águas azuis e transparentes do rio, Jorge avistou um belíssima moça, cantando e sorrindo para ele. A paixão logo tomou conta do coração puro de Jorge. Todas as manhãs os dois se encontravam nas águas do rio, até que ela o convidou a ir com ela conhecer o lugar onde ela morava, co fundo do rio. Pensando que seria um passeio rápido, Jorge acompanhou a sua amada, sem se despedir dos pais.</div>
1042. <div style="text-align: justify;">
1043. <br /></div>
1044. <div style="text-align: justify;">
1045. Nadaram até chegarem a um lugar belíssimo, um reino de cristal, no qual a bela moça era a  princesa, filha única do rei viúvo que desejava vê-la casada, dando um herdeiro para o trono. Jorge ficou  fascinado com tudo que via a sua volta, casou-se com a jovem, tiveram um filho e viviam numa felicidade perfeita. Todavia, num belo dia, Jorge sentiu uma imensa saudade dos seus pais, desejou visitá-los e falou nisto à sua mulher.</div>
1046. <div style="text-align: justify;">
1047. <br /></div>
1048. <div style="text-align: justify;">
1049. -Você quer voltar?  Vai deixar-me aqui com nosso filho?</div>
1050. <div style="text-align: justify;">
1051. <br /></div>
1052. <div style="text-align: justify;">
1053. -Querida, quero somente abraçá-los. Voltarei logo em seguida.</div>
1054. <div style="text-align: justify;">
1055. <br /></div>
1056. <div style="text-align: justify;">
1057. Ele teve permissão do rei para sair do reino e foi à superfície. Mal sabia a tristeza que o aguardava ao chegar à aldeia. Tudo estava mudado, a casa dos pais já não existia, ninguém sabia nada sobre o paradeiro dos dois, sequer os conheciam,. Procurou os amigos e parentes sem encontrá-los. Desesperado, Jorge procurou o padre capelão da igreja. Já não era o mesmo do seus tempos de juventude. Este, vendo os trajes à moda muito antiga de Jorge, perguntou-lhe:</div>
1058. <div style="text-align: justify;">
1059. <br /></div>
1060. <div style="text-align: justify;">
1061. -Meu filho, em que ano você partiu?</div>
1062. <div style="text-align: justify;">
1063. <br /></div>
1064. <div style="text-align: justify;">
1065. Ao ouvir a resposta, espantadíssimo o padre lhes disse: - Filho, passaram-se mais de 100 anos depois que você deixou a aldeia e seus pais. Morreram todos.</div>
1066. <div style="text-align: justify;">
1067. <br /></div>
1068. <div style="text-align: justify;">
1069. Muito triste, Jorge caminhou até o rio, começou a entrar nas águas límpidas, pensando em voltar para junto da mulher e do filhinho. Todavia, quando olhou para o espelho da água viu sua imagem refletida. Não se reconheceu. Havia envelhecido! Longe do espaço mágico do reino de cristal tornara-se um ancião centenário. Já não podia retornar. Os golfinhos que nadavam no rio, pegaram-no delicadamente e levaram-no para junto da sua família. Alí, ele despertou e descobriu que voltara a ser jovem, voltara a ter a sua família. </div>
1070. <div style="text-align: justify;">
1071. <br /></div>
1072. <div style="text-align: justify;">
1073. (Autor desconhecido)<br />
1074. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1075. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfNDXVBYV42LlcGATz6wJDtjM_2oozsLmg0YUkhVzJrCUIVk7-jfd9qkGUkWEiT7zm3EtldSHfj3cUJQo2KfqUeDMhbXhTg-I_pIgaJw5qmZ69uNVHvNkZqMu2nKb3ush85CRwDUyGrH4/s1600/ixv35rgd.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfNDXVBYV42LlcGATz6wJDtjM_2oozsLmg0YUkhVzJrCUIVk7-jfd9qkGUkWEiT7zm3EtldSHfj3cUJQo2KfqUeDMhbXhTg-I_pIgaJw5qmZ69uNVHvNkZqMu2nKb3ush85CRwDUyGrH4/s1600/ixv35rgd.gif" /></a></div>
1076. <br /></div>
1077. </content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/3535978037185039066/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=3535978037185039066&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/3535978037185039066'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/3535978037185039066'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2013/12/o-reino-de-cristal.html' title='O Reino de Cristal'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcv-Q7BpQeX93dx-Ozsl0u8egV-eef7Dh9bv1nCwE9haMILQB8kkLG_aDxucwn07UYc-FHV4yIAQBp7WeAYf8hOjVv0ecLhm9vmZeaHhs8C3FkhdgUSDOGgRAtFJ80kmHsTxJjaOOkBrU/s72-c/images.jpg" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-569562572948563253</id><published>2013-12-13T16:38:00.002-03:00</published><updated>2014-06-07T14:50:47.319-03:00</updated><title type='text'>Pinóquio, de Hans Christian Andersen</title><content type='html'>&lt;div style=&quot;text-align: justify;&quot;&gt;
1078. <br /></div>
1079. <div style="text-align: justify;">
1080. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFTGncLnf7LAtmD5fgXhEUmxes3PAwh1QpI21-JxHigwgESIuOtEQ5qDQIost9TFUKnawZG8aEuZL9s_ZL3X_NvQJGak5G-yOhmFfopD5tu5CCnuaGW1wpalCBziBWlGHp_gZZGAOivPEb/s1600/download.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFTGncLnf7LAtmD5fgXhEUmxes3PAwh1QpI21-JxHigwgESIuOtEQ5qDQIost9TFUKnawZG8aEuZL9s_ZL3X_NvQJGak5G-yOhmFfopD5tu5CCnuaGW1wpalCBziBWlGHp_gZZGAOivPEb/s200/download.jpg" /></a></div>
1081. <div style="text-align: justify;">
1082. Numa aldeia italiana vivia Gepeto, o melhor relojoeiro do mundo. Um dia construiu um boneco quase perfeito...!</div>
1083. <div style="text-align: justify;">
1084. -Serás o filho que não tive, e vou chamar-te Pinóquio. Nessa noite a Fada Madrinha visitou a oficina de Gepeto. Tocando Pinóquio com a varinha mágica disse:</div>
1085. <div style="text-align: justify;">
1086. - Vou-te dar vida, boneco. Mas deves ser sempre bom e verdadeiro!</div>
1087. <div style="text-align: justify;">
1088. No dia seguinte Gepeto apercebeu-se que os seus desejos se tinham tornado realidade. Mandou então Pinóquio à escola, acompanhado pelo grilo cantante Pepe. No caminho encontraram a D. Raposa e a D. Gata.</div>
1089. <div style="text-align: justify;">
1090. - Porque vais para a Escola havendo por aí tantos lugares bem mais alegres? - perguntou a raposa.</div>
1091. <div style="text-align: justify;">
1092. - Não lhe dês ouvidos! - avisou-o Pepe. Mas Pinóquio, para quem tudo era novidade, seguiu mesmo as tratantes e acabou à frente de Strombóli, o dono de um teatrinho de marionetas.</div>
1093. <div style="text-align: justify;">
1094. - Comigo serás o artista mais famoso do mundo! - segredou-lhe o astucioso Strombóli.</div>
1095. <div style="text-align: justify;">
1096. O espectáculo começou. Pinóquio foi a estrela, principalmente pelas suas faltas, que causaram muita risota. Os outros bonecos eram hábeis, enquanto o novo só fazia asneiras... Por isso triunfou! No final do espectáculo Pinóquio quis ir-se embora, mas Strombóli tinha outros planos.</div>
1097. <div style="text-align: justify;">
1098. - Ficas preso nesta jaula, boneco falante. Vales mais que um diamante! Por sorte o grilo Pepe correu a avisar a Fada Madrinha, que enviou uma borboleta mágica para salvar Pinóquio. Quando se recompôs do susto, a borboleta perguntou-lhe aonde vivia.</div>
1099. <div style="text-align: justify;">
1100. - Não tenho casa. - respondeu o boneco.</div>
1101. <div style="text-align: justify;">
1102. A borboleta voltou a fazer-lhe a mesma pergunta, e ele a dar a mesma resposta. Mas, de cada vez que mentia, o nariz crescia-lhe mais um pouco, pelo que não conseguiu enganar a Borboleta Mágica.</div>
1103. <div style="text-align: justify;">
1104. - Não quero este nariz! - soluçou Pinóquio.</div>
1105. <div style="text-align: justify;">
1106. - Terás que te portar bem e não mentir! Voltas para casa e para a Escola. - disse-lhe a Borboleta Mágica.</div>
1107. <div style="text-align: justify;">
1108. Depois de regressar a casa, aonde foi recebido com muita alegria por Gepeto, passou a portar-se bem. Tempos depois, de novo quando ia para a Escola, voltou a encontrar a Raposa, que o desafiou para a acompanhar à Ilha dos Jogos. Assim que entrou começaram a crescer-lhe as orelhas e a transformar-se em burro. Aflito, valeu-lhe o grilo Pepe, que lhe disse:</div>
1109. <div style="text-align: justify;">
1110. - Anda, Pinóquio. Conheço uma porta secreta...! Não te queres transformar em burro, pois não? Levar-te-iam para um curral!</div>
1111. <div style="text-align: justify;">
1112. - Sim, vou contigo, meu amigo.</div>
1113. <div style="text-align: justify;">
1114. Ao chegarem a casa encontraram-na vazia. Por uns marinheiros souberam que Gepeto se tinha feito ao mar num bote. Como o grilo Pepe era muito esperto, ensinou Pinóquio a construir uma jangada. Dois dias mais tarde, quando navegavam já longe de terra, avistaram uma baleia.</div>
1115. <div style="text-align: justify;">
1116. - Essa baleia vem direita a nós! gritou Pepe. - Saltemos para a água!</div>
1117. <div style="text-align: justify;">
1118. Mas não puderam salvar-se ... a baleia engoliu-os. Em breve descobriram que no interior da barriga estava Gepeto, que tinha naufragado no decurso de uma tempestade. Depois de se terem abraçado, resolveram acender uma fogueira. A baleia espirrou e lançou-os fora.</div>
1119. <div style="text-align: justify;">
1120. - Perdoa-me papá. - suplicou Pinóquio muito arrependido. E a partir dali mostrou-se tão dedicado e bondoso que a Fada Madrinha, no dia do seu primeiro aniversário, o transformou num menino de carne e osso, num menino de verdade.</div>
1121. <div style="text-align: justify;">
1122. - Agora tenho um filho verdadeiro! - exclamou contentíssimo Gepeto.</div>
1123. <div style="text-align: justify;">
1124. <br /></div>
1125. <div style="text-align: justify;">
1126. <br /></div>
1127. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1128. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0iVLa-hDMkdVZRT1OipSeu-NmrAYQLebM-jcppzs2TxyT9TzwGDIprXbmfpJAuSJ3ACG6ScnVbgnCelIFKFd0bAWxlH0lo7GgHHkcXrXod7yYPgrTGjeUzHns_kELzfuIOo_8UOP5RHI/s1600/cat012.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0iVLa-hDMkdVZRT1OipSeu-NmrAYQLebM-jcppzs2TxyT9TzwGDIprXbmfpJAuSJ3ACG6ScnVbgnCelIFKFd0bAWxlH0lo7GgHHkcXrXod7yYPgrTGjeUzHns_kELzfuIOo_8UOP5RHI/s1600/cat012.gif" height="128" width="320" /></a></div>
1129. <div style="text-align: justify;">
1130. <br /></div>
1131. <div style="text-align: justify;">
1132. <br /></div>
1133. </content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/569562572948563253/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=569562572948563253&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/569562572948563253'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/569562572948563253'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2013/12/pinoquio-de-hans-christian-andersen.html' title='Pinóquio, de Hans Christian Andersen'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFTGncLnf7LAtmD5fgXhEUmxes3PAwh1QpI21-JxHigwgESIuOtEQ5qDQIost9TFUKnawZG8aEuZL9s_ZL3X_NvQJGak5G-yOhmFfopD5tu5CCnuaGW1wpalCBziBWlGHp_gZZGAOivPEb/s72-c/download.jpg" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-1075260119756332971</id><published>2013-12-13T08:57:00.002-03:00</published><updated>2014-04-18T18:57:35.578-03:00</updated><title type='text'>Sindbad, o marujo</title><content type='html'>&lt;div style=&quot;text-align: justify;&quot;&gt;
1134. <br /></div>
1135. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1136. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie22XnNh37BtSGeAQgeEgF0dOBVWUXtkgOf5BBwz5OUuloPGOyxKDrvhrU2rVmnZzSUtQZOdFf_CwLFSFcjHNLJ-Vc2kQouVycSeXJYXdNAz26z_mUHdKFjs4DKIitiqGslVZh9Giobso/s1600/imagesxc.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie22XnNh37BtSGeAQgeEgF0dOBVWUXtkgOf5BBwz5OUuloPGOyxKDrvhrU2rVmnZzSUtQZOdFf_CwLFSFcjHNLJ-Vc2kQouVycSeXJYXdNAz26z_mUHdKFjs4DKIitiqGslVZh9Giobso/s200/imagesxc.jpg" height="200" width="138" /></a></div>
1137. <div style="text-align: justify;">
1138. Sindbad estava sentado, descansando na sua nova casa em Bagdad, que havia construido recentemente, quando ouviu um pobre carregador de rua dizer:</div>
1139. <div style="text-align: justify;">
1140. - Os homens não recebem a recompensa conforme merecem. Tenho trabalhado mais do que Sindbad e, no entanto, ele vive no luxo e eu na miséria.</div>
1141. <div style="text-align: justify;">
1142. Comovido com a queixa do carregador de rua, Sindbad convidou-o para entrar e ouvir a história de suas aventuras.</div>
1143. <div style="text-align: justify;">
1144. - Talvez quando souberes o que passei para adquirir minha riqueza, disse-lhe Sindbad, fique mais contente com a sua sorte. Repare no meu cabelo branco e minha cara já gasta; até pareço um velho. Eu era jovem e forte quando embarquei para tentar fazer minha fortuna em países estranhos. Saiba que, pouco depois de partirmos, o nosso navio foi apanhado por uma calmaria numa pequena ilha. Quando desembarcamos para examinar de perto, descobrimos que aquilo não era terra e sim o dorso de uma grande baleia. Mal pusemos os pés para descer e ela começou a sacudir-se e logo mergulhou para o fundo do mar. Ficamos todos assustados, nos debatendo e procurando algo para nos salvar do afogamento. Agarrei-me a um grande pedaço de madeira e a corrente marítima acabou me conduzindo à praia de uma ilha deserta.</div>
1145. <div style="text-align: justify;">
1146. - Já na ilha, imaginei que estaria salvo, mas ao caminhar algumas léguas fui dar num grupo de arvores frutíferas, entre as quais estava escondida uma grade bola branca de uns cincoenta pés de tamanho. Eu já estava muito cansado, por isso, depois de comer alguns frutos, deitei-me para dormir à sombra da bola branca. Já estava cochilando quando, ao olhar para o alto, vi que o céu estava escuro pelas asas de uma ave gigante.</div>
1147. <div style="text-align: justify;">
1148. - Céus! exclamei. Esta grande bola branca é o ovo daquela ave monstruosa, que os marinheiros chamam de Roc.<br />
1149. <br />
1150. LEIA MAIS, clicando na frase abaixo<br />
1151. <a name='more'></a></div>
1152. <div style="text-align: justify;">
1153. Em seguida o Roc pousou sobre o ovo, debaixo do qual eu estava, e uma das suas garras, que era do tamanho do tronco de uma arvore, prendeu-se em mim.</div>
1154. <div style="text-align: justify;">
1155. No dia seguinte, de manhã bem cedo, o Roc levantou voo e levou-me a tal altura que eu já nem via mais a terra. Depois desceu com tanta velocidade que por pouco eu não perdi os sentidos. Quando ele passou perto do chão consegui soltar-me da sua garra, e vi então que estava num vale muito profundo, cercado de montanhas altíssimas e íngremes por todos os lados.</div>
1156. <div style="text-align: justify;">
1157. - Aquele era o vale dos diamantes, todo o chão estava coberto de pedras preciosas. Cheio de alegria, comecei encher meus bolsos com quantas pedras podia. Mas minha alegria durou pouco, pois o vale estava cheio de serpentes e eu não sabia como sair dali.</div>
1158. <div style="text-align: justify;">
1159. Em seguida escondi-me numa caverna e tapei a entrada com um pedregulho, mas não pude dormir nada devido ao sibilar das serpentes. De madrugada elas desapareceram, pois tinham medo do Roc, que costumava ir ao vale em busca de alimento. Então saí da caverna, mas logo fui derrubado por uma coisa qualquer que vinha aos trambulhões montanha abaixo. Era um grande pedaço de carne fresca que, à medida que ia rolando, nele se grudavam os diamantes que estavam no seu caminho, como se fosse uma bola de neve. Então olhei para cima e vi que no alto da montanha havia um grupo de homens que se preparava para atirar outro pedaço de carne. Eu já tinha houvido falar dessa forma de catar diamantes e naquele momento me pareceu ser também uma boa forma para me salvar.</div>
1160. <div style="text-align: justify;">
1161. - Então, atei-me ao pedaço de carne, escondendo-me debaixo dele. Pouco depois apareceu uma águia que agarrou a carne e levou-me junto para o alto da montanha. Em seguida, o grupo de homens afugentou a águia e virou a carne para tirar os diamantes que nela estavam grudados. Foi assim que me encontraram.</div>
1162. <div style="text-align: justify;">
1163. Quando os homens tinham tirado todos os diamantes que queriam, embarcamos de volta par nosso país. Mas, ao passar pela ilha deserta, os meus companheiros desembarcaram com um machado e abriram a grande bola branca. Ouviu-se um grande grito no céu. Era o Roc que tinha nos visto. Todos desataram a correr em direção ao navio, mas o Roco nosso navio. Acabamos todos caindo no mar.</div>
1164. <div style="text-align: justify;">
1165. Agarrei-me com uma mão num pedaço de madeira do navio e com a outra fui nadando conforme podia, até que consegui chegar a uma outra ilha.</div>
1166. <div style="text-align: justify;">
1167. - Era um lugar maravilhoso! rios corriam entre os vinhedos carregados de uva e pomares com diversas espécies de fruta. Ali encontrei um velho muito esquisito que me fez sinal para levá-lo às costa na travessia do rio. Mas, mal eu o coloquei nas costas e ele cruzou as pernas em volta do meu pescoço, e foi apertando até que desmaiei. Quando acordei vi que ele ainda estava a cavalo nos meus obros. Assim ficou todo o dia e a noite, permanecendo até a manhã seguinte.</div>
1168. <div style="text-align: justify;">
1169. A partir daquele dia ele me tornou seu escravo. Quando fiz algum vinho para beber e não perder as forças, ele o tomou de mim e bebeu tudo. Felizmente o vinho era forte de mais para ele que então descruzou as pernas e me soltou no chão. Então, para me livrar dele definitivamente, eu o matei ali mesmo.</div>
1170. <div style="text-align: justify;">
1171. Voltando à praia, encontrei alguns marinheiros que me trouxeram de volta para Bagdad.</div>
1172. <div style="text-align: justify;">
1173. -Mais tarde fiquei sabendo que aquele era o velho do mar e que eu tinha sido o primeiro a escapar de ser estrangulado por ele.</div>
1174. <div style="text-align: justify;">
1175. - E agora, meu caro amigo, não achas que sou merecedor da minha fortuna?, disse-lhe Sindbah, dando-lhe um bom e valioso presente.</div>
1176. <div style="text-align: justify;">
1177. E o entregador de rua foi-se embora todo feliz para nunca mais julgar sem saber a verdade.</div>
1178. <div style="text-align: justify;">
1179. <br /></div>
1180. <div style="text-align: justify;">
1181. Pesquisa e adaptação.</div>
1182. <div style="text-align: justify;">
1183. Nicéas Romeo Zanchet</div>
1184. <div style="text-align: justify;">
1185. <a href="http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com/">http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com/</a></div>
1186. <div style="text-align: justify;">
1187. <br /></div>
1188. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1189. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfPbV2aoB5pCothyphenhyphenBH9S_U9AX-Ogh6xbQFA5xHvp5Kudff9JwbwgS43HDMsyrZanqNvr5vRtZB20bEXPyfOieV_DhHSLTOtXJ5qck1Yq2usAdlNLL960HtJSrJjQGllHTmiRML7f1UTEs/s1600/barra39.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfPbV2aoB5pCothyphenhyphenBH9S_U9AX-Ogh6xbQFA5xHvp5Kudff9JwbwgS43HDMsyrZanqNvr5vRtZB20bEXPyfOieV_DhHSLTOtXJ5qck1Yq2usAdlNLL960HtJSrJjQGllHTmiRML7f1UTEs/s320/barra39.gif" height="43" width="320" /></a></div>
1190. <div style="text-align: justify;">
1191. <br /></div>
1192. <div style="text-align: justify;">
1193. <div>
1194. <br /></div>
1195. </div>
1196. </content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/1075260119756332971/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=1075260119756332971&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/1075260119756332971'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/1075260119756332971'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2013/12/sindbad-o-marujo.html' title='Sindbad, o marujo'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie22XnNh37BtSGeAQgeEgF0dOBVWUXtkgOf5BBwz5OUuloPGOyxKDrvhrU2rVmnZzSUtQZOdFf_CwLFSFcjHNLJ-Vc2kQouVycSeXJYXdNAz26z_mUHdKFjs4DKIitiqGslVZh9Giobso/s72-c/imagesxc.jpg" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-2874416476276487490</id><published>2013-12-03T22:07:00.002-03:00</published><updated>2014-06-07T15:12:46.685-03:00</updated><title type='text'> A ESTRELINHA</title><content type='html'>&lt;div style=&quot;text-align: justify;&quot;&gt;
1197. <br /></div>
1198. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1199. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFgjcB8Dekk8nYWQ5kiRhqQfAwcYdqDczU1nWNrnZmRGQcmmyESXlb-Qxj5bJ06rY_Hg3ePeUhTC389dwoKAhtUHjuTTpdJIM7lTzbvD8fXGa1Vn5erLCJXFNV60BFIUpU3e89ulWC4lI/s1600/anja_estrela.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFgjcB8Dekk8nYWQ5kiRhqQfAwcYdqDczU1nWNrnZmRGQcmmyESXlb-Qxj5bJ06rY_Hg3ePeUhTC389dwoKAhtUHjuTTpdJIM7lTzbvD8fXGa1Vn5erLCJXFNV60BFIUpU3e89ulWC4lI/s200/anja_estrela.jpg" height="195" width="200" /></a></div>
1200. <div style="text-align: justify;">
1201. Haviam milhões de estrelas no céu.</div>
1202. <div style="text-align: justify;">
1203. Estrelas de todas as cores: brancas, prateadas, verdes, douradas, vermelhas e azuis.</div>
1204. <div style="text-align: justify;">
1205. Um dia, elas procuraram Deus e lhe disseram:</div>
1206. <div style="text-align: justify;">
1207. - Senhor Deus, gostaríamos de viver na Terra entre os homens.</div>
1208. <div style="text-align: justify;">
1209. - Assim será feito, respondeu o Senhor. Conservarei todas vocês pequeninas como são vistas e podem descer para a Terra.</div>
1210. <div style="text-align: justify;">
1211. Conta-se que, naquela noite, houve uma linda chuva de estrelas. Algumas se aninharam nas torres das igrejas, outras foram brincar de correr com os vaga-lumes nos campos; outras misturaram-se aos brinquedos das crianças e a Terra ficou maravilhosamente iluminada.</div>
1212. <div style="text-align: justify;">
1213. Porém, passando o tempo, as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar para o céu, deixando a Terra escura e triste.</div>
1214. <div style="text-align: justify;">
1215. - Por que voltaram? Perguntou Deus, a medida que elas chegavam ao céu.</div>
1216. <div style="text-align: justify;">
1217. - Senhor, não nos foi possível permanecer na Terra. Lá existe muita miséria e violência, muita maldade, muita injustiça…</div>
1218. <div style="text-align: justify;">
1219. E o Senhor lhes disse:</div>
1220. <div style="text-align: justify;">
1221. - Claro! O lugar de vocês é aqui no céu. A Terra é o lugar do transitório, daquilo que passa, daquele que cai, daquele que erra, daquele que morre, nada é perfeito. O céu é lugar da perfeição, do imutável, do eterno, onde nada perece.</div>
1222. <div style="text-align: justify;">
1223. Depois que chegaram todas as estrelas e conferindo o seu número, Deus falou de novo:</div>
1224. <div style="text-align: justify;">
1225. - Mas está faltando uma estrela. Perdeu-se no caminho?</div>
1226. <div style="text-align: justify;">
1227. Um anjo que estava perto retrucou:</div>
1228. <div style="text-align: justify;">
1229. - Não Senhor, uma estrela resolveu ficar entre os homens. Ela descobriu que seu lugar é exatamente onde existe a imperfeição, onde há limite, onde as coisas não vão bem, onde há luta e dor.</div>
1230. <div style="text-align: justify;">
1231. - Mas que estrela é essa? – voltou Deus a perguntar.</div>
1232. <div style="text-align: justify;">
1233. - É a Esperança, Senhor. A estrela verde. A única estrela dessa cor.</div>
1234. <div style="text-align: justify;">
1235. E quando olharam para a Terra, a estrela não estava só. A Terra estava novamente iluminada porque havia uma estrela verde no coração de cada pessoa.</div>
1236. <div style="text-align: justify;">
1237. Porque o único sentimento que o homem tem e Deus não tem é a Esperança.</div>
1238. <div style="text-align: justify;">
1239. Deus já conhece o futuro, e a Esperança é própria da pessoa humana, própria daquele que erra, daquele que não é perfeito, daquele que não sabe como será o futuro.</div>
1240. <div style="text-align: justify;">
1241. Tenha a estrelinha verde em seu coração, a esperança, e não deixe que ela fuja ou se apague, ela iluminará seu caminho!</div>
1242. <div style="text-align: justify;">
1243. (Autor desconhecido)</div>
1244. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1245. </div>
1246. <div style="text-align: justify;">
1247. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1248. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfbR7J9OjpcRLHj_0j-GeIFVVGlqSOpb3Ca5NuZm2k2SDauto3vT5rc7DwINH5VpDGGtomAYVTsXLcFtDuZOw0Gf0w6io1qJozq0Yi7C8NI1CFCs6JwtVTHfi5feeX-8mPtG_ikHIHLXI/s1600/ixv35rgd.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfbR7J9OjpcRLHj_0j-GeIFVVGlqSOpb3Ca5NuZm2k2SDauto3vT5rc7DwINH5VpDGGtomAYVTsXLcFtDuZOw0Gf0w6io1qJozq0Yi7C8NI1CFCs6JwtVTHfi5feeX-8mPtG_ikHIHLXI/s1600/ixv35rgd.gif" /></a></div>
1249. </div>
1250. </content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/2874416476276487490/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=2874416476276487490&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/2874416476276487490'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/2874416476276487490'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2013/12/a-estrelinha.html' title=' A ESTRELINHA'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFgjcB8Dekk8nYWQ5kiRhqQfAwcYdqDczU1nWNrnZmRGQcmmyESXlb-Qxj5bJ06rY_Hg3ePeUhTC389dwoKAhtUHjuTTpdJIM7lTzbvD8fXGa1Vn5erLCJXFNV60BFIUpU3e89ulWC4lI/s72-c/anja_estrela.jpg" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-3959606006746739171</id><published>2013-09-17T00:09:00.001-03:00</published><updated>2013-12-13T15:58:35.393-03:00</updated><title type='text'>O PRIMEIRO IMPULSO - Autor persa anônimo</title><content type='html'>&lt;div style=&quot;text-align: justify;&quot;&gt;
1251. <br /></div>
1252. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1253. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj84SLZK5l6KqHAC43s3WMpNkyxXdWLdn125HKWxMJeeYxG5U5GKhbXN1DrDfYp_rZabmGYmcE1QkLxm9ohXs1FkRIikqRlg1hVm0CMJm_7piLxnuUX6pEQObCWmJ2JXok4retGB4-JEFM/s1600/ins1xxxx.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj84SLZK5l6KqHAC43s3WMpNkyxXdWLdn125HKWxMJeeYxG5U5GKhbXN1DrDfYp_rZabmGYmcE1QkLxm9ohXs1FkRIikqRlg1hVm0CMJm_7piLxnuUX6pEQObCWmJ2JXok4retGB4-JEFM/s200/ins1xxxx.png" height="146" width="200" /></a></div>
1254. <div style="text-align: justify;">
1255. Tooriri era um cidadão rico de Bagdá, universalmente famoso por suas virtudes. Não se limitava a assistir aos pobres a ponto de, em vez de levar uma existência das mais luxuosas, viver apenas confortavelmente; escutava com a mais delicada paciência as queixas de todos os sofredores que o procuravam, consolava‑os com palavras carinhosas e ajudava‑os de todas as maneiras possíveis.</div>
1256. <div style="text-align: justify;">
1257. Suportava com resignação as mil e uma pequenas misérias que constituem a maior parte da vida humana. Tolerante em alto grau, não se aborrecia se os outros não lhe partilhavam as opiniões — virtude difícil e rara, pois o desejo secreto de cada homem é que o resto da humanidade lhe seja inferior e, ao mesmo tempo, semelhante.</div>
1258. <div style="text-align: justify;">
1259. Casado com uma megera, mantinha‑se‑lhe fiel, perdoava‑lhe o mau gênio, e jamais a fazia sentir que não era nem moça nem bonita. Prosador e poeta, regozijava‑se com o êxito dos rivais e manifestava‑lhes benevolência e amizade em expressões corteses e sinceras.</div>
1260. <div style="text-align: justify;">
1261. Numa palavra, sua vida era toda caridade, gentileza, lealdade e altruísmo, e consideravam‑no, ao mesmo tempo, um santo e um perfeito cavalheiro.</div>
1262. <div style="text-align: justify;">
1263. Ao seu semblante, porém, faltava a serenidade que por via de regra caracteriza as feições de um santo. Parecia o de uma pessoa agitada por paixões violentas ou roída de secreta angústia. Não raro o viam estacar e baixar os olhos para recobrar o domínio de si mesmo e impedir que lhe adivinhassem os pensamentos. Mas ninguém prestava a isso a menor atenção.</div>
1264. <div style="text-align: justify;">
1265. Não longe de Bagdá vivia um eremita por nome Maitreya, autor de numerosos milagres, cuja morada era objeto da veneração de muitos peregrinos. Tendo‑se posto acima das contingências do comum da humanidade, Maitreya conservava‑se em tamanha imobilidade que as andorinhas vinham a construíam ninhos em seus ombros. A barba, espessa como a cauda das vacas sagradas, chegava‑lhe à cintura, e o seu corpo semelhava um tronco de árvore. Vivia assim desde uns noventa anos, pois era este o seu ideal.</div>
1266. <div style="text-align: justify;">
1267. Certo dia um peregrino disse na sua presença:</div>
1268. <div style="text-align: justify;">
1269. — Tooriri, de tão bom, parece uma encarnação de Ormuzd. Sem dúvida todo o sofrimento desapareceria da face da Terra se um homem destes pudesse fazer tudo quanto quisesse.</div>
1270. <div style="text-align: justify;">
1271. Ainda mais rígida se fez a imobilidade de Maitreya. Evidentemente o santo homem entrara em comunicação direta com o próprio Ormuzd. Depois de pensar uns instantes, respondeu ao peregrino:</div>
1272. <div style="text-align: justify;">
1273. — Não me é possível alcançar que Ormuzd conceda a Tooriri o poder de realizar todos os seus desejos, pois assim ele se tornaria um deus. No entanto, Ormuzd, em sua bondade, permite que, de amanhã por diante, o primeiro impulso deste santo homem, em todas as circunstâncias de sua vida, se transforme em realidade.</div>
1274. <div style="text-align: justify;">
1275. <br /></div>
1276. <div style="text-align: justify;">
1277. LEIA MAIS. clicando na frase abaixo</div>
1278. <div style="text-align: justify;">
1279. <a name='more'></a><br /></div>
1280. <div style="text-align: justify;">
1281. — É quase a mesma coisa! — exclamou o peregrino. — O primeiro impulso de Tooriri, como todos os seus desejos, será generoso e caridoso. Venerável Maitreya, acabais de me anunciar uma nova que há de trazer a ventura a muita gente, e eu vos agradeço.</div>
1282. <div style="text-align: justify;">
1283. Se a barba de Maitreya fosse menos impenetrável, poderia o peregrino ter vislumbrado a sombra de um sorriso em seus lábios empedernidos. Mas logo depois ele voltou a abismar‑se nas suas eternas cismas.</div>
1284. <div style="text-align: justify;">
1285. Tornou à cidade o peregrino, regozijando‑se de antemão com os muitos atos de caridade em que se havia de patentear no dia seguinte o poder do sábio Tooriri.</div>
1286. <div style="text-align: justify;">
1287. No dia seguinte, Tooriri despertou antes da mulher e fitou‑a por um momento. Movida por força misteriosa, ela se levantou, dirigiu‑se à janela, galgou o peitoril a precipitou‑se, rachando a cabeça no pavimento da rua.</div>
1288. <div style="text-align: justify;">
1289. Ao sair de casa, aproximou‑se dele um grupo de mendigos a pedir esmola. Não lhes disse nenhuma palavra dura, e automati­camente a sua mão se encaminhou à bolsa; mas, antes de alcançá-­la, todos os mendigos lhe caíram mortos aos pés.</div>
1290. <div style="text-align: justify;">
1291. Adiante, encontrou a linda Mandaniki, e ele, o sábio, o virtuoso Tooriri, inclinou‑se diante dela e acompanhou‑a a casa. Ali, a mulher, enquanto lhe contava a história da própria vida e ele a apertava com ternura ao próprio coração, expirou‑lhe nos braços.</div>
1292. <div style="text-align: justify;">
1293. Mal deixou a residência de Mandaniki, ficou detido numa encruzilhada por certo número de veículos que obstruíam a passagem, e começou a perder a paciência. Nisto, todos os cocheiros caíram das respectivas boléias e todos os cavalos tiveram os tendões cortados como por invisível foice.</div>
1294. <div style="text-align: justify;">
1295. À noite foi ele ao teatro, e pôs‑se a discutir com o erudito Sarvilaka acerca de um verso atribuído por este a Nizami, e que Tooriri julgava escrito por Saadi, o poeta das rosas. De súbito, o letrado deixou‑se cair na sua poltrona e vomitou uma golfada de sangue negro. A comédia representada naquela noite obteve grande êxito, sendo os atores unanimemente aplaudidos. Porém, poucos minutos antes que Tooriri resolvesse aderir ao reconhecimento do mérito do autor, este rendeu a alma ao Criador de maneira total­mente inesperada.</div>
1296. <div style="text-align: justify;">
1297. Tooriri voltou para casa horrorizado daquela mortandade geral. Desesperado, incapaz de compreender a razão de tudo aquilo, matou‑se, atravessando o coração com um punhal.</div>
1298. <div style="text-align: justify;">
1299. Na mesma noite morreu também o santo eremita Maitreya.</div>
1300. <div style="text-align: justify;">
1301. Compareceram os dois ao mesmo tempo perante o sábio Ormuzd. O eremita pensava: "Não me seria nada desagradável assistir ao merecido castigo desse falso santo, cuja virtude foi por tanto tempo admirada pelos persas, mas que, num único dia em que pôde mostrar‑se tal qual era na realidade, se cobriu de inúmeros pecados e crimes".</div>
1302. <div style="text-align: justify;">
1303. Porém o sábio Ormuzd falou assim:</div>
1304. <div style="text-align: justify;">
1305. — Virtuoso Tooriri, homem realmente generoso e bom, meu leal e fiel servidor, vem, entra na paz eterna.</div>
1306. <div style="text-align: justify;">
1307. — Boa bola! — exclamou o eremita.</div>
1308. <div style="text-align: justify;">
1309. — Em momento algum de minha vida falei mais sério — replicou Ormuzd. — Tooriri, desejaste o aniquilamento de tua esposa porque não era bondosa e já não tinha beleza; quiseste a morte dos mendigos porque te importunaram, e seu aspecto era hediondo; a de tua amante, porque era uma tola; o fim dos cocheiros e o extermínio dos cavalos, porque te forçaram a esperar quando tinhas pressa; o desaparecimento do letrado Sarvilaka, porque professava opinião diferente da tua; a do autor da comédia, porque obtivera aplausos maiores que os alcançados por ti. Todos esses desejos eram perfeitamente naturais. Os assassínios de que Maitreya te acusa foram, à tua revelia, efeitos do teu primeiro impulso, porquanto ninguém pode conter o seu primeiro impulso e desejo. Um homem odeia inevitavelmente o que o tolhe, e não menos inevitavelmente deseja o aniquilamento da­quilo que odeia. A natureza é egoísta, e o nome do egoísmo é destruição. O mais virtuoso dos homens é, antes de tudo, no íntimo da alma, um patife; e se lhe fosse concedido transformar em realidade o seu primeiro desejo, impulsivo e involuntário, dentro em pouco a Terra se transformaria num deserto, sem nenhum ser humano a habitá‑la. Foi o que eu pretendi mostrar, Tooriri, com o teu exemplo: o homem é julgado pelo seu segundo desejo, pois que este depende da sua vontade. Não fora o dom misterioso que, a teu pesar, tornou o teu último dia tão mortífero, tua vida teria continuado virtuosa e caridosa. O que devo considerar em ti não é a tua natureza, mas a tua vontade, que sempre tendeu para o bem e procurou sempre corrigir a tua natureza e aperfeiçoar a minha obra imperfeita. Eis por que, meu colaborador querido, eu hoje escancaro diante de ti a porta do meu paraíso.</div>
1310. <div style="text-align: justify;">
1311. — Essa é boa! — exclamou Maitreya. — Que fareis, então, por mim? Que recompensa me reservastes?</div>
1312. <div style="text-align: justify;">
1313. — A mesma — replicou Ormuzd —, embora só a tenhas merecido imperfeitamente. Foste um santo, mas, se em tudo deixaste de ser humano, humano foste no teu orgulho. Conseguiste a supressão do primeiro impulso; mas, se todos os homens fossem viver como tu, a humanidade desapareceria da face da Terra ainda mais depressa do que se cada homem possuísse o poder maravilhoso que por um dia infligi a este meu fiel servo. Ora, a mim me convém que a humanidade continue, porque isto me diverte e porque o espetáculo que me oferece chega a ser, às vezes, sublime. O teu esforço, mísero asceta, não era de todo desprovido de certa espécie de beleza, e por isso te perdôo o teu erro crasso. Numa palavra: a Tooriri abro as portas do Paraíso e o acolho em meu seio, porque sou justo; a ti, Maitreya, permito que entres, porque sou generoso.</div>
1314. <div style="text-align: justify;">
1315. — Mas... — disse Maitreya.</div>
1316. <div style="text-align: justify;">
1317. E Ormuzd, erguendo o austero semblante:</div>
1318. <div style="text-align: justify;">
1319. — Tenho dito.</div>
1320. <div style="text-align: justify;">
1321. <br /></div>
1322. <div style="text-align: justify;">
1323. (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira e Paulo Rónai — Mar de Histórias — Nova Fronteira,</div>
1324. </content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/3959606006746739171/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=3959606006746739171&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/3959606006746739171'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/3959606006746739171'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2013/09/o-primeiro-impulso-autor-persa-anonimo.html' title='O PRIMEIRO IMPULSO - Autor persa anônimo'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj84SLZK5l6KqHAC43s3WMpNkyxXdWLdn125HKWxMJeeYxG5U5GKhbXN1DrDfYp_rZabmGYmcE1QkLxm9ohXs1FkRIikqRlg1hVm0CMJm_7piLxnuUX6pEQObCWmJ2JXok4retGB4-JEFM/s72-c/ins1xxxx.png" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-5241282043711446386</id><published>2013-08-21T16:50:00.002-03:00</published><updated>2013-12-13T16:03:21.489-03:00</updated><title type='text'>Parábola do Gato e do Rato</title><content type='html'>&lt;h3&gt;
1325. Parábola do gato e o rato </h3>
1326. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1327. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfYVuouiOAPaa4nC0XzXV478d_ZpIBwZ4fP-9v8ftqsPWDGkTbwZUSV-INDdDeUCIcmhhKyLZWidf4CBRXpjyWbdcPS-gqdHMS8BPPOF0MTK8o4br0xNhyphenhyphenapwdwE03xFSQOmiYK6Pxh00/s1600/Parboladogatoeorato-gato.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfYVuouiOAPaa4nC0XzXV478d_ZpIBwZ4fP-9v8ftqsPWDGkTbwZUSV-INDdDeUCIcmhhKyLZWidf4CBRXpjyWbdcPS-gqdHMS8BPPOF0MTK8o4br0xNhyphenhyphenapwdwE03xFSQOmiYK6Pxh00/s1600/Parboladogatoeorato-gato.jpg" /></a></div>
1328. <div>
1329. <br /></div>
1330. <div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
1331. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUrQ3hu1_NNDJaNLuwrP_10yqCe3vvq8iztAVJ144BNQ8efVjkXiSxIXtEffxuVFK-L16Itnao3iOCCqvCaBFR5c3tolqH1LYbDXOo8Wx2NU6FRspP4wlJ85TnJK0kA7iWtG307WabcUM/s1600/Par%C3%A1bola+do+gato+e+o+rato-gato.jpg"><span style="color: blue; text-decoration: none; text-underline: none;"><!--[if gte vml 1]><v:shapetype
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1355.  o:href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUrQ3hu1_NNDJaNLuwrP_10yqCe3vvq8iztAVJ144BNQ8efVjkXiSxIXtEffxuVFK-L16Itnao3iOCCqvCaBFR5c3tolqH1LYbDXOo8Wx2NU6FRspP4wlJ85TnJK0kA7iWtG307WabcUM/s1600/Par%C3%A1bola+do+gato+e+o+rato-gato.jpg"/>
1356. </v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span></a></div>
1357. <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1358. Certa feita um gato montês e um
1359. rato habitavam a mesma árvore na selva; o rato morava num buraco da raiz e o
1360. gato nos galhos, onde se alimentava de ovos de pássaros e de filhotes
1361. inexperientes. O gato também gostava de comer ratos, mas este de
1362. nosso conto conseguia manter-se fora do alcance de suas garras.</div>
1363. <div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
1364. <span style="color: blue; text-decoration: none; text-underline: none;"><!--[if gte vml 1]><v:shape
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1370. </v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span></div>
1371. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1372. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTYpI5PsAAuhRx4ZockLfPtKLGBHm0kEmGnL8ZZH2sVadAT31aBKlbzGe1cH7KB2QScc3rTcKJOfpAxPnVUedHyhT_CTWNX6iH97QJ6YYtLuZVfDADSEMYGG7X0Vy-dGm9s3twT-Na5Co/s1600/Parboladogatoeorato-rato.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTYpI5PsAAuhRx4ZockLfPtKLGBHm0kEmGnL8ZZH2sVadAT31aBKlbzGe1cH7KB2QScc3rTcKJOfpAxPnVUedHyhT_CTWNX6iH97QJ6YYtLuZVfDADSEMYGG7X0Vy-dGm9s3twT-Na5Co/s1600/Parboladogatoeorato-rato.jpg" /></a></div>
1373. <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1374. Um dia veio um caçador e armou
1375. habilmente uma rede sob a árvore e, naquela noite, o gato ficou preso em suas
1376. malhas. O roedor, contente, saiu de seu esconderijo e experimentou um
1377. prazer enorme ao andar em volta da armadilha, mordiscando a isca e tirando
1378. o máximo proveito daquela situação.</div>
1379. <div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
1380. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgghVvUg60hjYgtSE1OyJmsb5XaO11JDF7soNQL3ZELHVUhQmUvvSw5ADk4xDKYrasxWdBSK20d_KxJYP3sml1OZvCTZ0nSrhSJZmuNBgl7ZXrABpJEmbfEgiacEYIbGxlOD4Td2PoGO0w/s1600/Par%C3%A1bola+do+gato+e+o+rato-coruja.jpg"><span style="color: blue; text-decoration: none; text-underline: none;"><!--[if gte vml 1]><v:shape
1381. id="_x0000_i1027" type="#_x0000_t75"
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1386. </v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span></a></div>
1387. <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1388. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjduTnWLNygnnXMNTT4M_9_jjVy1G9LNkSO859PZCHaqT-j34a5CCPrJIqWP3LJkw0pi4Dq0rvLjpog2o-YFD_bWMZjUD1BbyvXhSIO4Vox_oJX68BopjKAZCTdJ4gf00YMPJfg1M_-how/s1600/Par%C3%A1bola+do+gato+e+o+rato-mangusto.jpg"><span style="color: blue; text-decoration: none; text-underline: none;"><!--[if gte vml 1]><v:shape
1389. id="_x0000_i1028" type="#_x0000_t75"
1390. href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjduTnWLNygnnXMNTT4M_9_jjVy1G9LNkSO859PZCHaqT-j34a5CCPrJIqWP3LJkw0pi4Dq0rvLjpog2o-YFD_bWMZjUD1BbyvXhSIO4Vox_oJX68BopjKAZCTdJ4gf00YMPJfg1M_-how/s1600/Par%C3%A1bola+do+gato+e+o+rato-mangusto.jpg"
1391. style='width:150pt;height:132.75pt' o:button="t">
1392. <v:imagedata src="file:///C:\Users\Cliente\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image004.jpg"
1393.  o:href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjduTnWLNygnnXMNTT4M_9_jjVy1G9LNkSO859PZCHaqT-j34a5CCPrJIqWP3LJkw0pi4Dq0rvLjpog2o-YFD_bWMZjUD1BbyvXhSIO4Vox_oJX68BopjKAZCTdJ4gf00YMPJfg1M_-how/s200/Par%C3%A1bola+do+gato+e+o+rato-mangusto.jpg"/>
1394. </v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span></a>Logo se deu conta de que
1395. dois outros inimigos haviam chegado: um pouco mais acima, entre a escura
1396. folhagem da árvore, pousou uma coruja de olhos resplandecentes prestes a
1397. lançar-se sobre ele, enquanto que por terra se aproximava,
1398. sorrateiramente, um mangusto. O rato, sem saber o que fazer, maquinou com
1399. rapidez um surpreendente estratagema. Dirigindo-se ao gato disse-lhe que o
1400. libertaria, roendo as malhas, se antes lhe permitisse entrar na rede e
1401. abrigar-se em seu colo. Mal o outro concordou, o pequeno animal, aliviado, foi
1402. para dentro da rede.</div>
1403. <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1404. Todavia, se o gato esperava ser
1405. salvo de imediato sofreu uma grande decepção, pois o rato aninhou-se
1406. confortavelmente em seu corpo, escondendo-se de modo a fugir dos olhares
1407. atentos de seus dois outros inimigos; e então, uma vez seguro em
1408. seu refúgio, decidiu tirar uma soneca. O gato protestou mas o rato disse
1409. que não havia pressa. Ele sabia que poderia safar-se a qualquer instante e
1410. que a seu contrariado hospedeiro só restava ser paciente, na esperança de obter
1411. a liberdade.</div>
1412. <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1413. E então, o roedor falou
1414. francamente ao seu inimigo natural que iria esperar pelo caçador. Desse modo, o
1415. gato também estando ameaçado, não aproveitaria sua independência para
1416. apanhar e devorar seu libertador. O felino nada pôde fazer; seu
1417. pequeno hóspede cochilou bem no meio de suas garras. O rato esperou
1418. tranqüilamente a chegada do caçador e, quando viu o homem aproximar-se
1419. para examinar as armadilhas, cumpriu sem risco sua promessa roendo as malhas
1420. com rapidez e pulando em sua toca, ao passo que o gato, num salto
1421. desesperado, escapuliu e alcançou um galho, livrando-se da morte certa.</div>
1422. <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1423. Depois que o frustrado caçador
1424. afastou-se carregando sua rede inutilizada, o gato desceu da árvore e,
1425. aproximando-se à morada do rato, chamou-o docemente, convidando-o para
1426. sair e reunir-se ao seu velho companheiro. Disse-lhe que a situação em que
1427. se viram envolvidos na noite anterior já havia passado e a ajuda que cada
1428. um prestara tão lealmente ao outro, na luta em comum pela sobrevivência,
1429. havia consolidado uma união duradoura que apagava todas as diferenças
1430. anteriores. Dali em diante, os dois seriam amigos para sempre, baseando-se
1431. numa confiança mútua.</div>
1432. <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1433. Porém, o rato mostrou-se cético e
1434. inarredável diante da retórica do gato; recusou-se terminantemente a sair do
1435. abrigo seguro em que estava. Uma vez terminada a situação paradoxal que os
1436. havia colocado juntos numa estranha e temporária cooperação, não havia
1437. palavra que pudesse persuadir o arguto animalzinho a se achegar a seu inimigo
1438. natural. Para justificar sua recusa aos galantes mas insidiosos
1439. sentimentos do outro, o rato pronunciou a fórmula destinada a servir de moral
1440. ao conto. Disse, franca e diretamente:</div>
1441. <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1442. "No campo da batalha
1443. política não existem coisas como uma amizade perdurável".</div>
1444. <div class="MsoNormal">
1445. <br /></div>
1446. <div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
1447. Autoria desconhecida</div>
1448. <br />
1449. <div style="background: white; line-height: 12.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
1450. <br /></div>
1451. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1452. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh11XdBsCF6Tz9HQ3uG16zk6f0i_GjQaxf0qsIyWjzJKwFt-2UsqfxsUbNIAsOIqoWC5X9YSzwYl46aAiA9vRnAd46nElwUTS0Lv85sA_Bazy-YmNn358fLKBc-nHRQuQZ1ZIhVjnwgtw/s1600/cat025.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh11XdBsCF6Tz9HQ3uG16zk6f0i_GjQaxf0qsIyWjzJKwFt-2UsqfxsUbNIAsOIqoWC5X9YSzwYl46aAiA9vRnAd46nElwUTS0Lv85sA_Bazy-YmNn358fLKBc-nHRQuQZ1ZIhVjnwgtw/s1600/cat025.gif" /></a></div>
1453. </content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/5241282043711446386/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=5241282043711446386&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/5241282043711446386'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/5241282043711446386'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2013/08/parabola-do-gato-e-do-rato.html' title='Parábola do Gato e do Rato'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfYVuouiOAPaa4nC0XzXV478d_ZpIBwZ4fP-9v8ftqsPWDGkTbwZUSV-INDdDeUCIcmhhKyLZWidf4CBRXpjyWbdcPS-gqdHMS8BPPOF0MTK8o4br0xNhyphenhyphenapwdwE03xFSQOmiYK6Pxh00/s72-c/Parboladogatoeorato-gato.jpg" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-3914408889447651454</id><published>2013-05-22T17:47:00.002-03:00</published><updated>2013-12-13T16:07:34.978-03:00</updated><title type='text'>O homenzinho da praia.</title><content type='html'>&lt;div style=&quot;text-align: justify;&quot;&gt;
1454. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi993ZK_ItB4UAj8iM8LKlibVwNfdhMjS30u88YOZQ5t9fXuBkMEsmYzXlGw-MufVfHSGPszT4FN-dy2JpmR8GraS3XDa9kHqbVlNaDSRcB24y4YxyzrQYc7aRYuUUcMmFvNlZ58_gIdeg/s1600/fffffff.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi993ZK_ItB4UAj8iM8LKlibVwNfdhMjS30u88YOZQ5t9fXuBkMEsmYzXlGw-MufVfHSGPszT4FN-dy2JpmR8GraS3XDa9kHqbVlNaDSRcB24y4YxyzrQYc7aRYuUUcMmFvNlZ58_gIdeg/s320/fffffff.jpg" height="320" width="110" /></a></div>
1455. <div style="text-align: justify;">
1456. Josefina gostava muito de aventuras. Costumava sempre subir nas árvores e, quando tinha três anos, fugiu de casa duas vezes correndo pela rua abaixo para ver até onde ia.</div>
1457. <div style="text-align: justify;">
1458. Um dia seus pais levaram-na para uma praia. Lá chegando, Josefina pôs-se a andar ao longo da praia, acompanhado o mar. Depois de algum tempo caminhando ela notou que nunca poderia chegar  até o fim da praia, pois  no caminho havia um amontoado de rochas que entravam mar a dentro, impedindo-lhe a passagem e eram pedras tão altas que não poderia atravessá-lo.</div>
1459. <div style="text-align: justify;">
1460. Numa certa manhã, Josefina levantou-se bem cedo, sentou-se na cama e ficou pensando como seria interessante procurar um caminho para atravessar aquela rocha da praia. Depois de alguns momentos levantou-se, vestiu-se  e saiu correndo pela estrada que conduzia ao mar.</div>
1461. <div style="text-align: justify;">
1462. Correu um bom pedaço e então, já sentido-se exausta, deitou-se no chão para descansar. Estava quase dormindo quando, de repente, viu um homenzinho vestido de preto, como um carvoeiro, correndo pela grama até a entrada de uma pequena toca, pela qual desapareceu.</div>
1463. <div style="text-align: justify;">
1464. Josefina ficou espantada. Imediatamente levantou-se, mas sua curiosidade aumentou quando viu que o homenzinho tinha deixado cair aulguns pequenos biscoitos que estava comendo. Como estava com muita fome resolveu comê-los. Imediatamente começou a diminuir de tamanho até ficar menor que o homenzinho de preto. Dessa forma, pensou ela, posso entrar pela toca e chegar ao outro lado. Como gostava muito de aventuras, lá se foi Josefina  toca a dentro.  A toca terminava em uma passagem muito escura e, ao atravessá-la, Josefina sentiu que seu coraçãozinho batia fortemente e feliz, pois imaginava que  aquele buraco a conduziria à continuação da praia, que ela queria conhecer.</div>
1465. <div style="text-align: justify;">
1466. Ao chegar do outro lado da toca, qual não foi seu estpanto, pois no lugar de conchinas do mar havia milhares de diamantes, pérolas, rubis, esmeraldas e todos os tipos de pedras preciosas. Brilhavam tanto que ela teve de fechar os olhos por alguns instantes.</div>
1467. <div style="text-align: justify;">
1468. Tudo aquilo era novidade e principalmente muito bonito, mas Josefina estava cansada, com sono e tanta fome que nem se importou muito com aquelas maravilhosas joias. Catou algumas, pôs no bolso e então decidiu voltar para casa, mas quando procurou a entrada da toca, por onde tinha vindo, não mais a encontrou. Então começou a andar de um lado para o outro á procura da tal entrada, mas nada conseguia. Josefina estava cada vez mais contrariada, pois sentia-se cansada e com muita fome. De repente percebeu estar bem próxima ao homenzinho de preto que estava enchendo um saco de pedras preciosas.  Josefina deu um grito de alegria e educadamente pediu:</div>
1469. <div style="text-align: justify;">
1470. -Pode me fazer o favor de indicar a saída?</div>
1471. <div style="text-align: justify;">
1472. O homenzinho deu um salto e virou-se para ela muito zangado.<br />
1473. <br />
1474. <b>LEIA MAIS, clicando na frase abaixo</b><br />
1475. <br />
1476. <a name='more'></a></div>
1477. <div style="text-align: justify;">
1478. - Como foi que você veio até aqui? Gritou-lhe. Tenho tanto trabalho para impedir que aqui entrem repugnantes fadas! Só querem roubar as minhas coisas, pois não se contentam com as suas.</div>
1479. <div style="text-align: justify;">
1480. - Ouça, respondeu Josefina cheia de terror, eu não quero suas pedras preciosas, o que realmente quero é almoçar, pois tenho muita fome. E desatou a chorar.</div>
1481. <div style="text-align: justify;">
1482. O homenzinho olhou um instante para ela, fez uma careta, e disse: </div>
1483. <div style="text-align: justify;">
1484. - Não és uma fada, mas sim uma menina pateta. Não sabia que as meninas pudessem ser tão pequeninas. </div>
1485. <div style="text-align: justify;">
1486. O homenzinho ficou muito contente ao ver que Josefina não era uma fada criminosa, pois as fadas não choram.</div>
1487. <div style="text-align: justify;">
1488. Queres almoças? perguntou-lhe, isso é fácil.  E tirando do bolso uma varinha, deu com ela algumas voltas  no ar e... o que aconteceu?  Todas as conchinhas que havia por ali se transformaram em pastéis, frutas, bolos, fiambres, confeitos, etc.</div>
1489. <div style="text-align: justify;">
1490. Então Josefina sentou-se e comeu à vontade tudo o que quis. Enquanto isso o homenzinho voltou ao seu trabalho de encher o saco de pedras preciosas.</div>
1491. <div style="text-align: justify;">
1492. Quando Josefina acabou de comer, levantou-se e tossiu ligeiramente.</div>
1493. <div style="text-align: justify;">
1494. - Com licença, disse-lhe muito tranquila. Já comi bastante. Obrigado, muito obrigado! E agora peço-lhe  que me ensine o caminho de volta para o outro lado.</div>
1495. <div style="text-align: justify;">
1496. O homenzinho virou-se e disse:</div>
1497. <div style="text-align: justify;">
1498. - Falas muito bonito, mas aposto que estás imaginando que eu sou um homem mau. Posso até parecer assim, mas a culpa é das fadas. Já fiz tudo o que pude para esconder esse caminho que me traz até aqui, mas, apesar disso elas sempre vem roubar as minhas pedras e por isso vou transportá-las para outro lugar mais escondido.</div>
1499. <div style="text-align: justify;">
1500. - E para onde vais levá-las? perguntou Josefina.</div>
1501. <div style="text-align: justify;">
1502. O homezinho olhou para ela e simplesmente exclamou; - Ah!.</div>
1503. <div style="text-align: justify;">
1504. Logo a Josefina, que era muito inteligente, compreendeu que aquilo era um segredo e então lembrou-se das pedras que havia posto nos seus bolsos.</div>
1505. <div style="text-align: justify;">
1506. - Sou tão má quanto as fadas, disse ela. Eu também roubei umas pedras preciosas, mas peço perdão. E tirou do bolso, uma pérola, um diamante e um rubi. Então o homenzinho disse que poderia ficar com elas, mas tinha de prometer que nunca contaria  a ninguém onde havia encontrado aquelas preciosidades.  Josefina prometeu e perguntou-lhe novamente pelo caminho de volta para casa.</div>
1507. <div style="text-align: justify;">
1508. - Vem, disse-lhe o homenzinho; e levou-a até a entrada da toca.</div>
1509. <div style="text-align: justify;">
1510. - Agora deite-se no chão e feche os olhos que daqui alguns instantes estará em sua caminha.</div>
1511. <div style="text-align: justify;">
1512. Josefina obedeceu; fechou os olhos logo adormeceu profundamente. Quando acordou estava em sua própria cama.</div>
1513. <div style="text-align: justify;">
1514. - Naturalmente tudo isso foi um sonho, disse ela. E para ter certesa, saltou da cama e pos a mão nos bolsos do vestido. Sentiu que havia alguma coisa rígida lá dentro. Cheia de expectativa e curiosidade retirou um dos objetos.  Era um lindíssimo diamante. Tornou a por a mão no bolso e então veio uma pérola, tão grande quanto um ovo de codorna.  Pôs a mão novamente e, ao retirar, percebeu que era um rubi do tamanho de uma maçã. Percebendo que não se tratava de um sonho ficou muito radiante.</div>
1515. <div style="text-align: justify;">
1516. Quando foi almoçar com seus pais, mostrou-lhe seu tesouro. Eles ficaram muito espantados e quiseram saber de onde tinha vindo tal preciosidade, mas ela lembrando da promessa feita, apenas disse:</div>
1517. <div style="text-align: justify;">
1518. - Prometi não dizer.</div>
1519. <div style="text-align: justify;">
1520. -Muito bem, Josefina, disse-lhe a mãe, que gostava muito que ela cumprisse as suas promessas.</div>
1521. <div style="text-align: justify;">
1522. Pensando no futuro da filha, seus pais concordaram que seria melhor vender as jóias e guardar o dinheiro para quando Josefina se tornasse adulta. Assim foi feito.</div>
1523. <div style="text-align: justify;">
1524. Quando chegou à maioridade, Josefina comprou uma bela casa com jardim onde recolhia e ajudava todos os pobrezinhos que encontrava.</div>
1525. <div style="text-align: justify;">
1526. Josefina mereceu tudo isso porque foi honesta e cumpriu sua palavra.</div>
1527. <div style="text-align: justify;">
1528. .</div>
1529. <div style="text-align: justify;">
1530. Pesquisa e adaptação: Romeo Zanchett</div>
1531. <div style="text-align: justify;">
1532. <a href="http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com/">http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com/</a></div>
1533. <div style="text-align: justify;">
1534. <br /></div>
1535. <div style="text-align: justify;">
1536. <br /></div>
1537. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1538. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0iVLa-hDMkdVZRT1OipSeu-NmrAYQLebM-jcppzs2TxyT9TzwGDIprXbmfpJAuSJ3ACG6ScnVbgnCelIFKFd0bAWxlH0lo7GgHHkcXrXod7yYPgrTGjeUzHns_kELzfuIOo_8UOP5RHI/s1600/cat012.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0iVLa-hDMkdVZRT1OipSeu-NmrAYQLebM-jcppzs2TxyT9TzwGDIprXbmfpJAuSJ3ACG6ScnVbgnCelIFKFd0bAWxlH0lo7GgHHkcXrXod7yYPgrTGjeUzHns_kELzfuIOo_8UOP5RHI/s320/cat012.gif" height="128" width="320" /></a></div>
1539. <div style="text-align: justify;">
1540. <br /></div>
1541. <div style="text-align: justify;">
1542. <br /></div>
1543. </content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/3914408889447651454/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=3914408889447651454&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/3914408889447651454'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/3914408889447651454'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2013/05/o-homenzinho-da-praia.html' title='O homenzinho da praia.'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi993ZK_ItB4UAj8iM8LKlibVwNfdhMjS30u88YOZQ5t9fXuBkMEsmYzXlGw-MufVfHSGPszT4FN-dy2JpmR8GraS3XDa9kHqbVlNaDSRcB24y4YxyzrQYc7aRYuUUcMmFvNlZ58_gIdeg/s72-c/fffffff.jpg" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-68578634728217168</id><published>2013-04-17T11:30:00.002-03:00</published><updated>2013-12-13T16:31:49.445-03:00</updated><title type='text'>Ana Maria Machado. Era uma menina do seu tamanho</title><content type='html'>&lt;div style=&quot;text-align: justify;&quot;&gt;
1544. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1545. </div>
1546. <br /></div>
1547. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1548. </div>
1549. <div style="text-align: justify;">
1550. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1551. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ65r0tC4RR2E7HNJRVqIi_7XhVMHJaDNAX0Z3ZmyFrdDRDu0UpuF5eMQulCmng6_dLXOq06ZkT_94IDbSajPEqHMY2IH7Vvqncjbf7uirETVLu5uPhRDnlKSukF7qWYvjNufTd1z8IlQ/s1600/ALICE08.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ65r0tC4RR2E7HNJRVqIi_7XhVMHJaDNAX0Z3ZmyFrdDRDu0UpuF5eMQulCmng6_dLXOq06ZkT_94IDbSajPEqHMY2IH7Vvqncjbf7uirETVLu5uPhRDnlKSukF7qWYvjNufTd1z8IlQ/s1600/ALICE08.gif" height="200" width="180" /></a></div>
1552. <br /></div>
1553. <div style="text-align: justify;">
1554. Era uma vez uma menina. Não era uma menina deste tamanhinho. Mas também não era uma menina deste tamanhão. Era uma menina assim mais ou menos do seu tamanho. E muitas vezes ela tinha vontade de saber que tamanho era esse, afinal de contas. Porque tinha dias que a mãe dela dizia assim:</div>
1555. <div style="text-align: justify;">
1556. - Helena, você já está muito grande para fazer uma coisa dessas. Onde já se viu uma menina do seu tamanho chegar em casa assim tão suja de ficar brincando na lama? Venha logo se lavar.</div>
1557. <div style="text-align: justify;">
1558. Que já era bem grande.</div>
1559. <div style="text-align: justify;">
1560. Mas às vezes, também, o pai dizia assim:</div>
1561. <div style="text-align: justify;">
1562. - Helena, você é muito pequenina para fazer uma coisa dessas. Onde já se viu uma menina do seu tamanho ficar brincando num galho de árvore tão alto assim? Desça já daí. Se não, você pode cair</div>
1563. <div style="text-align: justify;">
1564. Ai Helena achava que era mesmo uma bebezinha que não podia fazer nada sozinha.</div>
1565. <div style="text-align: justify;">
1566. E era sempre assim. Na hora de ir ajudar no trabalho da roça, ela era bem grande. Na hora de ir tomar banho no rio e nadar no lugar mais fundo, ela ainda era muito pequena. Na hora que os grandes ficavam de noite conversando no terreiro até tarde, ela era pequena e tinha que ir dormir. Na hora em que espetava o pé com um espinho e queria ficar chorando no colo de alguém, só com dengo e carinho, sempre dizia que já estava muito grande para ficar fazendo manha. Se ela tivesse um espelho mágico, que nem rainha madrasta da Branca de Neve, bem que podia perguntar:</div>
1567. <div style="text-align: justify;">
1568. - Espelho meu, espelho meu, que tamanho tenho eu?</div>
1569. <div style="text-align: justify;">
1570. <br /></div>
1571. <div style="text-align: justify;">
1572. Bem do seu tamanho Ana Maria Machado Editora Brasil – América Rio de Janeiro – 1982</div>
1573. <div style="text-align: justify;">
1574. <br /></div>
1575. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1576. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCu6XlJpVKItLlm25YohrtO0ng0OClGGkmqUUDyM8QwARErgeccLtaQ_EELk-QzBmv6sNgEw12SvbHpp8ChrtYshLRJsSJbZclGYWUsv4ZDMmKdc5dJzjA04J-ZUvmPNflvwDRdTIBBT0/s1600/cat012.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCu6XlJpVKItLlm25YohrtO0ng0OClGGkmqUUDyM8QwARErgeccLtaQ_EELk-QzBmv6sNgEw12SvbHpp8ChrtYshLRJsSJbZclGYWUsv4ZDMmKdc5dJzjA04J-ZUvmPNflvwDRdTIBBT0/s320/cat012.gif" height="128" width="320" /></a></div>
1577. <div style="text-align: justify;">
1578. <br /></div>
1579. </content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/68578634728217168/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=68578634728217168&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/68578634728217168'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/68578634728217168'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2013/04/ana-maria-machado-era-uma-menina-do-seu.html' title='Ana Maria Machado. Era uma menina do seu tamanho'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ65r0tC4RR2E7HNJRVqIi_7XhVMHJaDNAX0Z3ZmyFrdDRDu0UpuF5eMQulCmng6_dLXOq06ZkT_94IDbSajPEqHMY2IH7Vvqncjbf7uirETVLu5uPhRDnlKSukF7qWYvjNufTd1z8IlQ/s72-c/ALICE08.gif" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry><entry><id>tag:blogger.com,1999:blog-8791446224961973562.post-7611689162186665868</id><published>2013-04-16T21:43:00.001-03:00</published><updated>2013-12-13T16:30:20.427-03:00</updated><title type='text'> O Leão e o Rato</title><content type='html'>&lt;div class=&quot;separator&quot; style=&quot;clear: both; text-align: center;&quot;&gt;
1580. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHPvP38tOzoFG9pBpOtiqEEnkly38aonMUpz1Rc6UAbYt_CYjX96HHiuhq1a3Ln_c-dIdsO1_V8p8RoJsT71EETsX7TtiN1wnKIxC4dvl6GNepZ4Z-WGT6AjmeZgMmRd2R61xD8uemg9E/s1600/animais_cute_cute.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHPvP38tOzoFG9pBpOtiqEEnkly38aonMUpz1Rc6UAbYt_CYjX96HHiuhq1a3Ln_c-dIdsO1_V8p8RoJsT71EETsX7TtiN1wnKIxC4dvl6GNepZ4Z-WGT6AjmeZgMmRd2R61xD8uemg9E/s1600/animais_cute_cute.png" /></a></div>
1581.  Certo  dia, estava um Leão a dormir a sesta quando um ratinho começou a correr por cima dele. O Leão acordou, pôs-lhe a pata em cima, abriu a bocarra e preparou-se para o engolir.<br />
1582. <br />
1583. - Perdoa-me! - gritou o ratinho - Perdoa-me desta vez e eu nunca o esquecerei. Quem sabe se um dia não precisarás de mim?<br />
1584. <br />
1585. O Leão ficou tão divertido com esta ideia que levantou a pata e o deixou partir.<br />
1586. <br />
1587. Dias depois o Leão caiu numa armadilha. Como os caçadores o queriam oferecer vivo ao Rei, amarraram-no a uma árvore e partiram à procura de um meio para o transportarem.<br />
1588. <br />
1589. Nisto, apareceu o ratinho. Vendo a triste situação em que o Leão se encontrava, roeu as cordas que o prendiam.<br />
1590. <br />
1591. E foi assim que um ratinho pequenino salvou o Rei dos Animais.<br />
1592. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1593. <br /></div>
1594. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1595. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHKT1-JElDZI9zuufwqfUEJ_XpdvdRPTdjKmYOINs8xb43vfx7k-y9F-UsakKrck0pi4PX1TEOPq3J24O5I2oixytjE7dfvChyphenhyphenJwAqYvEutw-z49ILuqWj_wm72X_YUcZqVYidVu9-mi8/s1600/ixv35rgd.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHKT1-JElDZI9zuufwqfUEJ_XpdvdRPTdjKmYOINs8xb43vfx7k-y9F-UsakKrck0pi4PX1TEOPq3J24O5I2oixytjE7dfvChyphenhyphenJwAqYvEutw-z49ILuqWj_wm72X_YUcZqVYidVu9-mi8/s1600/ixv35rgd.gif" /></a></div>
1596. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
1597. <br /></div>
1598. </content><link rel='replies' type='application/atom+xml' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/feeds/7611689162186665868/comments/default' title='Postar comentários'/><link rel='replies' type='text/html' href='http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8791446224961973562&amp;postID=7611689162186665868&amp;isPopup=true' title='0 Comentários'/><link rel='edit' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/7611689162186665868'/><link rel='self' type='application/atom+xml' href='http://www.blogger.com/feeds/8791446224961973562/posts/default/7611689162186665868'/><link rel='alternate' type='text/html' href='http://omundomgicodafantasia-contosinfantis.blogspot.com/2013/04/o-leao-e-o-rato.html' title=' O Leão e o Rato'/><author><name>Unknown</name><email>noreply@blogger.com</email><gd:image rel='http://schemas.google.com/g/2005#thumbnail' width='16' height='16' src='https://img1.blogblog.com/img/b16-rounded.gif'/></author><media:thumbnail xmlns:media="http://search.yahoo.com/mrss/" url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHPvP38tOzoFG9pBpOtiqEEnkly38aonMUpz1Rc6UAbYt_CYjX96HHiuhq1a3Ln_c-dIdsO1_V8p8RoJsT71EETsX7TtiN1wnKIxC4dvl6GNepZ4Z-WGT6AjmeZgMmRd2R61xD8uemg9E/s72-c/animais_cute_cute.png" height="72" width="72"/><thr:total>0</thr:total></entry></feed>

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